sexta-feira, 24 de julho de 2020

Madeira

Foto tirada há um ano na Madeira (em modo grávida)

Não vou à Madeira desde o natal passado. O que provavelmente também teria acontecido mesmo sem
Covid, porque agora temos um bebé e apanhar um avião para ir apenas de fim-de-semana não é tarefa que consigamos encarar com a leveza de antes. 
O que não teria (de todo) acontecido se não fosse o Covid, era não estarmos com os meus pais desde março. Desde que o Gu nasceu, em setembro, estivemos juntos todos os meses, uma vez por mês...até que se meteu uma pandemia pelo meio. E as visitas mensais dos meus pais ao neto (e à filha, mas não vamos enganar cá ninguém, que eu sei bem que passei para 2.º plano e estou muito confortável com isso :p) foram todas canceladas.
Foi em dezembro do ano passado - ainda longe de imaginarmos o cenário de pandemia que iríamos viver - que comprámos passagens para ir à Madeira agora. Quando foi decretado o estado de emergência, ficámos sem saber se esta viagem viria a acontecer mas ainda faltava muito tempo, logo se veria.
O dia chegou, a viagem não foi cancelada, fizemos o teste do Covid e deu negativo (Mr. Gu foi dispensado por ser menor de 12 anos...thank God), não há alertas de mau tempo, e eu continuo sem acreditar que ela vai mesmo acontecer. Foram muitos meses a (tentar) preparar-me psicologicamente para a possibilidade de a viagem não acontecer, porque não saberia lidar com a desilusão de criar expetativas e depois vê-las frustradas (well...tentativa falhada, porque continuo sem estar preparada para esse cenário).
Mas bem, agora é esperar que nada se meta no nosso caminho e nos impeça de ir gozar estes dias em família, com os quais ando a (tentar não) sonhar há demasiado tempo (com tanta família por perto, vai ser o mais próximo de férias que estes pais de um bebé de 10 meses vão ter em muiiito tempo).
Torçam por nós. Até já, Madeira (assim espero).

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Sobre a minha vida atual e o rumo deste blogue

Se há pessoa que nunca quis - e continua sem querer - viver em exclusivo para os filhos sou eu. Não tenho absolutamente nada contra, e agora que sou mãe ainda mais mérito dou a quem consegue fazer disso a sua vida a 100%, porque sei o que custa. E sei que, pelo menos comparando o meu bebé com a minha atividade profissional (numa época normal pelo menos), ser mãe é tarefa muito mais cansativa para mim do que é exercer a minha profissão. 
Mas dizia eu que nunca quis, nem quero até à data, viver em exclusivo em modo "mãe", mas até agora isso tem sido tarefa praticamente impossível. 
Antes de mais, porque é uma mudança (ultra) radical na nossa vida e que demora a assimilar. Olho para a minha vida atual e para a que tinha antes - ainda para mais num contexto de pandemia, que ninguém podia imaginar - e basicamente o único ponto em comum do meu dia-a-dia é que continuo a partilhar casa com a mesma pessoa (mas até a dinâmica da relação sofreu uma transformação monstra, como está bom de imaginar. e agora somos três cá em casa, e não dois, está claro). E continuo a ler antes de dormir, na maioria dos dias. E às vezes vejo séries de comédia com o homem depois de jantar (e continuo a ter sono a meio de todos os episódios, como tinha antes). 
De resto, entre maternidade e Covid, mudou tudo: não trabalho (fisicamente) no mesmo sítio (trabalho em casa, cortesia do Covid), não vou ao ginásio (mais uma vez, cortesia do Covid) não viajo (mistura de Gu e Covid), raramente almoço fora (again, mistura), e todas as saídas têm uma logística muito diferente associada. E - a parte mais dolorosa - deixei de dormir 7 a 8 horas seguidas todas as noites.




