Foi no início do ano que prometi a mim mesma que este ano fazia uma Meia Maratona, e tentei que o meu grupo de corrida alinhasse na loucura. Tendo em conta que não somos muito fãs das corridas mais "famosas" (porque há demasiada confusão e os preços são caríssimos), não sobravam muitas opções para concretizar o objetivo aqui por Lisboa.
Quando soube da Meia Maratona dos Descobrimentos, e decidido que estava que não ia aproveitar o feriado de terça-feira para fazer umas mini-férias, decidi inscrever-me e desafiei o meu grupo. Inscrevemo-nos todos, à exceção de um membro. E uns com menos treinos, outros com mais, lá fomos nós hoje.
Nesta foto está em falta um dos pés, que era o do único membro para quem a Meia não seria uma estreia.
Quando chegámos a Belém estava nevoeiro cerrado e um frio de rachar. Ou seja, o S. Pedro deu-me(nos) todas as condições para a coisa correr bem. E correu mesmo. Quando faltavam uns 10 minutos para a partida decidi ir esconder o casaco que levava algures nos jardins de Belém (e quando a corrida acabou lá estava ele, à minha espera) e ainda bem que o fiz, porque a subida com que fomos brindados logo ao início deu-nos aquecimento suficiente até ao 21º km.
Sentia-me cheia de energia (o sol é mesmo o meu maior inimigo nas corridas), a minha companheira fiel tinha tanta ou mais energia que eu (na parte final tinha, claramente, mais), e quando demos por ela estávamos a fazer um tempo muito melhor do que aquele que tínhamos planeado (a ideia era tentar não passar dos 6 minutos por km).
Eu conversei, eu disse piadas, eu ri-me, eu arrastei-me, eu acelerei no fim, enfim, tive tempo (e disposição) para tudo e mais alguma coisa. E quando estava a aproximar-me da meta e me apercebi que ainda havia a possibilidade de cruzá-la antes de completar duas horas, nem queria acreditar (entretanto o meu tempo de chip já me informou que fui traída pela aplicação que uso para correr, e afinal fiz 2 horas e 1 segundo...nãoooo!). E mal estávamos a acabar a corrida, fomos brindados com um sol fantástico para nos ajudar a celebrar.
O que é que eu podia pedir mais? Só mesmo um pastelinho de Belém para acabar em grande.
Não podia mesmo ter sido uma estreia melhor.