quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Aquele aperto no coração


De cada vez que sabemos que o nosso grupo de amigos "lisboeta" está reunido em mais uma das jantaradas do costume, e nós estamos cá em cima, a 300 quilómetros de distância.
Esta noite mandaram-nos uma foto dos quatro, e nós mandámos de volta uma foto nossa a fazer beicinho (a simbolizar a nossa tristeza por não estar com eles). O que me vale é que a expressão do senhor meu namorado para a foto foi tão engraçada que passei da tristeza à gargalhada em três tempos. 
Mas voltando a um tom mais sério, situações como esta custam pra caraças. Oh se custam. Pode ser que um dia deixem de doer tanto, mas para já vejo esse cenário tão longe, tão distante de acontecer...

Respirar fundo e resistir. Ou então não.

Uma pessoa anda cheia de boas intenções, até fez uma promessa a si própria que não compra mais roupa até meados de outubro, e depois recebe mails demoníacos a dizer coisas do género "O vestido mega fofo que você anda a namorar desde o início da coleção está agora com 50% de desconto, e ainda disponível no seu tamanho" e apodera-se-lhe uma vontade tão, mas tão grande de mandar a promessa às urtigas que nem vos digo nada. 
[Ainda por cima fui contar da promessa ao senhor namorado, se depois disso ele me vê entrar com roupa nova dentro de casa vai gozar-me até não poder mais - e com razão - por eu ser uma fraca]


Estou a resistir, mas não vos prometo que seja por muito tempo.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Então e essa casa nova, não se mostra nem um bocadinho?

Prometi, já há uns tempos, mostrar-vos alguns pormenores da nossa casa nova. Mas primeiro não havia maneira de a sala estar, finalmente, com todos os detalhes finalizados (demorámos uma vida para mandar fazer a bainha das cortinas, por exemplo), depois ficou pouca coisa como inicialmente planeámos (somos muita fortes nisto da decoração, tanto que metade das peças que comprámos para a sala (mesa de centro, mesa de apoio ao sofá e o móvel que acabou por ficar debaixo da janela), que eram inicialmente para ficar em determinadas posições, tiveram todas que ser arrumadas doutra forma porque ou não cabiam onde tínhamos idealizado, ou não ficavam tão bem quanto nos fez crer o Ikea. Adiante. É verdade que ficou pouca coisa como idealizado inicialmente e que isso me consumiu um pouco os nervos no início (como é que é a segunda mudança de casa e ainda cometemos erros tão básicos?!), mas entretanto já me habituei e já gosto da nossa sala. Bastante, até.


Numa das paredes da sala queríamos pôr fotos de todas as viagens que já fizemos juntos (só falta Londres, porque as fotos eclipsaram-se-me como que por milagre e não as encontro em lado nenhum, e a mais recente à Rússia). Eu queria manter o estilo do que já tínhamos em Lisboa: dois suportes, um em cima do outro (ao estilo do que acabámos por fazer no corredor, com os móveis trazidos de Lisboa - e que está na última foto deste post). Ele queria uma coisa menos certinha e mais "desorganizada" e estava irredutível. Eu lá deixei o homem dar asas à sua veia artística e não me arrependi :).



A escolha das almofadas para o sofá foi toda uma outra saga também: eu queria contrastar duas a preto e branco com outra mistura de cores, ele disse que já tinha levado com as monocromáticas tempo suficiente em Lisboa e que queria cor. Para já ficam estas: as rosa são da Kasa, a amarela e verde água da La Redoute (daqui a uns tempos apanho-o distraído e vou recuperar as almofadas antigas para matar saudades ;)).



Cantinho de recordações. Da Rússia, de Marrocos, e de Istambul.


E o corredor ficou assim.

[As restantes divisões da casa ou ainda não estão do jeito que queremos, ou não têm nenhum toque pessoal especial digno de partilha]

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Fim-de-semana

No mundo perfeito teria sido um fim-de-semana de biquínis, pés na areia e mergulhos no mar. Era só isso que me apetecia. Mas esse desejo, aparentemente simples de concretizar em pleno Agosto, não passou mesmo disso, já que as temperaturas estiveram demasiado amenas para isso (e, já se sabe, o vento esteve em força nas praias aqui da zona).
Na manhã de sábado fui fazer o quinto treino de musculação da semana (ando tão bem comportada com isto da musculação que nem eu própria me reconheço). Ao almoço fui ao DeGema estragar tudo o que tinha feito de manhã, que este meu corpinho treina que se farta mas só faz dieta (se é que se pode chamar assim) de segunda a sexta feira. A fome era tanta que não só abdiquei das minhas típicas opções pelo hambúrguer de frango ou salmão e provei o de novilho e, quando o senhor namorado disse que não era capaz de me ajudar a dividir uma sobremesa, pedi-a na mesma e devorei-a sozinha.