Para além de toda a experiência da entrada no mundo da parentalidade ser completamente assoberbante, nós temos a "agravante" de não termos família por perto nem qualquer tipo de ajuda para cuidar do Gu, pelo que tendo em conta que ele ainda não foi para a creche, mesmo que não quiséssemos viver em exclusivo para ele, pelo menos nesta fase não conseguimos que tal aconteça (e está tudo bem). 
Bom...tudo isto um bocadinho como forma de justificar o rumo que este blogue tomou nos últimos meses. Eu queria falar-vos sobre outros assuntos que não o meu filho, mas sendo este blogue uma espécie de diário da minha vida (sei que este tipo de blogue está completamente out, mas a minha pretensão principal continua a ser apenas a de ter um registo de algumas das memórias mais importantes da minha vida), fica difícil falar-vos sobre outros assuntos porque a minha vida além Gu neste momento é praticamente inexistente. Acredito que com o tempo, e principalmente com a ida do Gu para a creche, e quando o regresso à "normalidade" voltar a implicar sair de casa para trabalhar, a coisa mude um bocadinho de figura (mas não garanto). 
Mas fica feito o aviso, que eu não quero trazer cá ninguém ao engano: o Gu agora será sempre uma "peça" fundamental do blogue, porque é a pessoa mais importante (e presente) da minha vida, e sendo este um blogue pessoal, não dá para ser de outra forma. A quem, nos entretantos, tenha deixado de se identificar com os conteúdos que vou partilhando por aqui, percebo perfeitamente se forem à vossa vida, e só posso agradecer por terem estado desse lado até agora.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #21 - Balanço sobre o BLW ao fim de 4 meses

Uma coisa que a (pouca) experiência já me ensinou neste mundo da maternidade (e da alimentação dos bebés em particular) é a não dar nada por adquirido. Nunca. Até agora a experiência de BLW tem corrido super bem (e esperemos que assim continue).
Posto isto, vamos então falar nos últimos quatro meses cá por casa, no que toca à alimentação.
Ponto n.º 1: O baby led weaning pode parecer muito giro quando vemos vídeos no Youtube das criancinhas com meses de vida a comer brócolos tão bem ou melhor do que adultos, mas para lá chegarmos há um processo que é moroso e, por vezes, implica algum sofrimento (dos pais, não dos filhos). Digo moroso porque nas semanas antes de começar o BLW e nas primeiras semanas em que eu o apliquei com o Gu, passava horas do meu dia a ler sobre o assunto para aprender e aperfeiçoar cortes e consistências dos alimentos. E os reflexos de vómito dos primeiros dias, como já contei noutro post, deixavam-me muito stressada (agora são muito menos frequentes, como é normal, e já não me incomodam, porque sei que são normais e que não são um sinal de perigo, pelo contrário). Foi só depois de passados os primeiros dias, e de me ter apercebido que estava a correr tudo bem que consegui relaxar e deixar de precisar tanto de estudar o assunto, porque a experiência e o feedback do Gustavo já me iam permitindo ver o que é que funcionava melhor com ele, e que a que alimentos e texturas ele mostrava maior recetividade.
Nós sempre tivemos intenção de dar sopa ao Gustavo, porque é algo que comemos cá em casa praticamente todos os dias, mas antes disso queríamos que ele se familiarizasse com os sólidos. Ao final de dois meses de sólidos em exclusivo, e porque ele passou por uma fase de não estar tão recetivo aos vegetais (para além do que era chegada a altura em que pelo método tradicional de introdução alimentar passa-se de 2 para 3 refeições diárias (para além do leite, claro)), decidimos que era a altura de introduzir a sopa. E durante mais de um mês correu super bem, até que ele se fartou e deixámos de dar todos os dias (dando sempre legumes inteiros em alternativa). E fomos sempre dando a sopa conforme o Gu a "pedia": muitas vezes ele estava tão impaciente e sôfrego que púnhamos mais água na sopa e davamos-lha a beber, outras íamos dando a colher para a mão dele e ele ia comendo à sua maneira, outra dávamos de forma mais tradicional, sempre conforme ele nos ia comunicando que a queria.


Exemplo de uma refeição adaptada à fase atual do Gustavo: hambúrguer de cogumelos e feijão branco, brócolos, cenoura e pepino (a partir do momento em que eles começam a fazer o movimento de pinça torna-se mais fácil dar variar mais no formato e diversidade de alimentos).

