segunda-feira, 29 de abril de 2019

Diário de uma gravidez #4 - Quarto mês, apetites e sintomas

O quarto mês, à semelhança dos anteriores, foi muito tranquilo. Não fosse a barriga cada vez mais saliente e quase que me esqueço que estou grávida. Bem...sintomas até tenho tido, mas coisas pouco comuns (e também pouco incómodas) das quais em nunca tinha ouvido falar, e só depois de senti-las e pesquisar é que me apercebi que não sou a única.
Apesar de a primeira médica que consultei ter feito um ar muito pouco crédulo, juro-vos que tinha a minha miopia estabilizada há anos (e o oftamologista disse que, à partida, quando estabiliza após dois anos, já não volta a piorar) e desde que estou grávida (bem desde o início) vejo pior. Da pouca informação que encontrei sobre o assunto, diz que pode sim haver alterações da córnea durante a gestação, e que deve voltar ao normal daqui a uns tempos. É esperar para ver.
Outra novidade na minha vida desde há coisa de um mês e pouco é que agora ressono (desculpa amorzinho!). Diz que se chama "rinite gestacional", atinge à volta de 30% das gestantes, e tende a piorar no final da gravidez (desculpa amorzinho, parte II). Não tenho sintomas de constipação, isto já dura há mais de um mês mas o facto é que não sinto a respiração 100% fluida nem durante o dia. Diz que está relacionado com o aumento de estrogénio e de fluxo sanguíneo.




































Barriga de 17 semanas.

Em termos de apetites, estou menos saudável do que antes de engravidar: deixou de me apetecer comida vegetariana e, em compensação, tenho mais vontade de comer carne (e não tenho contrariado isso). E tenho uma vontade danada de enfardar açúcar (tenho tentado fazer bolos saudáveis e afins, mas aos fins-de-semana não resisto e ataco à séria).
Tenho mais apetite e como mais, mas como continuo a treinar (treinos adaptados, prescritos pelo meu PT, sendo que continuo a treinar com ele uma vez por semana) não é coisa que me preocupe.
Nos primeiros três meses não ganhei peso, mas no quarto mês ganhei quase 3 kg. Vamos lá ver se a coisa não descamba, que eu gostava mesmo de não exceder os 11kg recomendados.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Leituras



A ilusão de Merit

Avaliação do Goodreads: 3,91/5
Minha avaliação: 3,5/5

Este é um livro no qual eu nunca teria pegado se não fosse o bookgang da Helena Magalhães e a sua adoração por esta autora.
O livro é do género Young Adult, tem como personagem principal uma adolescente de 17 anos e conta a história da sua família muito pouco convencional.
Apesar de eu ter amado o A culpa é das estrelas (porque metia doenças e muitas lágrimas e eu sou uma leitora muito masoquista), este género de livro está longe de ser dos meus favoritos. 
A história é interessante, lê-se super bem e não é nada aborrecida mas...não deixa de ser um Young Adult. Confesso que, atendendo a todo o sururu à volta da autora, estou disposta a dar-lhe uma segunda oportunidade mas não é o género de livro que me apeteça loucamente comprar porque duvido que vá adorar (e lá se foi o tempo em que eu fazia coleção de todos os livros e mais algum. hoje em dia só me interessa ficar com aqueles de que gostei mesmo).

terça-feira, 23 de abril de 2019

Férias


Imagem daqui.

E eis que hoje damos início à nossa road trip de 11 dias pelos Balcãs.
Vamos voar para Zagreb, passar por várias cidades da Croácia, e dar um saltinho à Bósnia e Montenegro.
Vão ser as primeiras férias (e as mais longas) deste ano, e as primeiras em modo grávida (daí não nos termos aventurado para destinos mais distantes).
Mal posso esperar para começar esta aventura!

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Fim-de-semana

Este ano, em vez de rumarmos nós a norte para passar a Páscoa em família, veio a família do norte ter connosco. O tempo colaborou e fartámo-nos de passear. Fomos a Sesimbra (era a praia onde eu costumava ir com mais frequência com a minha família quando vínhamos de férias ao continente), ao Portinho da Arrábida (onde eu e o senhor namorado demos o primeiro passeio juntos, em 2012, ainda muito longe de imaginarmos que algum dia seríamos uma família), e o almoço de Páscoa foi um belo bacalhau, em Arruda dos Vinhos.



































Oh pra nós, com 18 semanas e uma barriguinha cada vez menos discreta.