Não houve mergulhos no mar, mas houve passeio ao sabor do vento (e que vento).


Depois de dois meses (!) sem correr mais do que 1,5 km na passadeira do gym (é o meu aquecimento sempre que lá vou), andava a precisar de provar a mim mesma que ainda sabia correr a sério. E lá saí de casa ontem de manhã rumo ao Porto e a uns 10 km que me souberam mesmo bem.


Desde que vivi seis meses em França e tive um contacto mais próximo com aquela cultura que gosto de cinema francês, especialmente das comédias (adoro o humor deles) e ouvi uma publicidade, na rádio, a uma comédia francesa que me pareceu super engraçada e lá fomos nós. 
O problema foi que, ao que parece, havia duas comédias francesas em cena e eu enganei-me e fomos ver o "Que família é esta?" em vez do "Isto só a mim". Não é que o filme não seja engraçado, que é, mas é mais virado para crianças do que para adultos (quando vi a classificação de "Maiores de 6 anos" fiquei logo de pé atrás, mas já era tarde). Fiquei mesmo com pena de me ter enganado.


Depois do cinema, os masoquistas de serviço foram outra vez para a praia, mas só para comer gelados e waffles (e comprovar que o vento se mantinha alegremente a destruir qualquer intenção de fazer praia sem ter que vestir um sobretudo).



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Coisas acertadas



E que fazem pensar. 
É bom termos ambição e querermos sempre mais e melhor. Mas também é bom valorizarmos e desfrutarmos daquilo que temos. Dar valor às pequenas coisas. Em vez de esperar para que aconteça isto e aquilo para, aí então, sermos felizes.
Nem sempre é fácil. Mas lá vou tentando. Não sou feliz todas as horas do dia, mas, à minha maneira, vou sendo feliz todos os dias, um bocadinho que seja. Quando faço uma aula de zumba, quando consigo levantar mais 5 kg nas máquinas de musculação do que na última vez, quando uso uma roupa nova, quando como comidinha da boa, quando me sento no sofá depois de um treino, quando vejo as minhas séries, ou quando me deito acompanhada do meu livro. 
No fim de semana e nas férias é, de facto, bem mais fácil, mas nos restantes também se consegue. E (pelo menos na maior parte das vezes até) não é preciso um esforço tão grande quanto isso. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

De volta aos eixos (ou pelo menos já lá mais perto)


Este ano tem sido cheio de altos e baixos a nível emocional. Desde que vim para o Porto, em abril, já tive algumas fases boas e outras em que me perguntei muito seriamente se era isto que queria para a minha vida. Não por não gostar da cidade, não tem absolutamente nada a ver com isso (felizmente gosto, e muito. agora só tenho algum receio que o outono e inverno não sejam tão fáceis de aguentar já que eu sou só a pessoa mais friorenta de sempre, mas quem já sobreviveu um inverno nos Alpes também há de sobreviver aqui) mas antes por tudo o que esta mudança implicou.
O mês de junho e julho foram complicados. Não estava bem comigo mesma, perdi alguma das convicções que tinha ganho entretanto, e sentia-me infeliz. As férias, no fim de julho, correram super bem, consegui desfrutar delas ao máximo, mas tinha sempre uma inquietação ali a moer-me por dentro. Desde essa altura, e depois de um esforço muito grande para voltar a focar-me só e apenas naquilo que me faz bem, acho que voltei aos eixos. Sinto-me de volta ao caminho certo, àquele que tem maiores probabilidades de me fazer feliz (pelo menos em comparação com outros que desconheço e que racionalmente não me parecem opções acertadas). 
Bem sei que este discurso parece (e é) bastante (eventualmente demasiado) racional, mas a verdade é que eu não sei ser de outra forma. Se esta maneira de ser me traz mais coisas boas do que más, provavelmente nunca saberei. Mas a verdade é que, até hoje, e pelo menos a médio/longo prazo, não me arrependo de nenhuma das escolhas que fiz (com uma única exceção em relação aos tempos de faculdade, em que era uma acanhadinha - e croma - do pior e podia ter aproveitado muito melhor aqueles cinco anos).
Preciso de reencontrar a paz na minha vida, e já a vejo mesmo ali ao virar da esquina. Vamos ver se desta vez ela não me escapa.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Assunto próximas férias: tratado