Não é sempre fácil ter paciência para isto, e por vezes a sujeira é muita, mas sou completamente contra forçar os bebés a comer seja o que for - se não faz sentido com o leite materno, porque é que faria com qualquer outro alimento? Não quer, dou-lhe alternativa (dentro do que há), e se não quiser nada do que tenho para oferecer, há sempre a maminha portanto está tudo bem.
Temos dado sempre almoço e jantar. Pequenos almoços e lanches damos na maioria das vezes (panquecas e/ou fruta) mas nem sempre. Deixei de oferecer maminha a seguir às refeições principais depois de termos tido consulta com a pediatra e ela ter dito que o leite impedia a absorção do ferro - presente na carne, por exemplo -,quando consumido na mesma refeição.
Até agora, e retirando uns dias em que há alguns vegetais para os quais o Gu não está muito virado (normalmente quando estão só cozidos, com menos sabor, por isso percebo-o perfeitamente ;)), diria que o meu filhote não tem sido nada esquisito. Mas mostra uma clara preferência por proteína, que é sempre a primeira coisa que vai buscar quando lhe pomos o prato à frente (seja leguminosas, ovo, carne ou peixe, é sempre a primeira escolha dele). Também adora fruta (principalmente manga e mirtilos), mas não há nenhuma que rejeite. Na grande maioria dos dias é um gosto tremendo vê-lo comer de forma autónoma (e se forem os alimentos preferidos dele, limpa o prato à velocidade da luz). Ainda não partilhamos as refeições em família porque, para já, prefiro que ele coma os alimentos da forma mais natural possível e os nossos horários de refeição também nem sempre são compatíveis. Mas consigo perfeitamente tê-lo a almoçar/jantar ao pé de mim enquanto arrumo a cozinha ou cozinho, por exemplo.
Como disse no início do post, se quisermos fazer BLW de forma consciente e segura é uma opção que nos primeiros tempos dá muito mais trabalho do que a opção pelo método tradicional, mas em termos de experiências sensoriais, desenvolvimento das capacidades motoras, e (espero) construção de uma relação saudável com a comida, diria que é um investimento de tempo que compensa muito. Pelo menos para já, eu não podia estar mais feliz com a opção que tomámos (ou tomei eu, já que alimentação é um assunto que me interessa muito mais a mim, e o homem apoiou a 100% desde o primeiro dia) e não podia recomendar mais (mas só se tiverem muita paciência, tempo e se preocuparem pouco com sujeira).

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Leituras



O bairro das cruzes

Avaliação do Goodreads: 4,67/5
Minha avaliação: 4,5/5

Este livro merece um post só sobre ele, de tão bom que é.
Foi mais uma vez, sugestão do Bookgang da Helena Magalhães, e quando vi a avaliação no Goodreads fiquei ainda mais curiosa. Passa-se entre Mafra e Lisboa, nas décadas de 60 e 70 do século passado, e conta-nos as peripécias de uma família peculiar, tendo como pano de fundo momentos importantes da história do nosso país.
O livro valeria só pela escrita, que é absolutamente soberba. Mas como se isso não bastasse, ainda tem uma história super interessante, sem momentos enfadonhos, e construída de forma irrepreensível, até chegar a um final inesperado (pelo menos para mim), tal como eu gosto. A-do-rei.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #20 - 10 meses desta aventura pelo mundo da maternidade

É absolutamente impressionante a quantidade de sensações tão (aparentemente) contraditórias que se podem sentir num mesmo dia e às vezes quase até num mesmo momento, neste mundo da parentalidade. Há dias que parecem não ter fim, mas os meses vão passando a uma velocidade vertiginosa e quando damos por ela puff...passaram-se 10 meses (say what?).
No último post comentei o facto de o Gu não ser nada precoce em termos de capacidades motoras. Pois bem, continua sem o ser, mas no fim-de-semana passado foi toda uma avalanche de primeiras vezes, tantas que nem deu tempo para saborear cada uma.
No mesmo dia começou a gatinhar (já há algumas semanas que ele ia fazendo um pseudo gatinhar que o ia levando onde queria, mas no fim de semana começou a fazê-lo de forma mais consistente, embora ainda se farte ao fim de pouco tempo) e disse a sua primeira (tentativa de) palavra intencional. Perguntei-lhe se queria água, como faço sempre que lha ofereço, e ele repetiu depois de mim, à sua maneira, mais de uma vez, "água". Qual mamã, qual papá, qual quê.
No dia seguinte, quando olhei para ele, estava de pé, sozinho (mas apoiado) pela primeira vez. Foi demasiada emoção para um fim de semana só.