Hoje ainda trabalho, mas amanhã começamos as nossas primeiras férias no ano e eu não podia estar mais entusiasmada com isso. Só volto no final da próxima semana, mas devo deixar uns posts agendados para vocês.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Diário de uma gravidez #3 - O terceiro mês

O início da gravidez deixou-me mal habituada: no espaço de oito semanas (entre ainda não se ver bem o bebé, eu ter mudado de médica e uma passagem pelas urgências - nada de grave, um corrimentozito estranho às 8 semanas, mas foi o suficiente para ficar com o coração nas mãos), fiz 5 ecografias.
E o momento das ecografias é de uma alegria tão grande! Porque é uma sensação maravilhosa ver o nosso amorzinho a mexer-se dentro de nós, e porque nos tranquiliza que o coração continua a bater (tendo em conta que nos primeiros meses de gestação não se sente o bebé mexer-se, as ecografias são especialmente reconfortantes para confirmar que ele continua vivo...pelo menos para mim).
Fomos à ecografia dos três meses no dia 14 de março: o tão aguardado dia em que, depois de ter feito análises de sangue (umas semanas antes), a médica faria as medições ao bebé e detetaria a probabilidade de ele ter uma série de doenças. Os resultados foram muito tranquilizadores (e acrescentaram uma semana de gestação às 12 que nós contávamos ter, até àquela data) e ainda levámos um bónus no fim da consulta (para o qual não estávamos minimamente à espera): uma quase certeza do sexo do nosso bebé (quando tivermos a certeza eu conto-vos por aqui). 
A partir desse momento, podíamos finalmente "gritar ao mundo" a nossa novidade. E assim foi. 
Tivemos a feliz coincidência de ter uma viagem de fim-de-semana marcada para a Madeira nessa altura, e foi uma alegria imensa celebrar com a família. O meu avôzinho, que tem 92 anos e a quem eu estava com algum receio de causar um ataque cardíaco de emoção, teve a reação mais serena de todos, como se já estivesse a contar com a  notícia. Foi engraçado.
Foi um fim-de-semana tão feliz!


Foto tirada nesse fim-de-semana, com 13 semanas.

Cheguei ao final do primeiro trimestre sem ter tido um único episódio de enjoo ou azia. 
Não sei o que me espera daqui para a frente, mas o primeiro trimestre foi super abençoado.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Fim-de-semana

Os últimos fins-de-semana têm passado tão rápido e eu com a sensação de que pouco ou nada fiz (principalmente a nível de tarefas domésticas tipo arrumações) que ponho-me a pensar, de forma ligeiramente assustada, em como essa sensação deve decuplicar (tive que ir à net confimar que era assim que se dizia a palavra...) quando se tem um filho bebé. Mas adiante.
Sábado fomos gastar os nossos Yums do The Fork (os pontos que se acumulam com as reservas) ao restaurante Cozy. Eu pedi risotto de camarão e cogumelos, ele pediu leitão. Gostei bastante do meu prato, apenas com o senão de estar muito salgado. O leitão, estranhamente, tinha o problema inverso, mas também estava bom. As sobremesas (cheesecake e pudim abade de priscos) estavam razoáveis. O espaço é agradável, o atendimento é muito bom e os preços são bastante acessíveis. No geral, gostei da experiência.


Domingo fui cumprir as recomendações do meu PT e fizemos uma caminhada de mais de uma hora à beira rio (mas o tempo em Lisboa não estava lá grande coisa para isso).

17 semanas do nosso bebé, que cada vez se nota melhor.

Para os lanches da semana, fiz um bolo saudável de laranja e chocolate (que diria que ficou mais bonito do que propriamente saboroso). Para surpresa minha, quando perguntei a opinião do senhor namorado, ele respondeu "Para bolo saudável está bom" (tendo em conta que muitas vezes a resposta ao meu "Gostas?" é um encolher de ombros seguido de um "Sabe a saudável", temos melhorias).



terça-feira, 9 de abril de 2019

Diário de uma gravidez #2 - A primeira consulta a sério, as primeiras pessoas a saber e a reação dos meus pais

