quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #24 - Os primeiros dias de creche do Gu

No dia 7 de setembro, a uma semana de completar um ano de idade, o Gu estreou-se na creche.
A pandemia não nos deixou (aos pais) entrar na escola. Só pudemos lá estar na semana antes para uma reunião com a educadora do Gu, na sala deles (conversámos uma hora com a educadora e enquanto isso o Gu andou feliz da vida a explorar os cantos todos à sala, como se nós não estivéssemos ali).
O Gustavo é um menino que, até hoje, não estranha pessoas nem lugares a que não está acostumado e é super observador e curioso em relação a qualquer novidade. E tudo isto conjugado fez com que tivéssemos a grande (enorme) sorte de, até hoje, nunca o termos entregado à entrada da creche com ele a chorar. Nunca. 
Ele é recebido por várias pessoas diferentes (entre educadora e várias auxiliares lá da creche) e nunca rejeita o colo de ninguém. Aceita-o e ignora os pais como se fossemos invisíveis. O que para nós é espetacular (é mesmo, não estou a gozar. sempre que vejo meninos a chorar apetece-me chorar com eles, mesmo que não sejam meus filhos). Mas o nosso filho é uma pessoa muito coerente, e o entusiasmo que demonstra quando o deixamos na creche é o mesmo que demonstra quando o vamos buscar: nenhum, portanto. 
Até hoje, chorou apenas no primeiro dia, já muito depois de o termos deixado, e por regra está sempre em modo explorador e bem disposto. 


Quanto a um dos assuntos que eu mais temia: sonos. Fizemos uma adaptação gradual e Gustavo só ficou para a sesta ao final de 3 dias. Não conseguiram que ele ficasse deitado na caminha dele (acontece o mesmo cá em casa, mal é pousado acordado senta-se ou levanta-se) nem que adormecesse no colo. Puseram-no numa espreguiçadeira com um doudou e uma fraldinha e lá adormeceu e dormiu 50 minutos. Repetiu a proeza no dia seguinte. 
Entretanto, e porque ele continua a recusar deitar-se na cama, sugerimos à educadora que o deitassem depois de ele já ter adormecido (normalmente há ali uma meia hora de sono mega pesado em que se lhe pegarmos com jeitinho conseguimos mudá-lo de lugar sem que acorde) e assim têm feito: põe-no na cama quando já está adormecido, e já chegou a dormir 2 horas seguidas (praticamente nunca faz sestas de 2 horas em casa).
Quanto à alimentação, tem comido super bem (acontece o mesmo cá em casa).
Tenho muita pena que a pandemia nos tenha tirado a possibilidade de entrar na creche quando bem nos apetece para poder "apanhar" o Gu desprevenido e ver como é que ele é naquele ambiente, mas mesmo assim sinto-me bastante confortável em deixá-lo ali, porque sinto que são uma pequena família em que toda a gente (educadoras, auxiliares, diretora, funcionárias da cozinha) acarinha as crianças e isso tranquiliza-me imenso. Isso e o facto de o nosso bebé estar a dar-se lindamente por lá. 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A nossa escapadela para comemorar o 1º aniversário do Gustavo

No contexto de pandemia que estamos a viver, e com a nossa a família longe de nós, decidimos que este ano, em vez de uma festa de aniversário, faria mais sentido irmos os três dar uma escapadela para comemorar o 1.º aniversário do Gustavo.
Escolhemos o Vale d'Azenha Hotel Rural & Residences, nos arredores de Alcobaça. O hotel é lindo, o staff é muito simpático, o restaurante do hotel é ótimo e sentimo-nos super seguros em termos de medidas de segurança (desinfetaram-nos a mala e tudo! por mim podia ser assim para sempre!).




Os pratos que pedimos no restaurante do hotel (chama-se "Golden"), onde jantámos no domingo. Estavam ambos maravilhosos (peito de pato com um gratinado fabuloso de couve flor, e risotto de camarão).