A verdade é que há ali uma "barreira" por volta dos 6 meses, a partir da qual eles se tornam muito mais despertos para o mundo e, com isso, mais engraçados a cada dia que passa. Pelo menos cá em casa sentimos isso. E é maravilhoso (re)descobrir o mundo através dos olhos deles. As coisas mais insignificantes para nós podem ser toda uma experiência de descoberta para eles (ficar a olhar para as sombras que faz um candeeiro, ou para as marcas do sol que passam através dos estores de casa...até um cabelo (ou um pedaço de pó...) apanhado do chão pode ser dissecado ao mais ínfimo pormenor...enfim, tudo pode ser objeto de exploração e descoberta. E é tão giro assistir a isso.
Não sou sempre a mãe que queria ser (confesso que adorava ser mais relaxada em relação a rotinas e, principalmente, aos sonos do Gu) mas sei que sou sempre  a melhor mãe que consigo ser e, modéstia à parte, acho que me tenho safado bastante bem neste papel. A verdade é que sempre quis ser mãe e inclusive sempre fui um pouco "mãezinha" daquelas pessoas de quem gosto particularmente (na perspetiva de me preocupar, por vezes em demasia, com pessoas de quem gosto, mesmo que elas sejam adultas), e esta tarefa de (tentar) criar um ser humano para ser o mais feliz e saudável possível e ter os valores certos, é difícil pra caraças mas na maior parte dos dias dá-me um gozo tremendo.
Quanto ao Gustavo, passada a (eterna) fase das cólicas (que por aqui não durou os habituais 3/4 meses, mas sim perto de 9), temos um bebé doce, sorridente, curioso, saudável e feliz, pelo que diria que nos saiu a lotaria em forma de bebé (o 2º prémio vá, já que é uma praguinha para dormir).

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #19 - Três meses de licença alargada em plena pandemia (e a evolução dos últimos meses)

Como já contei por aqui, eu e o pai do Gu optámos por tirar ambos licença alargada, já que não conseguimos arranjar vaga na creche para o ano letivo que está agora a terminar (se os pais partilharem ambas as licenças - inicial e alargada - podemos tirar um máximo de um ano, sendo que a partir do 7º mês o subsídio baixa muito).
Já regressei ao trabalho há quatro semanas, mas como estou em teletrabalho acabei por não sentir grande diferença.
O meu último dia de trabalho (da nossa licença inicial) foi o dia 11 de março, ainda em modo "normal". No fim de semana seguinte já estava o caos instalado no país, e logo na semana seguinte o pai cá de casa entrou em modo teletrabalho (e a mãe em modo feliz da vida com isso). E assim temos estado desde então, os três por casa. E devo dizer que isso facilitou imenso a minha vida: porque não precisava de ter as refeições todas planeadas, porque muitas vezes era o pai que adormecia o Gustavo para as sestas do dia, e porque não senti tanto aquela solidão de quem passa dia após dia em casa com um bebé sem ter um adulto com quem conversar.
Depois de ter passado pela experiência de ter tirado licença alargada e no contexto em que foi, acho  que não termos tido hipótese de pôr o Gustavo na creche mais cedo foi o melhor que nos podia ter acontecido. Dizem que os bebés evoluem muito quando vão para a creche (e o nosso bem precisava de aprender a ser mais autónomo a adormecer...), mas eu não tenho pressa nenhuma em que ele faça x ou y 1 ou 2 (ou até 3 ou 4) meses mais cedo. E não há amor nem atenção como o dos pais. E a alegria que o Gu tem mostrado nestes meses, com ambos os pais em casa o dia inteiro com ele, é impagável.
Entre as mil vantagens de não estar sozinha com o Gu, uma das maiores foi mesmo a de termos iniciado o Baby Led Weaning estando os três em casa (para quem não sabe o que é, é ver este post), porque muito honestamente nos primeiros dias o meu medo de que o Gu se engasgasse (e eu congelasse perante esse cenário) era tanto que não sei se o teria feito nas refeições em que estivesse sozinha em casa com ele.
Entretanto o sono continuou (e continua) a ser o grande desafio cá por casa, tanto de noite como de dia. O pouco que tínhamos "conquistado" de noite (era a única altura em que o Gu já adormecia pacificamente deitado e estava a acordar em média 3 vezes por noite) de repente mudou por completo aos 8 meses e tivemos várias semanas de 7, 8, 9 despertares noturnos em que andávamos à beira do desespero (nunca chegámos a perceber o motivo). Adormecer deitado para o sono da noite também nunca mais voltou a acontecer até hoje, e durante o dia adormecer deitado também é para esquecer (já se for no colo consigo a "proeza" quase sempre em menos de 5 minutos).



