quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

32

Imagem daqui.

O blogue está moribundo, mas esta que vos escreve celebra hoje 32 primaveras e lá decidiu deixar o registo por aqui.
Depois de a entrada nos 30 ter sido um momento algo violento a nível emocional (por mais estúpido que isso seja, estou bem ciente disso), isto de fazer anos cada vez me diz menos. É um pretexto para exagerar no açúcar por um dia, e sabe bem receber mensagens calorosas daquelas pessoas que sabemos que gostam de nós durante o ano inteiro. Mas de resto é mais um dia.
Que os 32 sejam tão bons ou melhores ainda do que foram os 31.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Forks over knives


Às vezes já não sei se quero continuar a informar-me sobre os malefícios de certos géneros alimentares (quer a nível ambiental, quer a nível do impacto na saúde), se prefiro manter uma certa ignorância que me permita não viver em constante angústia. E, se por um lado não acredito cegamente em tudo o que leio e ouço (ou porque são estudos isolados, ou porque têm interesses económicos escondidos detrás de certas conclusões), por outro a verdade é que fico pelo menos a remoer sobre certos aspetos sem saber bem o que pensar e o que fazer à minha vida.
O último documentário que vi (no Netflix) chama-se Forks over knives e aborda a relação entre o consumo de proteína animal (principalmente a carne e derivados do leite) e vários tipos de doenças (cardiovasculares e oncológicas), na sequência de vários estudos e experiências feitas por médicos em pacientes seus (alguns dos quais mostram inclusive testemunhos de pessoas com doenças em estado avançado que foram revertidas através duma mudança de estilo de vida para uma alimentação sem qualquer tipo de proteína animal).
Há que ter em atenção que a maioria dos documentários existentes sobre estes temas (e sobre qualquer tema, na verdade) está focada na realidade norte-americana e não tanto na europeia o que, tratando-se de alimentação, faz uma grande diferença porque daquilo que uma pessoa vê e ouve sobre os EUA, qualquer dieta comparada com a que se pratica maioritariamente naquele país é mega saudável. E inclusive a proteína animal que se consome na dieta mediterrânica acaba por ser bastante mais saudável que a americana, porque comemos mais peixe e menos fast food (ou pelo menos a maioria de nós), e em menores quantidades.
Eu praticamente não como carne vermelha (só fora de casa e quando não tenho alternativa), e numa semana normal como carne no máximo 3 vezes (os nossos jantares são sempre "desenrasques" que raramente incluem carne, e aos almoços vamos variando entre carne branca e peixe) mas consumo imensos ovos e alguns iogurtes e queijo. E não consigo imaginar uma vida feliz sem qualquer um dos três (nem planeio fazê-lo, pelo menos para já).
Não é fácil tomar decisões no que ao consumo de certos produtos alimentares respeita quando estão constantemente a ser divulgadas conclusões contraditórias (o ovo é um belo exemplo, há uns anos era o demónio do colesterol, agora já se pode comer à vontade e até ajuda a evitar a diabetes), e os próprios profissionais de saúde têm opiniões distintas umas das outras relativamente a certos tipos de alimentos.
Na dúvida, vou continuar a informar-me (e baralhar-me) e ir fazendo o que a consciência me manda (e as análises que vou fazendo têm mostrado que, para já, estou no caminho certo).
Mas para quem, como eu, tem este tipo de preocupações, por vezes torna-se complicado viver rodeado de tanta informação.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Fim-de-semana

Eu tinha um voucher da Odisseias para usar há algum tempo, e dada a dificuldade em tentar marcar qualquer coisa para o início do outono, lá marquei, com antecedência, para o fim-de-semana passado, num dos poucos lugares minimamente apetecíveis e que não nos obrigavam a atravessar o país inteiro de carro para lá chegar. E lá fomos para uma casa de xisto na Aldeia Oliveiras, no distrito de Castelo Branco.
A aldeia é simpática, mas é minúscula e há pouco para se ver e fazer na zona (pelo menos no inverno, já que no verão dá para aproveitar as praias fluviais). Apesar do frio imenso (a casa tinha lareira e aquecedor, mas como era grandinha e o frio era mesmo muito - estavam 0ºC nem eram 21h - passámos algum frio) mas soube pela vida: a paz da aldeia, ler em frente à lareira, passear a meio do nada, sem o rebuliço da cidade.
Não iria de propósito de Lisboa para lá (ainda são 200km de distância) se não tivesse o voucher para gastar, confesso (acho que há aldeias de xisto maiores e mais interessantes), mas foi um fim-de-semana muito bem passado.








































No regresso a Lisboa, fizemos um desvio e fomos a Tomar visitar o Convento de Cristo (maravilhoso).



