quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O princípio do fim


Voltei a vestir umas calças depois de mais de um mês inteiro só a usar calções e vestidos (e só não pus uns sapatos fechados porque fiz a mala em pleno Julho, quando o Verão parecia ser eterno, e ficaram todos em Lisboa).
Quando der por ela já voltei à tão minha tonalidade folha de papel.

Sim, eu sei que a maioria de vocês nem direito a Verão teve, que ele este ano armou-se em parvo aí para os lados do continente. Mas eu tive, e a um daqueles mesmo bons por sinal. Por isso preciso do meu momento de luto, sim?

Questões existenciais de fim de Agosto


Porque é que os nadadores salvadores só são jeitosos nos filmes e séries? Ou sou eu que frequento as praias erradas?

Olá mundo!


4 dias. 96 horas sem Internet e nenhum sintoma de abstinência. Não tive calafrios. Não tive vontade de fugir de lá nem de roubar o computador a alguém. Não me informei sequer acerca dos preços da Internet no hotel. E não passeei o pc (que foi comigo só para carregar o Ipod e eventualmente ver um ou outro filme, ok?) por nenhuma zona Wifi.

Será que posso dizer que afinal até não sou muito viciada nisto? Ou o facto de ter ligado o pc 5 minutos depois de ter chegado a casa estraga tudo? Que foi? Podia ter recebido algum mail assim muito importante que não pudesse esperar para amanhã, sim?

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Verão na Madeira sem ir uns dias ao Porto Santo não é Verão


Até já.

Ando meio para o anti-social estes dias


Tudo culpa dele.

Estou a adorar esta trilogia. É que é cada um melhor que o anterior.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eu tenho dois amores

Um com quatro anos e outro com seis, francesinhos, que me enviaram um vídeo deles a dançar a Macarena com a devida coreografia mas com uma letra especial que inventaram para mim. O cúmulo da fofura.

Ma jeune fille au pair c'est Gelatina
Je lui fais des beaux sourires comme ça
Elle gardera des bons souvenirs de moi
Ma Gelatina*


27 dias. 27 longos dias. Vou apertar tanto mas tanto aqueles miúdos quando lá for que eles não me vão querer ver por lá nos próximos anos.

*A minha au pair é a Gelatina
Faço-lhe sorrisos bonitos como este (e sai um sorriso de orelha a orelha da carinha deles)
Ela guardará boas lembranças minhas
A minha Gelatina (com o devido abanar do rabinho)

Especially in summer


Na varanda a ouvir o barulho do mar. Na praia depois de um mergulho. No sofá da casa dos avós depois do almoço. Na cama antes de adormecer, sem hora para acordar.

Uma maravilha, é o que é.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Daqueles segundos nada constrangedores motivados pela espera do troco de um cêntimo numa loja qualquer


E vocês, também fazem um ar muito compenetrado a fingir que estão a arrumar a carteira como quem já nem se lembra que há troco para receber? Ou sou só eu que sou uma avarenta e faço sempre questão de recebê-lo por mais pequeno que seja?

Amigos, a época é de crise e - como fica sempre bem dizer - se fosse ao contrário também não me davam nem meio cêntimo.

Decisão puramente racional (not)


Foi a de usar 1/5 do dinheiro que teria que pagar por um curso de preparação para o DALF (diploma avançado de língua francesa) caro todos os dias e comprar um bilhete de avião para ir passar 5 dias a França com os meus mini francesinhos, respectivos pais e ver a minha amiga russa. 
Assim vou praticar o francês (que é suposto ser o motivo principal da viagem. está bem está...), mato saudades de (quase) tudo e todos e aproveito para trazer mais umas tralhas dos 3 sacos que ainda lá estão cheios de pertences de mademoiselle Gelatina.

E é já daqui a um mês. Oh yeah!

Foi o efeito de ver aquelas carinhas no Skype depois de 40 dias sem falar com eles. Perdi a cabeça, foi o que foi.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Da triste fase da vida de uma pessoa que chamam de adolescência

A casa onde nasci e vivi até aos 17 anos de idade está em obras. E agora chegou a parte de mexer no meu vestuário. A minha mãe chega ao pé de mim e pergunta-me se pode pôr os posters da Britney Spears (que eu, muito inteligentemente, decidir colar com cola UHU daquela de batom - que foi? já ouviram falar na fase da parva? toca a todos, sim?) no lixo.
Mas pior sou eu que ainda me dignei a responder a uma afronta destas.