A nível de capacidades motoras, o Gustavo não é nada precoce, muito pelo contrário, e isso é coisa que não me tira o sono (ao contrário de algumas pessoas chatinhas que perguntam a tooooda a hora se já gatinha, se já isto, se aquilo).
O Gustavo só se sentou bem sem apoio aos 7 meses (daí termos começado o BLW, sem pressas, apenas aos 6 meses e meio, por uma questão de segurança) e só esta semana começou a colocar-se sozinho na posição sentado (estando deitado) (às vezes dá-lhe para praticar no berço, às 5h da manhã...), e até hoje ainda não gatinha (bem...às vezes semi gatinha em modo marcha atrás), mas lá se vai arrastando e chega onde quer. Já adora estar de pé (mas temos que ser nós a apoiá-lo), adora fazer posições de "ioga" e pranchas (e queixar-se enquanto as faz, como se estivesse a ser obrigado) e põe-se aos saltinhos (sentado), a tentar arranjar balanço para se levantar. O facto de não gatinhar nem andar não impede que já tenha dado início ao seu CV de nódoas negras.
Farta-se de "palrar" e vai dizendo os seus "ma ma" (mas está tudo menos a chamar-me), "pa pa" (mas está tudo menos a chamar o pai), "da da", e agora deu em estalar a língua. E tem uma adoração maluca pelo pai: não sei se consigo ver melhor por estar de fora, mas o olhar que ele dirige ao pai, tantas e tantas vezes, é dos cenários mais deliciosos a que já assisti em toda a minha vida (e que sortuda que sou, por poder ver com tanta frequência).
Com a regressão brutal de sono, decidimos mudar o Gustavo para o quarto dele aos 8 meses e meio, para ver se dormiria melhor sem nós (mas na verdade continuámos a dormir com ele, à vez, pelo que não sei se se cumpriu o propósito). Ele não estranhou nada a mudança...mas também não foi por aí que passou a dormir melhor. Foi também por esta altura que surgiram os primeiros dois dentes (eu sei que dito assim parece que foi o motivo do sono piorar, mas ele não só não parecia ter dores quando acordava como durante o dia estava sempre bem disposto).
Estreámo-nos na relva (ficou feliz da vida) e na praia (esteve o tempo todo - tipo 30 minutos - com um ar miserável de "tirem-me daqui" e quando molhou os pés na água começou a chorar, não em modo berraria, mas aquele beicinho sofredor digno de deixar o coração de uma mãe em cacos em 3 tempos). No final da minha licença fomos de fim de semana prolongado visitar a família do senhor namorado a Braga/Viana e não só não estranhou ninguém (não estávamos juntos há quase 4 meses) como distribuiu sorrisos por toda a gente (a foto deste post foi tirada nesse fim-de-semana, em Viana).
É uma praguinha para dormir, mas quando está acordado é um doce, quase sempre bem disposto, e que nos faz rir mais a cada dia que passa. É absolutamente delicioso vê-lo comer. E é o motivo para eu estar (quase) sempre cansada e com sono, mas é também o meu maior motivo de felicidade nos últimos meses. Meu Gucas querido.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Leituras




O medo

Avaliação do Goodreads: 4,02/5
Minha avaliação: 4/5

Este thriller/policial foi sugestão do mês do abril do Bookgang da Helena Magalhães.
É uma história pesada, que toca em temas sensíveis, mas que depois de começarmos não apetece parar de ler. O envolvimento entre os diversos personagens vai suscitando sentimentos agridoces em relação a cada um deles. E a curiosidade pelo desenrolar da história (a presente e a passada) é cada vez maior ao longo do livro. 
Recomendo muito.



