Caraças, estou a ficar uma adulta a sério

Praticamente pela primeira vez na minha vida vou oferecer prendas (materiais) de Natal aos meus pais. E não é por ter sido uma cabra egoísta até hoje que não o costumava fazer. É só e apenas porque sempre me senti um tanto ou quanto ridícula de usar o dinheiro dos meus pais para lhes comprar uma prenda para eles.

Mas este ano é diferente. Este ano estou a ganhar o meu dinheirinho e faço questão de lhes levar uns miminhos.

Não deixa de ser irónico este ser também o primeiro Natal que vou passar longe deles. Mas o que interessa é que se não vou lá estar a 24 e 25 vou estar uma semana antes e só nos cabe a nós tornar esses dias no nosso Natal (é isso ou entrar em depressão aguda, que está completamente fora de questão).

London - Day 50

Fui ao British Museum. Delirei dentro da livraria maior e mais linda que já vi (a Foyles de Soho). Comi uma ben's cookie enquanto passeava pela Oxford Street e via as luzes de Natal. Fui ao Harrods comprar chá. Dei £1 a uma mulher que me disse que tinha sido roubada no autocarro e que, claramente (avaliação feita a posteriori) estava a mentir (momento de paragem de cérebro...ninguém está imune, certo?). E claro, apanhei uma molha (ou não fosse a publicação do post de ontem).

O cúmulo da preguiça

É eu mandar mensagem ao meu primo a pedir para ele, quando chegar a casa, me trazer um copo de água ao quarto porque estou com sede mas não consigo levantar o rabo da cama.

Estive a passear o dia todo, estou cansada, ok?

Ando a evitar este post com medo que depois de ele ver a luz do dia comece uma tempestade ininterrupta nunca antes vista em Londres

Mas é só para dizer a quem acha (como eu também achava, há que admitir) que esta cidade é cinzenta 360 dias por ano e que chove a toda a hora que, em quase 50 dias desde que cá cheguei, conta-se pelos dedos de uma mão o número de vezes em que abri o guarda-chuva (e nenhum deles coincidiu com uma folga. ele há gente com sorte, não há? ).

E aposto que é depois disto que me vou ver debaixo de um dilúvio a próxima vez que puser um pé fora de casa, querem apostar?

Porque é que eu nunca vou poder ter um namorado estrangeiro

Porque detesto - com todas as minhas forças - ter uma discussão (raio do parvalhão que trabalha na cozinha que ontem tirou-me do sério) em qualquer língua que não seja português.

Sinto-me completamente ridícula, só me apetece é soltar uma boa duma caralhad* à bela maneira portuguesa.

Em Roma sê romano

E em Londres come ovos estrelados com pão, salada e cogumelos ao pequeno-almoço.

Ontem foi o dia em que decidir fazer isso lá no restaurante. E sabem o que vos tenho a dizer? Eles é que a sabem toda.

Tinha a opção de escolher salmão em vez dos cogumelos só que ainda não estou tão british quanto isso. Mas com calma chegamos lá.

London - Day 47

@ Southbank Centre

Westminster Abbey

Ritz (está tão lindinho)

London - Day 46

Natural History Museum

Gelatina Maria a poucos metros do Rex

Pumpkin tortellini @ Borough Market (fiquei hiper fã, é delicioso)

Banoffee pie (banana, whipped cream e caramelo.

infelizmente também é boa que se farta.)

E acabámos o dia em modo Natal, com o Arthur

(e tão fofinho que é este filme)

Porque é que eu só me apaixono pelos difíceis?

Lindos e perfeitos (o preto às bolinhas então anda a dar-me a volta à cabeça de uma maneira que nem queiram saber). Mas e transportá-los depois para Portugal a meio de toda a bagagem, como é que vai ser? Pois...

London - Day 45

Cafezinho (ou latte, a bem dizer) @ Covent Garden

(oh pra mim que agora bebo café)

Christmas Real Food Market @ Covent Garden

E como o Mercado de Natal era fraquinho, lá fomos buscara melhor paella

de Londres (também no Covent Garden), que nunca desilude.

E um momento que tão cedo não me vai sair da memória (e do

coração) aqui, nesta paz (tão rara de encontrar em Londres).

Não, a minha vida não se resume a comida (se bem que a trabalhar num restaurante - ok, e a ser lambona como sou - há dias em que não foge muito disso).

Mas há momentos e lugares cuja beleza não dá para transmitir em fotos. E o de ontem foi assim. 

Ontem, o frio de rachar estava suportável, os pássaros cantavam, e era capaz de jurar que até os caixotes do lixo (os raros que se encontram nesta cidade) brilhavam.