Não chegámos a desfrutar da piscina (para dizer a verdade, a minha veia de nojentinha assumida não é fã de piscinas e muito menos de enfiar o meu bebé dentro de uma) mas deu para uma bela sessão de fotos de aniversário do nosso principezinho, que vestiu uma camisa pela primeira vez na vida para comemorar a preceito (mas continua um espírito livre do tornozelo para baixo, porque ainda não anda e a sua mãe não tem paciência de lhe calçar sapatos).



Seguimos uma das recomendações que nos deram no Instagram e almoçámos no restaurante António Padeiro. Pedimos bacalhau com broa e farinheira para dois (que na verdade deu para 4, porque a dose era gigante e trouxemos os restos para casa). A comida era ótima e o staff super simpático, gostámos muito.







E ao final da tarde, já em Lisboa, fizemos videochamada com os avós e cantámos os parabéns ao nosso ratinho mais querido. Foi um dia muito feliz.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Fim-de-semana prolongado em Castelo Branco - Parte II

 [Podem ler sobre a primeira parte do fim-de-semana aqui.]

No sábado visitámos aquele que, para mim, foi o lugar mais bonito de todo o fim-de-semana: as Portas do Almourão. Que paisagem soberba! (As fotos não conseguem fazer jus ao quão imponente é esta vista)






E no domingo, antes de regressarmos a Lisboa, passámos por Vila Velha de Ródão.
Almoçámos no restaurante Vila Portuguesa (por sugestão do Instagram do blogue Let's Run Away, que sigo e gosto muito) e depois estivemos sentados na relva a apreciar a vista do rio: que paz que se sente naquele lugar.





Portas do Ródão

Como disse no primeiro post sobre o fim-de-semana, não gerimos o tempo da melhor forma para conseguir ver todos os lugares maravilhosos que merecem uma visita nesta zona, mas aproveitámos o melhor que pudemos e foi mesmo bom. Vimos paisagens soberbas e vivemos momentos muito felizes em família. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #23: Relato de uma noite normal cá em casa

[Um desabafo que fiz no Instagram e que decidi trazer aqui para o blogue, para me recordar daqui a uns anos quando voltar a ter noites decentes de sono]

20h30/21h30: O Gu adormece (no colo, connosco de pé, sempre).
Nos dias em que ele adormece mais cedo faço o esforço de ver uma série de 20 minutos com o homem. Invariavelmente morro de sono a meio da série.
22h (ou antes): Vou para a cama e pego num livro. Raramente leio mais de 4 páginas antes de cair para o lado.
Se a cria acordar antes da meia noite (acontece com frequência e é sempre um mau prenúncio da noite que está para vir) vai lá o pai tentar readormecê-lo (quando acorda depois dessa hora normalmente já só acalma na mama).
00h30/1h: Cria chora. Levanto-me para ir ao quarto dele dar mama. Adormece ao fim de poucos minutos e pouso-o no berço. Com receio que desperte daí a 10 minutos (houve uma altura em que estava perito nisto) fico a dormir no quarto dele.
3h: Novo choro. Entre readormecê-lo ao colo em pé ou na mama deitada, normalmente opto pela segunda (diz que se chama tentar sobreviver). Dou mama enquanto digo mal da minha vida; afinal de contas, já levo um ano desta merd@. Volto a deitá-lo no berço. O raio da criança esteve 10 minutos a dormir agarrado à minha mama, mas quando o pouso espevita. Dou-lhes uns abanicos e lá fica ele. 
Deito-me com uma fome de leão e fico a pensar se vale a pena ir comer (e ter que lavar dentes, ou então não) e arriscar-me a despertar ainda mais, ou se tento dormir mesmo com o estômago a gritar por comida.  Decido tentar dormir e lá consigo (e todas as noites em que isso acontece e não tenho insónias são noites abençoadas, independentemente do número de vezes que acordo).
6h45: Cria começa a chorar. Olho para o relógio e fico contente por ter dormido 3 horas seguidas em vez de 2. Levanto-me rapidamente para tentar dar mama antes que ele desperte completamente, para tentar que ainda durma mais qualquer coisa. Depois de mamar (raramente adormece na mama nesta altura) vem o pai tentar adormecê-lo. Depois de quase meia hora de tentativas em que a cria vai dormitando nos entretantos, desperta por completo às 7h30 (há os bebés que dormem a noite toda e há os que dormem 12 horas ao longo do sono noturno - e há os que fazem as duas coisas ao mesmo tempo; depois há o meu que dorme 10 horas com mil intervalos).
Aquela sensação de acordar rejuvenescida depois de uma noite de sono? Há mais de um ano que não sei o que isso é.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