Vá lá que não se lembrou de fazer o mesmo em relação à secção de frases da Bravo de seu título "Rapazes...enfim" e que, ao que consta, já pôs os mestres todos à gargalhada. Se eu já tinha decidido não pôr lá os pés até a casa estar pronta agora então podem ter certeza que me vou manter a milhas. Lamento mas não lhes vou dar o gostinho de conhecerem a autora desse ilustre trabalho. No way.

Momento de pequena pausa na boa disposição que tem reinado por aqui

Quando deixei a casa onde vivi em França durante seis meses estava lá sozinha (a minha família estava do outro lado do país em férias). E então decidi espalhar post-its pela casa com mensagens para o dia em que eles regressassem: deixei  na porta do frigorífico a lembrar-lhes que lhes tinha deixado uma lasanha de atum (que eles tanto gostam) no congelador para o caso de chegarem com fome, na cama dos miúdos a dizer que gosto muito deles e com uma mini prendinha, e na cama dos pais a dizer em brincadeira para não ficarem com ciúmes das crianças e a agradecer por tudo, pela milésima vez.



Hoje foi o dia em que eles regressaram a casa e encontraram-na como eu deixei. E quando recebi uma mensagem a agradecer o gesto e a dizer que lhes faço muita falta só me apeteceu chorar.
Já para não falar que daqui a um dia há alguém a ocupar o meu quarto e a minha função por lá. E eu confesso que estou com medo, muito medo, de perder também o meu lugar especial no coração daquela família.

Sim, eu sei que já não tenho idade para estas cenas. Isto daqui a nada já me passa (mas enquanto não passa vou só ali deprimir mais um bocadinho. bahhh!).

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Momento doce do dia

A minha mãe tenta disfarçar, mas cada vez que me vê entrar na cozinha dela preparada para meter as mãos na massa começa com palpitações. Se há assunto em que ela não consegue deixar de olhar para mim como uma eterna criança é este, nada a fazer.
E é vê-la a querer meter sempre a colher em tudo o que eu faço (vais pôr 200gramas? mete antes 199. vais usar essa farinha? usa antes esta. e por aí adiante). E a torcer o nariz às minhas (tentativas de) inovações. E a tentar demover-me subtilmente (ah vais fazer bolo de maçã para levar para a casa da avó? olha que engraçado eu vou fazer tarte de maçã. o quê? duas sobremesas de maçã? oh não tem nada a ver, são tão diferentes - como se eu não percebesse que é para garantir que vai haver qualquer coisa comestível de maçã).
Mas hoje a saudade de cozinhar falou mais alto e então aproveitei que ela estava entretida e fechei-me à socapa na cozinha para garantir que ia sair dali uma receita 100% made by Gelatina.


O resultado foi um crumble de pêra que, modéstia à parte, ficou uma maravilha (não em aspecto, claro, mas isso pouco me importa).


Cá está a receita se quiserem fazer uma sobremesa deliciosa e super fácil:
- 5 pêras maduras (cortadas aos bocados pequeninos e dispostas no fundo da travessa, regadas com um pouco de Vinho Madeira (ou Porto) e polvilhadas com canela em pó)
- 200gr de manteiga (eu usei Becel vegetal porque é mais saudável e fica bom na mesma)
- 200gr de açúcar
- 400gr de farinha
(amassar estes três ingredientes e espalhar em cima da pêra e depois cobrir com canela em pó)
Vai ao forno até a massa ficar crocante (35-40 min a 200ºC)

Imperdoável


O facto de eu só ter lido O principezinho agora, aos 24 anos de idade. Mas mais vale tarde que nunca, certo?

Gostei muito. E adorei o fim.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Apetite controlado

Desde que comecei a comer uma (ou duas, depende do tamanho) peça(s) de fruta mais ou menos meia hora antes do almoço dei por mim a comer um prato com uma quantidade normal de comida em vez do típico prato à la Gelatina.
Faz uma diferença tão grande no apetite que não sei como é que não comecei a fazer isto mais cedo.

E isto de ser Verão e ainda por cima estar no paraíso da fruta (onde ela é 10000 vezes melhor que em Lisboa) é coisinha para me fazer comer à volta de cinco peças por dia quase sem dar por ela.
A foto é da cozinha cá de casa: o que estão a ver aí é despachado praticamente só por mim e pelos meus pais todas as semanas.

Mais uma semana, mais uma levada

Mais um passeio delicioso recheado de verde e água por toda a parte.








Caldeirão Verde e Caldeirão do Inferno (desconfiamos que este último se chama assim porque para lá chegar temos que passar por uma subida daquelas bem assassinas da celulite). Na zona das Queimadas.

Quem vier à Madeira não pode deixar de fazer este passeio. É lindo de morrer e (a ida ao Caldeirão Verde, não ao do Inferno) não tem dificuldade nenhuma.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pode ser que eu esteja enganada


Mas receber uma sms que começa com "Oix" e acaba com "Beijinhux" muito dificilmente será o prenúncio de uma bela amizade.