Fomos à segunda consulta no dia 4 de fevereiro. E nesse dia vi (desta vez muito bem) pela primeira vez, o coraçãozinho do meu filhote a bater. Que emoção!
A médica estimou que ele teria 7 semanas (acho maravilhosas estas contagens, sendo que seis semanas antes eu tinha tido o período, mas vá-se lá tentar perceber) e disse-nos que parecia estar tudo bem. Respirámos de alívio e permitimo-nos ficar mais alegres, mas ainda em segredo. Aliás, partilhei a novidade  logo depois de fazer o teste apenas com duas pessoas que não são nem amigas próximas nem família (por razões óbvias): a minha psicóloga e o meu PT (que adaptou logo o meu plano de treino e me proibiu de fazer certos exercícios). É verdade, tanto um como outro souberam antes dos nossos pais e melhores amigos.
Eu continuava a sentir-me cheia de energia e sem nenhum sintoma daqueles chatos e tão comuns em tantas mulheres no início da gravidez. Abençoado filho!
Acho que foi a primeira vez na vida que escondi alguma coisa das minhas melhores amigas - e logo uma "coisa" desta dimensão - mas o filho não é só meu e prometi ao senhor namorado que os nossos pais seriam as primeiras pessoas a saber.


Talvez por a primeira gravidez da minha mãe ter resultado em aborto, a minha vontade de dar aquela novidade aos meus pais tão cedo não era assim tanta. Não me considero uma pessoa pessimista, mas tratando-se de um facto que eu não podia controlar nem garantir que ia correr bem, valeria a pena dar-lhes a novidade tão cedo e criar-lhes expetativas? É que ainda por cima era (será) o primeiro neto deles. 
Bom, muitas vezes quanto mais se planeia mais furados saem os planos. E assim foi. No sábado dessa semana (9 de fevereiro) a minha mãe ligou-me e por coincidência contou-me que uma conhecida nossa estava grávida. Ora, eu, que andava com mil filmes na minha cabeça de conto/não-conto/como-é-que-conto, e depois da forma engraçada como a minha mãe me contou aquilo, tive um ataque enorme de riso. E a minha mãe, do outro lado do telefone, e pelo contexto da conversa, percebeu o que se estava a passar. Eu perguntei-lhe logo pelo meu pai (queria dar a notícia aos dois ao mesmo tempo). Pois que o meu pai estava a tomar duche (ahhhhhh, tudo a correr na perfeição!). A minha mãe foi até à casa de banho, contou-lhe o que se estava a passar e o meu pai ficou literalmente sem pio e desatou a chorar. E foi assim que souberam que iam ser avós pela minha vez: a minha mãe (e eu) num ataque de riso, e o meu pai, a tomar duche, com um ataque de choro.
Não é a história mais romântica nem fofinha, mas é a nossa. 

terça-feira, 2 de abril de 2019

Leituras


O Rouxinol

Avaliação do Goodreads: 4,56/5
Minha avaliação: 5/5

Esta autora foi mais uma sugestão da Helena Magalhães, e em boa hora a segui. Agora apetece-me ler todos os livros da Kristin Hannah.
Mais uma vez o tema é Segunda Guerra Mundial. Desta vez a história passa-se em França e as protagonistas são mulheres, duas irmãs tão diferentes uma da outra mas tão semelhantes na sua essência.
A narrativa é dura, pesada, sem floreados. E o final é arrebatador: tão triste, tão bonito, tão maravilhoso. [Cometi o grande erro de ler as últimas 30 páginas no autocarro e arrependi-me tanto. Era eu a ler e as lágrimas a escorrer pela cara...estivesse eu na solidão do meu lar e teria sido pranto na certa.]
Recomendo tanto esta leitura!

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Fim-de-semana

Oh fim-de-semana carregadinho de momentos felizes!
No sábado fui passear a minha barriguinha (cada vez mais visível) a Monsanto, uma zona que fica tão perto de nossa casa e que (estupidamente) aproveitamos tão pouco.

No domingo, depois do nosso treino matinal, fomos matar saudades da Hamburgueria do Bairro (estou a ter uma gravidez santa e sinto-me mesmo uma privilegiada, mas é tão chatinho ter que ter mil e um cuidados nos pedidos que faço de cada vez que como fora de casa...).


E o que eu gosto de fazer caminhadas com este pano de fundo.

E como ando com uma vontade (ainda mais) incontrolável de me entupir de doces e o que me apetecia mesmo era encher-me daqueles carregadinhos de açúcar e gordura (coisa que fiz que nem gente grande no sábado...) no domingo decidi fazer uns doces fit para o lanche. Fiz esta receita de scones (com iogurte grego natural) e ficaram absolutamente maravilhosos (até o senhor namorado, que costuma torcer o nariz a sobremesas fit, aprovou). E ainda fiz este bolo de cenoura e chocolate preto que também ficou ótimo e também foi mega aprovado pelo homem.