14-09-2019: 366 dias do Gustavo nas nossas vidas [2.ª parte]



8º mês
Por volta do teu 8º mês de vida nasceram-te os dois primeiros dentes. 
E também por essa altura tiveste uma regressão brutal de sono: deixaste de adormecer deitado para o sono da noite, e dos 2 ou 3 despertares noturnos passámos para 4, 5, 6, 7, 8... houve ali umas 2 ou 3 semanas em que andámos à beira da loucura. Depois as coisas acalmaram passámos aos 3 a 5 despertares (até hoje, é o mais comum acontecer).
Nesta altura passaste a dormir no teu quarto (não sentimos influência no sono, nem para melhor nem para pior).
Começaste a dizer "dada" e "mama" sem qualquer intenção específica.


9º mês
A meio de junho a mãe retomou trabalho e o pai ficou de licença alargada, mas continuámos os três por casa.
Nessa altura voltámos a Braga (e fomos a Viana do Castelo) para uns dias com a família do pai. 
E passámos o nosso segundo fim de semana fora de casa (excecionando as visitas à família): fomos a Fátima e dormimos num sítio lindo.
Aprendeste a dar palminhas e a pôr-te sozinho na posição sentado.
No fim-de-semana antes de fazeres 10 meses disseste "água" intencionalmente, começaste a gatinhar, e puseste-te de pé (apoiado) pela primeira vez.

10º mês
Foi aos 10 meses que nos presenteaste com a primeira noite em que despertaste uma única vez, coisa que só voltou a acontecer um mês depois. Mas ah, que bem que soube!
No final de julho andaste de avião pela segunda vez: voltámos à Madeira e ainda fomos ao Porto Santo. Foram dias maravilhosos, filho! Inundaste a família de sorrisos (mas tens clara preferência pelas mulheres).
Por esta altura começaste a dar passos apoiado no sofá.

11º mês
Quando fizeste 11 meses começaste a subir sozinho as escadas cá de casa. Também começaste a imitar o som do cão e a apontar para a cabeça quando perguntamos por ela.
Fizeste a tua segunda noite com um despertar apenas (e continuamos a esperar ansiosamente que repitas a proeza).

12º mês
És um bebé super observador: quando vamos ao parque fartas-te de olhar para toda a gente, principalmente para bebés e crianças. Sorris para estranhos, principalmente se forem mulheres (aos homens não dás tanta confiança). Não estranhas nada nem ninguém.
Já identificas imensos nomes (bola, balão, água), já dizes adeus, e vê lá, aprendeste a chamar o pai antes de me chamares a mim porque eu te ensinei a fazê-lo (ninguém disse que a vida era justa...).
A uma semana de fazeres um ano "apanhei-te" a agarrar o copo de água que deixei ao pé de ti, distraída, e a beber direitinho como gente grande.
Também por esta altura fomos passear com os avós a Castelo Branco: vimos lugares lindos, filho.
A uma semana de fazeres um ano começaste a ir à creche (mas sobre isso vou fazer um post à parte).
E na véspera de fazeres um ano...apanhei-te feliz da vida sentado no tapete da sala de boca suja, com uma fralda aparentemente muito mal posta, e com um sorriso de orelha a orelha (como quem acaba de descobrir que é capaz de fabricar a própria comida) enquanto te lambuzavas todo...