E ainda almoçámos em Torres Novas no restaurante Papa Figos (tinha uma avaliação ótima no Tripadvisor, mas, apesar de ter sido uma refeição agradável, achámos que a relação qualidade preço é claramente desproporcional).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Saldos, roupa, a minha senda de comprar de forma mais consciente e objetivo para 2019

Isto de comprar online tinha mais piada antes, quando eu gostava de aproveitar pechinchas e coisas que "podiam dar jeito". Agora, que só quero mesmo ficar com aquilo que "preciso" e de que gosto mesmo muito, dou por mim a devolver quase tudo o que compro online sem ter visto ao vivo primeiro.
A primeira saga deste outono/inverno foi encontrar um pullover vermelho. Comprei 3 online no site da Mango (comecei pelos de caxemira e mohair, nenhum me assentava como eu queria, e devolvi os três). Quando fui à loja devolver, experimentei outros dois e dei por terminada a minha tentativa de encontrá-lo na Mango. Aliás, dei por terminada a minha tentativa de encontrá-lo em qualquer outro sítio, porque da minha pesquisa online não havia potencial em loja nenhuma. Até que nos saldos passei pela Oysho para namorar roupa de desporto que não preciso mas adoro (fique aqui registado que lhe resisti) e deparei-me com um pullover do vermelho exato que eu queria, grossinho como eu queria e lá o trouxe comigo. 




Ainda antes dos saldos mas em promoção (aqui me confesso: continuo a pelar-me por uma boa promoção) comprei outra malha básica, na Mango, de uma cor que gosto cada vez mais - amarelo -, principalmente para conjugar com preto.




E, nesta minha ligeira mudança de estilo em que ultimante uso malhas quase todos os dias (em cima de vestidos inclusive, e adoro), fechei a coleção com esta da Mango que tem uma cor que eu adoro.



Para além destas três malhas, continuo à procura de uns calções pretos, básicos, para substituir os que deitei fora porque já não estavam em condições (comprei uns na Zara online, a ver vamos se corre bem).
De resto, aproveitei para substituir alguns básicos (aquele tipo de compra que não me dá prazer nenhum mas uma pessoa lá tem que comprar de vez em quando - tipo soutiens e camisolas interiores). E foram estas as minhas compras todas da estação de roupa "normal", que espero que se fiquem por aqui.
Na verdade, o meu ponto fraco ultimamente até é a roupa de desporto. Mas mesmo assim até neste departamento fui contida, porque comprei duas peças específicas que queria há uma vida (uma delas um mero desejo de consumo, a outra mais necessidade): um top justo e curtinho, mas não tão curto como aqueles que mostram metade da barriga (não é que eu tenha complexos - é até a parte do meu corpo de que mais gosto - mas sinto-me seminua a treinar com aqueles tops de desporto género soutien que abundam nas meninas fit do Instagram).



Daqui. E é tão perfeito e tão aquilo que eu procurava há meses que estou a controlar-me terrivelmente para não comprar igual de outra cor.
A outra peça foi um pullover básico preto para vestir em cima da roupa de treino. Fica bastante largueirão, mas gosto muito dele.




Entretanto, e no que toca a compras de roupa este ano (incluindo calçado e malas mas excluindo aquelas peças básicas que compre para substituir outras) propus-me um objetivo de número de peças (24 peças) e de dinheiro (contando o primeiro dos dois a ser atingido). Não é nada de transcendente, eu sei, mas é um avanço relativamente ao ano passado. E eu espero conseguir comprar até menos (mas preferi não me restringir demasiado porque dispenso ficar ansiosa por causa de roupa). Sendo que já comprei duas peças nos primeiros dias do mês (as dos saldos de desporto - what else?), vamos ver como é que isto corre. 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Fim-de-semana




































