Continuando (e terminando) o nosso tour da semana passada por Marrocos, a noite de quinta para sexta feira foi passada no Riad Marhaba, em Rabat. Tomámos o pequeno-almoço neste terraço.
Depois de termos passado o final da tarde da véspera a percorrer parte do mercado de Rabat (bem mais calmo que o de Marraquexe), fomos passear aos Kasbah das Oudaias, ainda naquela cidade. Algumas ruelas fazem-nos sentir numa ilha grega.
Eu queria ter fechado as pernas, a sério que sim, mas as vertigens não me deixaram.
Olha a pirosice fresquinha!
Ao final da manhã, parámos em Mèknes.
Onde tivemos direito a almoço com vista!
Na parte da tarde fomos visitar as ruínas romanas de Volubilis.
"Oh amor, e que tal deixares o gato quieto e fotografares-me a mim?"
E ao final da tarde chegámos a este paraíso, em Fès. Chama-se Riad Jean Claude, sendo este o nome do proprietário. O Jean Claude, assim como o Patrick em Marraquexe, era um anfitrião 6 estrelas. Emprestou-nos um guia de Fèz, levou-nos a duas colinas diferentes, no carro dele para vermos várias perspetivas da cidade, estava sempre com um sorriso na cara pronto a ajudar e ainda chegou ao final da nossa estadia e não nos cobrou a taxa municipal (a que tanta polémica gerou quando alguém se lembrou da possibilidade de a cobrar em Lisboa, e que se cobra em muitos países, nomeadamente na Europa, e ninguém se choca), sendo que, sendo devida ao município, significa que ele diminui a sua margem de lucro em prol de deixar uma boa imagem aos clientes. Mais uma vez, fiquei encantada. Fico sempre de coração cheio quando conheço pessoas genuinamente boas. Faz-me ter esperanças no mundo em que vivemos.
A única experiência má que tivemos neste Riad foi mesmo a meio da noite em que, dando as portas do quarto diretamente para a rua, acordámos às 4h da manhã com senhores a berrar (literalmente) em altifalantes para chamar os fiéis para uma das 5 rezas diárias (o estranho é só termos acordado mesmo naquela noite) - coisa que ouvíamos todos os dias, várias vezes, mas digamos que a meio da noite a coisa ainda se torna menos agradável.
Fiquei encantada com a louça marroquina (que se vê à venda em todos os mercados).
Vista da cidade de Fès.
Não fiquei super fã de Marrocos nem da maioria dos marroquinos com quem nos cruzámos (retirando os nossos anfitriões fofinhos do deserto e alguns empregados nos restaurantes). São demasiado gananciosos, aproveitam qualquer informação que precisemos para nos sacar dinheiro. E é um país sujo, cheio de lixo e de prédios degradados.
Mas tem paisagens lindíssimas, tem o deserto que para mim foi uma experiência que vai ficar guardada num cantinho especial da minha memória, e tem a vantagem de nos mostrar a cultura muçulmana sem termos que atravessar centenas de quilómetros. Ah, e tem pechinchas que valem muito a pena, desde produtos de óleo de argão, especiarias, chás e louça de argila linda.
Regressei com vontade de voltar um dia, para conhecer a cidade de Chefchaouen (que parece linda e não tivemos tempo de visitar) e para trazer uma mala cheia de compras marroquinas.