A história de uma serva


Avaliação do Goodreads: 4,11/5
Minha avaliação: 3/5

Com tudo o que já tinha ouvido falar sobre este livro (e a série), eu tinha mesmo que lê-lo.
A história de uma serva é uma distopia que retrata uma sociedade (Gileade, na qual a América foi transformada) fundamentalista onde mulheres férteis (as "servas") são "atribuídas" a casais de elite que não conseguem ter filhos. A história é-nos contada por Defred, uma dessas servas, que vai recordando a sua vida anterior (igual àquela que conhecemos hoje em dia no mundo ocidental) e retratando aquela que é a sua realidade atual, a qual já não consegue imaginar de forma diferente. 
É uma história que nos deixa com um nó na garganta face ao retrato que é feito da vida daquelas mulheres, completamente instrumentalizada e sem margem para qualquer tipo de liberdade ou prazer.
Não é o meu tipo de leitura favorito, mas acho que é uma leitura que vale muito a pena, pelo tema que aborda e pela forma como o faz.


A sociedade literária da tarte de casca de batata

Avaliação do Goodreads: 4,17/5
Minha avaliação: 4/5

Que história tão bonita, a deste livro!
A sociedade literária da tarte de casca de batata passa-se entre Inglaterra e a ilha britânica de Guernsey, no pós Segunda Guerra Mundial. É um livro que nos é contado na íntegra através de cartas que os diversos personagens escrevem uns aos outros, tendo como personagem principal Julie Ashton, que começa a corresponder-se com vários habitantes de Guernsey e a descobrir, através dos relatos que lhe são feitos, como é que foi vivida a guerra pelos habitantes daquela ilha. É uma história de amor e amizade encantadora, recomendo muito a leitura.

sábado, 4 de julho de 2020

Fim de semana

Não faço ideia se tenho muitas pessoas que me sigam só aqui pelo blogue e não sigam o Instagram mas, se existir alguma, pois é gente, continuo viva e com saudínha (e covid free até à data...pelo menos que me tenha apercebido...).
Tenho uma série de assuntos em atraso sobre os quais quero escrever, mas enquanto não arranjo tempo para isso (pois é, por aqui o confinamento não foi sinónimo de mais tempo livre...de todo) aqui fica o registo do passeio que demos no fim de semana passado.
Retirando a nossa ida à Madeira no Natal e duas idas a norte para visitar a família do senhor namorado, esta foi a segunda vez que dormimos fora de casa os três em modo escapadinha de fim-de-semana (teriam sido mais se o amigo Covid tivesse deixado. Aliás, até tínhamos uma viagem marcada para irmos os três à ilha do Pico em maio, que lá teve que ser cancelada. Ou adiada, espero (para data incerta).
Mas voltando Às escapadinhas de fim de semana, os nossos critérios de pesquisa por lugares onde ficar mudaram um pouco desde que o Mr. Gu entrou nas nossas vidas: agora tentamos que sejam distâncias que impliquem viagens de carro relativamente curtas (a criança não é fã de andar muito tempo dentro do ovo no carro...sofre com o calor), que aceitem bebés (óbvio, não é? e foi assim que percebi que alguns alojamentos onde gostava imenso de ir ou voltar...terão de esperar para mais tarde) e, de preferência, que tenham uma kitchnette ou, pelo menos, possibilidade de aquecer comida (já que a criança há 3 meses que já deixou a amamentação exclusiva - que era um descanso nesta aspeto, já agora).
O lugar escolhido foi o Luz Houses, em Fátima, e a experiência foi maravilhosa. As imagens falam por si.