És um menino saudável (até hoje as tuas doenças resumiram-se a três constipações, mas só agora entraste na creche...) e quero acreditar, pelos sorrisos com que nos brindas diariamente, muito feliz. És um docinho, observador, explorador de tudo o que te rodeia.
Deixas-nos de rastos todos os dias com essa tua pedalada inesgotável (e com o cansativo que é pôr-te a dormir ao colo até hoje...), mas fazes-nos imensamente felizes. Parabéns a nós por este ano incrível, meu amor. Mal posso esperar por tudo o que ainda está para vir.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

14-09-2019: 366 dias do Gustavo nas nossas vidas



Um ano de ti, meu amor. 

1º mês
Chegaste a este mundo de uma forma muito serena. Nas duas primeiras semanas de vida praticamente não te ouvimos chorar. Dormias tanto que eu e o pai tínhamos que pôr despertador a meio da noite para mamares ao fim de 4 ou 5 horas, e ficávamos a olhar para ti, a dormir na maior das serenidades, sem coragem de te acordar (entretanto já te vingaste (demasiado) bem de te termos feito esta barbaridade).
Lá para a tua terceira semana de vida foste (fomos) atormentados com o bicho das cólicas, que veio para ficar. Diziam-nos que iriam embora por volta dos 3 ou 4 meses, mas as tuas não só não passaram nessa altura como ainda pioraram, e só desapareceram lá para os 8 ou 9 meses.

2º mês
Ao final de cinco semanas, quando terminou a licença exclusiva de 25 dias úteis do pai e ele voltou ao trabalho, desaprendeste a dormir: as sestas de 2 ou 3 horas que fazias deixaram de acontecer, e deixaste de adormecer deitado. Se não te déssemos colo tu pura e simplesmente não adormecias, e se te pousássemos depois de adormeceres dormias, no máximo, 30 minutos. Passaste horas infinitas a dormir coladinho a mim: ou no (abençoado) sling, enquanto eu estava no computador ou a comer, ou ao colo enquanto eu lia ou via séries. E tanto que eu li nesses meses graças a isso, meu filho! Isto quando as cólicas permitiam, porque havia sestas em que tínhamos que subir e descer as escadas cá de casa mil vezes para te acalmar e tentar que não despertasses por completo.
No dia 8 de novembro brindaste-nos com o teu primeiro sorriso.

3º mês
Quando tinhas três meses fomos à Madeira passar o Natal. O teu avô veio de propósito da Madeira só para não fazermos a viagem os dois sozinhos (o pai for ter connosco mais tarde): pois é, filho, tens um super avó (e duas super avós). Fizeste as delícias de toda a família, mas em especial dos teus bisavós. Que natal especial nos deste a todos.

4º mês
Por volta de janeiro já nos brindavas com gargalhadas frequentes.
Também por esta altura o papá conseguiu a proeza de te ensinar a adormecer serenamente deitado no Next to me para o sono inicial da noite (era sempre o papá que te adormecia nesta altura, desde que nasceste).
Os avós da Madeira vinham visitar-te(nos) todos os meses, e o meu 33.º aniversário, no final de janeiro, não foi exceção. Nessa altura, passámos o primeiro fim-de-semana fora em modo passeio: fomos a Santarém e ficámos num alojamento espetacular.

5º mês
Em fevereiro a mãe foi trabalhar durante um mês e tu ficaste em casa com o pai. Eu tirava leite todos os dias no trabalho à hora de almoço para que tu o bebesses no dia seguinte, ao almoço. E com isto conseguimos manter a amamentação exclusiva até aos 6 meses. 
Também em fevereiro foste a Braga pela primeira vez, conhecer a terra do papá. E mostrar-nos que viagens longas de carro não fazem parte dos teus programas preferidos.

