sexta-feira, 1 de abril de 2016

Vou-me embora de coração cheio

Ontem foi dia do meu almoço de despedida. Sou uma pessoa discreta (e tímida) que gosta pouco de ser o centro das atenções, pelo que fazer um almoço com toda a unidade onde trabalho, ou até com toda a divisão (uma parte mais restrita) não era uma ideia que me deixasse confortável. Decidi chamar a minha equipa, o meu grupo de corrida e o pessoal que partilha (partilhou, snif) sala comigo até hoje (alguns são coincidentes). Éramos 18 ao almoço e consegui portar-me como uma senhora, não chorei nem fiz nenhum tipo de cenas. Pagaram-me o almoço, uns fofos, e lá seguimos de volta para o trabalho.
A meio da tarde saí da sala para ter uma reunião. Voltei e o meu computador tinha sumido para parte incerta. Na minha secretária tinha um bilhete a dizer que um senhor da informática tinha ido buscá-lo, que eu não podia ficar com ele agora que vou para o Porto, que lá em cima me dariam outro. E mandavam-me ir a outra sala. 


Eu, que tenho um colega de sala que tem como principal hobbie fazer-me a vida negra (sempre na brincadeira) virei-me para ele e culpei-o da brincadeira. Fui para a sala onde me mandavam e tinha outro papel com um enigma que me levaria à próxima sala, e assim sucessivamente. Percebi logo que havia mais pessoas envolvidas, até porque as mensagens incluíam muita gente para ser coisa de uma pessoa só, e frases muito pessoais que só podiam ser da minha colega mais que tudo (que me vai fazer uma falta desgraçada).
Estava convencidíssima que a última pista me levaria só e apenas ao meu pc, juro, até ao momento em que entrei na sala de reuniões e tinha uma mesa posta com bolos e bebidas, e toda a minha Divisão à minha espera. Não é preciso dizer que perdi o pouco autocontrolo que me restava e desatei a chorar, pois não? Fui imediatamente "consolada" por uma série de abracinhos bons, e de muitas calorias doces.
Eu bem que estou sempre a dizer que tenho os melhores colegas do mundo. E tenho ou não tenho razão?

5 comentários:

  1. Deve ser óptimo ter um ambiente de trabalho assim! Infelizmente eu não posso dizer o mesmo. Não que tenha um mau ambiente de trabalho (que é uma coisa terrível, pois já passei por isso), mas somos simplesmente pessoas que trabalham juntas. Muito devido ao facto de eu ser uma pessoa simples, e que tal como tu não gosta de chamar atenções, e colegas de trabalho da minha unidade são todos daquelas pessoas "eu tenho um curso, sei mais do que os outros". Eu também tenho um curso, mas esse tipo de pensamento dá-me cabo dos fígados, e por isso chocamos um bocado (ou melhor, o meu pensamento choca sozinho, porque não digo nada).

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  2. Oh, tão bom (= foi uma boa surpresa!

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