O primeiro fim-de-semana do ano foi muito caseiro.
Depois de umas semanas de descanso no destralhanço lá de casa, retomámos essa tarefa - que já está bem mais perto do fim. Já falta pouco para passarmos em força à parte melhor, que será a de redecorar os quartos e a sala. Mal posso esperar!
Enquanto isso, e apesar da arrumação da roupa ter sido a primeira coisa que fiz, continuo com vontade de reduzir a quantidade de roupa que tenho (isto é verdadeiramente viciante) e volta e meia lá me desfaço de mais coisas. As poucas que acho que consigo vender (basicamente calçado e malas de marca) pus no Olx, e quanto ao resto, e porque me estava a custar pôr peças em ótimo estado num caixote para dar (porque não faço ideia onde é que elas vão parar, nem se vão efetivamente ser usadas e estimadas) aceitei a sugestão duma colega que me disse que costuma fazer isso com algumas amigas e dei-lhe um saco inteiro (grande) de roupa para ela escolher o que quiser. Entretanto já a vi a usar uma das peças (que me tinha sido oferecida e nunca tinha sido usada, não porque não gostava mas porque achava que não tinha nada para combinar com ela) e foi uma sensação tão boa ver aquela peça a ser, finalmente, útil, e a minha colega toda feliz com roupa "nova"!
Mas voltando ao fim-de-semana. Para além das arrumações, passámos pelo Ikea no fim-de-semana para comprar um roupeiro novo (mas ainda não nos conseguimos decidir bem sobre o que queremos). Fomos à Hamburgueria do Bairro e eu consegui, finalmente, resistir ao hambúrguer de frango e provar um dos vegetarianos: pedi de tempeh, que nunca tinha comido, e, como estava bem temperado e a guarnição era saborosa, até gostei (se não estou em erro, ainda só comi carne uma vez este ano). E demos um passeio tão bom à beira rio (levei a minha Bimba Y Lola nova a passear...é ou não é a coisa mais linda em forma de mala?).

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

2018 em livros



O objetivo traçado no Goodreads eram 18 livros (o equivalente a 1,5 por mês) mas foi um ano de muita preguiça pelo que só li 15. E só um deles mereceu 5 estrelas no Goodreads: o Messias (do qual vos falei aqui).
Como grande intelectual que sou, os únicos dois cuja leitura foi uma valente seca para mim foram os da autoria de escritores galardoados com o prémio nobel: O Deus das Moscas e O velho e o mar. Mas como boa masoquista que também sou, li-os até ao fim (e isto é um aspeto que queria mesmo trabalhar em mim mas que ainda não acredito que vá conseguir: deixar a meio a leitura dos livros quando não estiver mesmo a gostar. mas tenho sempre ali uma réstia de esperança que a coisa melhore, ou que o fim seja espetacularmente surpreendente... ou então é só mesmo um transtorno obsessivo que eu tenho e estou para aqui a tentar arranjar desculpas).
Para além do Messias, gostei muito  d'O retorno, d'A estrada subterrânea, de Um homem chamado Ove e o Stoner.
Para 2019 tracei o mesmo objetivo de 18 livros. Vamos ver se desta vez consigo cumprir (mas sem pressões, que já sou ansiosa que chegue para me estar a preocupar com questões desta relevância).

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

2019




































(Foto tirada no fim-de-semana passado)

Não sei se é por já ter passado dos 30, se pela longa caminhada de terapia que já levo, se um pouco dos dois, mas nos últimos tempos gosto de mim e orgulho-me de mim como nunca tinha acontecido antes. Continuo muitas vezes a ser a minha pior inimiga, e ainda tenho um longo caminho a percorrer (não temos todos?) mas sinto que os passos que dei nos últimos tempos foram muito significativos. Que estou, sem dúvida, no caminho certo.
2018 foi um ano de muita reflexão, de aprendizagem, de mudança, de evolução. Para além das duas viagens espetaculares que fiz (Peru e Nepal) e que me enriqueceram imenso, consegui reduzir drasticamente o meu vestuário e os meus pertences, consegui comprar muito menos roupa do que nos anos anteriores (gastei menos 1/3 do dinheiro que tinha gasto em 2017, e o número de peças que comprei foi bem menor) e ganhei uma consciência ecológica maior (mas ainda tenho um caminho gigante a percorrer neste assunto).
Ganhei autoconfiança e maior consciência daquilo que gosto menos em mim e do que me faz mal, o do caminho que tenho que seguir para mudar esses aspetos.
Mudei de área no trabalho, para uma que é mil vezes mais a minha cara e, apesar de continuar a não ser o meu trabalho de sonho (e de eu continuar sem saber qual seria) preenche-me muito mais do que o anterior, e já me ensinou mais em 6 meses do que anos no anterior.
Tenho hábitos de vida cada vez mais saudáveis, e cada vez mais me dá prazer levar a minha vida assim. 
Para 2019 quero continuar o caminho que segui em 2018 e quanto àquilo que não posso controlar, que consiga aceitar da melhor forma, desfrutando do bom e aprendendo com o mau, e sendo sempre (e cada vez mais) grata por tudo aquilo que já tenho. Que é imenso.
Feliz 2019, pessoas!