6º mês
Em março instalou-se uma pandemia no mundo e, na mesma altura em que eu voltei para casa para retomar a licença, o pai veio também, e ficou a trabalhar pertinho de nós. E que ajuda maravilhosa foi, meu amor. Tornou-se tudo mais fácil a partir daí.
Nessa altura, poucos dias depois de teres feito seis meses, deixaste a amamentação exclusiva e começaste a comer através do método Baby Led Weaning. Nos primeiros dias eu achava que ia ter um ataque cadíaco com medo que te engasgasses, mas rapidamente nos mostraste as tuas habilidades e nos provaste que podíamos confiar em ti. Em poucas semanas já comias refeições inteiras sozinho com a maior das destrezas.

7º mês
Aos sete meses começaste a aguentar-te bem sentado, sem apoio. E a estar cada vez mais engraçado e desperto para tudo à tua volta.

[Continua]

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #22 - Chegou ao fim a licença alargada do pai

E ao fim de praticamente um ano, acabou a licença alargada que eu e o pai do Gu tirámos (5 meses meus + 1 do pai iniciais, mais 3 meses de cada um de licença alargada).
Atendendo ao cenário de pandemia que se instalou no país em março e que nos deixou (a mim, ao pai e a meio mundo) em casa a trabalhar, posso dizer que a minha troca de papéis com o pai, em junho (em que eu voltei a trabalhar, e ele voltou a entrar de licença) acabou por não mudar muito a nossa rotina cá em casa: apenas passou a ser o pai que se ocupava mais do Gustavo quando ele estava acordado, enquanto eu trabalhava (ou tentava, que nem sempre é muito fácil).
Retirando as eternas cólicas que perturbaram as sestas do Gustavo até bem mais tarde do que aquilo que esperávamos, posso dizer que o pai acabou por ter uns três meses mais exigentes do que os meus, porque apanhou a fase em que o Gustavo começou a gatinhar, pelo que lá se foi o sossego de poder sentar-se tranquilo no sofá enquanto o Gu brincava quietinho. Sei que há bebés que pedem atenção o tempo todo e que não sabem brincar sozinhos: o Gustavo quando está mais cansado ou agitado pede muita atenção - como é normal em qualquer bebé, diria eu - mas também é um bebé que sabe entreter-se sozinho (como eu costumo dizer, com todo o terror que temos vivido em termos de sono desta criança, merecemos que ele seja um bebé relativamente fácil em tudo o resto :p).


Como já disse por aqui, a licença de um ano não foi propriamente uma opção nossa (ficam avisadas as pessoas que queiram planear bebés e que não queiram gozar licença alargada: numa visão muito pouco romântica mas realista da coisa, setembro é o pior mês do ano para os vossos bebés nascerem, porque o ano letivo - mesmo o dos bebés - começa em setembro, pelo que ou pagam meio ano sem meter os vossos filhos na creche para assegurar a vaga deles, ou têm alguém que vos fique com as crianças para vocês irem trabalhar, ou terão que fazer o mesmo que nós e esperar por setembro para mandar a cria para a creche).
Não vou mentir: é duro passar 24 horas sobre 24 horas fechados em casa (na maior parte do tempo) com um bebé. Mas a verdade é que o primeiro ano de vida deles deve ser provavelmente aquele em que a evolução é maior, e estar longe deles nesta fase implica arriscarmo-nos perder muitos marcos especiais, e isso também deve ser duro (como será se o meu rico filho decidir dar os primeiros passos na creche, e não à vista dos pais, mas adiante...).
Isto tudo para dizer que ao fim de um ano em casa com o nosso filhote e a poucos dias do primeiro aniversário dele, o balanço deste ano é mais do que positivo: foi o ano mais cansativo (esgotante, para ser mais precisa) da minha vida, mas sem sombra de dúvida também foi o mais rico e aquele em que mais cresci (não literalmente mas quase, porque sou bem capaz de ter perdido anos de vida nos últimos meses :p).