Porque o mundo é melhor só porque tu existes, e é absolutamente perfeito nos dias em que existes ao meu lado (mesmo que depois disso fique um caos completo).

A menina que tem a panca dos micróbios e que anda sempre com o gel desinfectante na mala

Ainda não lavou as mãos (que tocaram no metro e afins) desde que chegou a casa só para não perder o teu cheiro.

E dizer que a pessoa que acabou de escrever esta decadência tem 24 anos e não 13. Ele há coisas...

Santa Maria Gelatina (ou não)

Colega: Fumas?

Gelatina: Não.

Daí a algum tempo:

Ele: Sais à noite?

Gelatina: Nem por isso.

Daí a pouco...

Ele: Tens ar de anjinho, sabias? Só te falta mesmo a auréola.

Gelatina: Naaa...estás enganado, a sério.

Minutos mais tarde...

Gelatina: Esse leite que tens aí na chávena não é suficiente para fazer dois lattes, tens que aquecer mais.

Ele: Queres apostar como chega?

Gelatina: Bora.

Ele: Uma cerveja?

A minha vontade foi perguntar se podia ser antes um brownie porque eu não sou lá grande fã de cerveja, mas achei por bem ficar calada e fingir um ar entusiasmado.

E claro que ganhei a aposta. Basta dizer que nunca tenho sorte nestas coisas.

Constatação (no dia em que completo um mês de Gelatina versão Retailer/Barista)

As oito horas de trabalho parecem quatro nos dias em que são passadas com gente bem disposta e com sentido de humor.

Abaixo a rotina

Cada vez gosto menos de rotinas. O que faz com que goste mesmo de trabalhar por turnos (mesmo que isso me obrigue a acordar alguns dias às 5h20 - e custa taanto - e outros a chegar a casa quase à 1h da manhã).

Gosto da ansiedadezita saudável do dia em que vou saber o horário da próxima semana. De saber com quem vou trabalhar e que dias de folgas vou ter. Diferente todas as semanas.

Sei bem que não vou poder trabalhar assim a vida toda (que ainda planeio vir a constituir família e ter o meu bando de filhotes). E talvez seja por isso que ainda gosto e aproveito mais agora.

O cúmulo da fofura

Foi a venda que fiz de dois chocolates a cinco tostões de gente (uma criança super amorosa, daquelas que apetece levar para casa, e que devia ter uns cinco anos - e cujos pais deviam estar mesmo ali ao lado, espero), apetrechado com a sua notinha de £5, e que eu mal conseguia ver por detrás do balcão. Coisa boa.

E como é que passaram 42 dias sem riscar este cliché da lista?

Ich, mais uma turista chata. Deixa-me mas é fingir que não é nada comigo...

O quê? Pousar para o Gelatina?

Ah, sendo assim a conversa já é outra. Então aqui vai pose

para os leitores mais fofinhos da blogosfera.

London - Day 42

(ou de como eu não consigo deixar passar uma folga sem que vocês tenham que levar com fotos)

Almocinho bom numa pancake house.

E desilusãozinha má como sobremesa (mas a foto até engana bem, não engana?)

E quem é que não passa uma folga sem meter o pezinho num mercado, quem é?

(Whole food market, que até não é nada de especial)

@ Hyde Park (onde estava um frio bem jeitoso, mas neve nem vê-la...bahhhh!).

Pára tudo!

Estava eu ainda meia a dormir a decidir o que é que ia fazer na minha folga quando ouço na rádio que houve um forte nevão em Londres. Saltei disparada da cama para a janela e nada.

Mas diz que há previsão de a coisa piorar (ou melhorar, depende da perspectiva) e eu quero (taaanto) acreditar nisso.

Pelo que os planos para a folga passaram a ser única e exclusivamente ir em busca da neve, esteja ela onde estiver (ok, pronto, pelo menos onde o meu passe me deixar ir). E ser feliz. Tremer (muito) de frio e ser feliz. Ieiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii.

Se não voltarem a ter notícias minhas é capaz de eu ter tido um ataque cardíaco. É que ver nevar com luzes de Natal ao mesmo tempo é capaz de ser demasiada emoção para o meu pobre coração.

"Darling" não gosto

Mas ontem fui chamada de "sunshine" e achei a coisa mais fofa.

Vá-se lá perceber esta minha cabeça...

London - Day 39

@ Bethnal Green

Estas duas crianças (eu e o meu primo) passaram quase uma hora a jogar ao Jenga

(e eu a relembrar os tempos em que jogava com os meus mini francesinhos).

Fui eu que perdi =(...

As saudades que eu tenho de jogar Game Boy! E tive

um tamagotchi igualzinho ao rosa e verde que lá estava.