Preconceituosa? Emproadinha? Talvez um bocadinho dos dois, sim.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eu já fui romântica de meter dó, a sério que sim

Amiga (com aquele ar de quem não podia estar mais apanhadinha): "Ele mandou-me uma mensagem a dizer que já não sabe ser feliz longe de mim (seguido de suspiro longo, à espera que eu dissesse alguma coisa) ... Não dizes nada?"
Gelatina: "Queres que seja sincera? Então pronto: eu acho triste a nossa felicidade depender só de alguém."


E acho que é por já ter sido (tããão) assim que tenho tanto medo de voltar a me "prender" a alguém. Tenho medo de, depois de tanta aprendizagem, voltar a estragar tudo. 
É que quem sou eu para dizer que não vou voltar a viver em função de uma relação quando todos sabemos que o lado racional não é tido nem achado quando se está apaixonado? (olhem que bem, até rimou e tudo).

De entre os 1001 cenários que imaginei poder vir a experienciar na minha vida adulta


Pintar o cabelo mensalmente por obrigação (sacanas dos brancos que se multiplicam todos os dias) ainda com borbulhas na testa não foi, decididamente, um deles.

Sempre achei que ia ter direito a uns aninhos de glória entre as duas fases.
Numa próxima vida, quem sabe.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dos livros especiais

Não sei se sou eu que agora olho para tudo o que é francês com outros olhos (também é, também é), mas gostei mais deste livro do que do primeiro, Os olhos amarelos dos crocodilos, que li há um ano atrás, quando nem me passava pela cabeça que iria viver em França daí a uns meses.
E quando li, nos agradecimentos, a referência a alguém com quem a autora passeou no Lago de Annecy, a cidade que mais me marcou de todas as que conheci durante aqueles seis meses, fiquei com o coração apertadinho por já não viver naquele país.


Tenho saudades.
Pode parecer estúpido, eu sei que foi pouco tempo, mas agora sinto aquele país um bocadinho meu. E não sei se é por isso mas acabei o livro há menos de uma hora e ainda estou com um nó na garganta. Acho que foi só porque acabou. Mais um bocadinho de França do qual eu tanto gostei e que também acabou (mas este, felizmente, tem continuidade: o terceiro e último desta trilogia).

Do feriado

Santo da Serra

Olá, tenta outra vez que desta não funcionou.
(não gostei do toque de canela ali)




Ponta de São Lourenço (ponta Este da Madeira)

Risotto de cogumelos (tenho que aprender a fazer disto).

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A sério


Pôrem-me o homem perfeito à frente, com tudo o que eu podia pedir e ainda o que me pudesse eventualmente ter esquecido, e não poder ser feliz com ele para o resto da minha vida é coisa em relação à qual não me consigo habituar. Não consigo, pronto.

Não, o problema não é ter namorada (que não tem). Just in case...

domingo, 14 de agosto de 2011

Arte ao ar livre numa noite de Verão

Na zona velha do Funchal, que está tão diferente dos tempos em que eu andava na escola ali ao lado. Está linda linda!
A um risotto comido a ouvir o barulho do mar seguiu-se um passeio a apreciar as pinturas em várias portas de casas ali da zona, feitas por artistas de rua.




Tasca Literária. Foférrima.


A minha porta preferida.


Uma ideia fantástica, a meu ver, que não me importava nada que fizessem o mesmo à minha porta se lá morasse.

sábado, 13 de agosto de 2011

Um mês







Um mês (praticamente) sem falar francês. Um mês sem apertar aquelas duas mini carinhas lindas. Um mês sem conversas longas pelo serão fora sobre tudo e mais alguma coisa com os pais. Um mês sem comer macarons à beira do lago Léman. Um mês sem as corridas na floresta à beira do Arve. Um mês sem galettes au chèvre e sem crème marron. Sem crepes nem pains au chocolat (eu sei que há cá, mas para além de não terem a mesma piada estou a ver se volto a ter peso de gente). Um mês sem a minha amiga russa. Um mês sem passeios sozinha pelo desconhecido. Um mês sem alimentar a minha panca das fotos de bandeiras.

Um mês de Portugal. Um mês de saudades de tudo o que deixei por terras franco-suíças.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Que me desculpem as outras

Mas a Madeira é a ilha mais linda do mundo e arredores.
Cá estão as imagens que não me deixam mentir.








Levada do Galhano (Ribeira da Janela).

9 horas e 31 km de pura felicidade (que incluíram a passagem por 8 túneis, um dos quais com 1,2km de comprimento).