[Nos próximos dias conto-vos sobre a entrada do Gu para a creche e a adaptação dos primeiros dias - dele e da mãe dele :p].


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Leituras

 As leituras de 2020 começaram a um ritmo alucinante, tanto que atingi o meu objetivo (modesto num ano normal, desafiante para uma mãe de um bebé de meses) de 12 livros lidos em 2020 ainda nem o ano ia a meio.
Mas entretanto o meu rico filho deixou de precisar de colo durante as sestas (obrigada Deus!), e eu regressei ao trabalho, e o resultado da soma destes fatores foi que a partir de junho o meu ritmo de leitura diminuiu imenso (não leio em transportes públicos porque estou em teletrabalho pelo que voltei a ler só na cama, e deito-me tão exausta que mesmo indo para a cama às 22h leio uma média de...sei lá...4 páginas por noite).
Mas passando então ao último livro lido.


Fica comigo

Avaliação do Goodreads: 4,04/5
Minha avaliação: 4/5

"Fica comigo" é um romance que se passa na Nigéria, na década de 80 do século passado, e que nos apresenta um pouco da cultura daquele país. 
Tendo como pano de fundo o contexto político agitado daquela época, acompanhamos a história de vida de Yejide e Akin, um casal que não consegue ter filhos, numa cultura em que a infertilidade é vista como uma atestado de "inutilidade" às mulheres (independentemente da origem do problema poder estar no homem), já que aquilo que se espera delas é que constituam família e pouco mais. Aborda também o tema da poligamia e da maternidade, numa perspetiva muito crua e pesada (e dizer mais do que isto é entrar em spoilers).
Não é uma leitura leve, mas é mesmo muito interessante.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Fim-de-semana prolongado em Castelo Branco - Parte I

Na última semana de agosto tivemos a visita (maravilhosa) dos meus pais, que tiraram uns dias de férias para visitar o neto (e a filha e o genro, vá), e decidi tirar a sexta-feira de férias e fazer um fim-de-semana prolongado de passeio.
Fiz a pesquisa por alojamentos no final de junho, e devo dizer que não foi nada fácil encontrar um alojamento a um preço aceitável numa zona que tivesse pontos de interesse para visitar. Até que encontrei as Casas dos Carregais, fiz a reserva para duas noites e lá fomos nós na manhã de sexta-feira.
Confesso que não planeámos a viagem como deve ser e acabámos por nos arrepender, porque só perto do regresso nos apercebemos que não teríamos tempo para explorar todos os pontos de interesse e que não tínhamos dado prioridade ao que deveria ter sido prioritário (isso aliado ao facto de termos um bebé que não adora andar de carro, e qualquer passeio na zona implicava sempre no mínimo perto de meia hora para ir e outra meia hora para regressar). Mas adiante.
A caminho do alojamento almoçámos em Castelo Branco, no restaurante Cabra Preta, que recomendo (comida boa e medidas de segurança seguidas à risca), e a meio da tarde lá chegámos à aldeia onde passaríamos a noite: Carregais. É uma aldeia pequenita mas amorosa. Quanto ao alojamento, reservámos uma casa de xisto recuperada muito bonita e com todas as comodidades (só não ficámos fãs do pequeno-almoço, que achámos fraquinho - e que estava disponível já na casa, à exceção do pão, que nos traziam de véspera, ao final da tarde).




Na manhã de sábado fomos conhecer a praia fluvial da Cerejeira, que ficava a 5 km da nossa casa (um espaço muito giro, sem dúvida, mas preferíamos ter "gasto" mais tempo a explorar as redondezas de Vila Velha de Ródão).







E ao almoço fomos ao restaurante Ti'Augusta (com reserva feita previamente), na aldeia de xisto da Figueira. Recomendo muito, a comida era marvilhosa, assim como o atendimento e o espaço. 



[Continua...]