terça-feira, 20 de agosto de 2019

Diário de uma gravidez #15 - 35 semanas





































































Fotos tiradas no fim-de-semana passado.

Eu não queria que este blogue se transformasse exclusivamente num diário de gravidez, mas a verdade é que nesta fase pouco se passa na minha vida que não esteja relacionado com isso, pelo que é gravidez ou o blogue às moscas. Para além do que sei que vou gostar muito de ler estas memórias daqui a uns tempos portanto cá vamos nós para mais um relato.
Estamos com 35 semanas (quase 36), o que significa que o mais tardar daqui a um mês devo ter o meu filho cá fora. E não vos vou mentir: a vontade de conhecê-lo é tanta quanto o friozinho na barriga de receio de tudo o que chegará à minha vida junto com ele... a responsabilidade de ter um ser vivo que depende de mim (e do pai) para tudo, a privação de sono, a amamentação e os choros inconsoláveis são assim os aspetos que estão no top daquilo que mais temo (e não é que cheguei ao fim desta lista sem pensar no parto?). Mas tudo se fará, da melhor forma que conseguirmos.
Quanto mais o tempo passa, mais grata me sinto pela forma como esta gravidez tem corrido. Trabalhei até hoje (tenho consulta esta semana e é provável que isso mude nos próximos dias), continuo a treinar (cada vez com mais limitações e menos intensidade, como é óbvio), as noites de sono menos boas até agora foram muito poucas (e só me levanto uma vez por noite para ir à casa de banho), e continuamos sem relatos de azia, enjoos ou dores consideráveis (como leio em tantos relatos nos grupos de mães), incluindo contrações (só tive mesmo das sem dor). Tive dois episódios ao longo da gravidez (um às 8 semanas, outro há coisa de um mês) que nos levaram às urgências mas que se revelaram meros sustos sem consequências. Continuo sem inchar, estou com mais 9 kg (o que está dentro daquilo que me foi recomendado pela obstetra) e o verão continua ameno na maior parte dos dias. O que é que esta grávida pode pedir mais? Nada, só posso mesmo estar muito grata. E estou.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Diário de uma gravidez #14 - Uma tranquilidade inesperada




































Barriga de 33 semanas.

Eu, que costumava ser a ansiedade em forma de gente, tenho estado estranhamente calma desde que engravidei.
Lembro-me bem de, a meio de dezembro, ter sentido uma necessidade grande de começar a meditar porque de repente dei por mim a ter crises de ansiedade (que basicamente se traduziam em pulsação acelerada sem motivação concreta aparente). Mas desde que soube que estava grávida, um mês depois de ter começado a meditar, não voltei a fazê-lo. Bem sei que não me faria mal nenhum continuar, mas a verdade é que deixei de sentir necessidade e, com isso, a preguiça instalou-se. 
Outro grande sinal de ansiedade que desapareceu durante a gravidez foi ranger os dentes durante o sono. Estava a usar uma goteira há uns bons meses - depois de o homem ter se queixado que a coisa estava a tornar-se insuportável - até que ele num belo dia ele me disse que eu podia deixar de usá-la porque nunca mais se tinha apercebido de eu ranger os dentes. E assim continuo: sem goteira e sem ranger os dentes.
É verdade que quando me ponho a refletir no facto de faltar pouco mais de um mês (ou menos, dependendo da vontade da criança) para ter o meu filho cá fora sinto um friozinho na barriga, mas não é menos verdade que estou a viver toda a gravidez de uma forma cem vezes mais tranquila do que alguma vez achei que aconteceria. E, apesar de nem saber bem como é que estou assim tão tranquila, sinto-me orgulhosa por isso. E super satisfeita de pensar que, se for verdade que os bebés "absorvem" muito daquilo que nós somos e sentimos durante a gravidez, então este meu filho está bem encaminhado para ser um bebé tranquilo e feliz.