No dia 11 de fevereiro chegaram os fim os meus 150 dias de licença, pelo que "troquei" com o pai da criança durante um mês: fui trabalhar, e ele ficou em casa com o Gustavo.
Depois de ter passado por uns dias especialmente complicados em janeiro, em que ainda não conseguíamos adormecer o Gustavo deitado durante o dia e ele, já com 8kg, dava muita luta no colo depois de adormecer (cólicas...what else?), achei ingenuamente que iria quase sentir-me de férias quando regressasse ao trabalho. O que até poderia ser verdade a nível de esforço físico diário...não fosse a privação de sono.
Na verdade o sono do Gustavo não mudou quase nada (continuou a acordar em regra três vezes por noite), mas nos primeiros dias eu tive muito mais dificuldade em adormecer do que o habitual (só pela preocupação de ter que dormir para estar minimamente bem para conseguir raciocinar no trabalho) - e acreditem que fazer esse esforço 3 vezes por noite é dose. E com isso, depois do almoço apoderava-se de mim uma dor de cabeça que por regra não sinto quando fico em casa. Já para não falar da hora em que atingia o pico do cansaço - a meio da tarde, quando saía do trabalho - em que estava tão de rastos que sentia um mal estar no corpo todo, chegando a ter uma sensação de que vou vomitar, tal era o meu estado. Mas lá chegava a casa, matava saudades do meu filhote, e a indisposição melhorava ligeiramente. Isto aconteceu durante a primeira semana e meia, até que depois de um pico de insónias consegui voltar a readormecer melhor e voltei a sentir-me muito melhor durante o dia.
Pessoas que não têm filhos: pode não parecer, mas não quero, de todo, assustar-vos com esta descrição. Estou apenas a relatar a minha experiência com a máxima honestidade (e porque a quero recordar no futuro). Mas o facto de o meu filho dormir mal (e continuar com cólicas aos 5 meses!) não quer dizer que os vossos filhos venham a dormir mal também. Há todo o tipo de bebés e experiências, e nunca se sabe o que nos vai calhar "na rifa". Só espero que tenham mais sorte do que eu neste aspeto ;).
Mas passando a parte do sono, como foi regressar ao trabalho e deixar a criança entregue ao pai? Ora, o único inconveniente foi mesmo o querer manter a amamentação exclusiva, e então não só ter que extrair leite no trabalho à hora de almoço (é maravilhoso...só que não!) como ainda ter que stressar um pouco com horários de sair e chegar a casa para conseguir que o Gustavo beba apenas um biberão enquanto eu estou fora de casa. Mas depois de nos primeiros dois dias ter corrido tudo super bem nesse aspeto, consegui relaxar um pouco.
Talvez se o meu filho estivesse na creche, e não em casa com o pai, eu estaria preocupada e pensaria mais vezes nele durante o dia. Mas o facto de o saber tão bem entregue deixa-me tão relaxada que, sendo muito honesta, não me custa passar estas horas longe do meu filho. E não penso nele a toda a hora. E chego a casa com uma saudade boa e saudável que me faz aproveitar ainda melhor o tempo com ele.