[Ou: as leitoras fofinhas pedem inspiração para umas férias de início de outono, a Gelatina dá ;)]
A nossa ideia para as próximas férias era aproveitar o feriado de outubro e fazer qualquer coisa que incluísse praia (muitas figas para ainda apanharmos bom tempo!) e que não fosse muito caro. Já andava há uns tempos com vontade de conhecer as Baleares, e depois de ver várias fotos espetaculares de Menorca pareceu-me uma bela opção. Nós não somos pessoas para aguentar uma semana inteira a fazer só praia (a natureza fez-me demasiado stressada para aguentar tantos dias em modo zen, e o senhor namorado também dá em maluco com tantos dias a fazer só praia. bichos estranhos, nós...) e como, em pesquisa, percebemos que os voos para Menorca não são diretos, pareceu-me boa ideia fazer a viagem via Barcelona e ficar por lá dois ou três dias.

Imagem daqui.

Imagem daqui.

A cereja no topo do bolo foi ter surgido a oportunidade de termos companhia na viagem (vamos com um casal de amigos) e, além disso,apercebermo-nos que os preços são bastante apetecíveis. Não sei se é por já não ser época alta, mas fiquei agradavelmente supreendida. Vamos ficar 4 noites num aparthotel bem jeitoso, com dois quartos, em regime de pensão completa, e nem 1000€ vamos pagar para o alojamento dos quatro. As viagens de avião (entre Porto e Barcelona, e entre Barcelona e Menorca), pela Ryan Air, ficaram por menos de 150€ por pessoa. Em Barcelona vamos ficar dois dias e meio e vamos arrendar uma casa bem jeitosa pelo Airbnb (os hotéis por lá são bem carotes). E também já tratámos do aluguer do carro para Menorca, pelo que nos resta agora aguardar (im)pacientemente.
Em pouco mais de um mês...Espanha, here we go!

terça-feira, 23 de agosto de 2016

O resultado de um fim-de-semana de compras

Não estava nos meus planos gastar dinheiro com roupa nos próximos tempos (para dizer a verdade, quase nunca está e depois é o que se vê, mas adiante) mas quando combinei a ida a Lisboa com as minhas Marias claro que tive que repensar a coisa. Tudo bem que o objetivo era ajudar uma das Marias a renovar o guarda roupa, mas uma pessoa também não é de ferro, certo? E eu, quando o assunto é roupa, sou uma fraca do pior. E o resultado da minha fraqueza foi este:


A saia da Zara que já vos mostrei ontem.

Vestido super a minha cara da Zara (que eu já tinha debaixo do olho há umas semanas).


Andava a precisar de umas sandálias em tons de dourado. Estas são da Prof, e são lindas.


A necessidade que eu tinha deste par de calças era de -20, mas sodôna Maria agarrou nele e quando dei por mim estava nos provadores a experimentá-las e a apaixonar-me. São da H&M.



E esta parte de cima de biquíni da Calzedonia, pela qual me apaixonei mal chegou às lojas em julho, mas a minha (mini) veia racional obrigou-me a deixá-la por lá e prometer a mim própria que só a compraria se a encontrasse a metade do preço nos saldos. Quis o destino que isso acontecesse, e lá fomos juntas para casa.


[Não parece, mas eu até fui forte. Soubessem vocês a quantidade de peças igualmente lindas e maravilhosas que eu experimentei e que ficaram para trás. Oh mundo cruel!]

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Fim-de-semana de Marias

Que fim-de-semana tão, mas tão bom. Sabe-me tão bem a companhia daquelas duas Marias, é sempre tão espetacularmente bom quando estamos juntas. 
A nossa missão para o fim-de-semana era comprar roupa de trabalho para a sodôna Maria açoriana, que vai começar um novo trabalho em pouco tempo. Focadas no nosso objetivo, fomos abastecer o estômago pela fresquinho ao meu querido Choupana Café (que entretanto anda a perder uns pontinhos porque por duas vezes seguidas me disseram - às 10h da manhã - que não tinham croissants de chocolate, e o meu pobre coração tem muita dificuldade em lidar com desilusões desta dimensão, principalmente quando está em Lisboa de visita) e seguimos para o Colombo. Entrámos lá por volta das 11h da manhã e saímos já passava das 19h. Mas foi muito produtivo - que estas Marias não brincam em serviço. [Fiquei pasma com a quantidade de camisas boas, giras e baratíssimas que a Primark tem].

A pausa para almoço de sábado foi no Selfish, que eu adoro. Comi salmão braseado com arroz jasmim e salada, acompanhado de uma limonada com hortelã.

O domingo começou na Padaria Portuguesa.

E teve direito a estrear a saia que comprei na véspera, na Zara, saia essa que nunca me tinha imaginado a comprar. Adoro este género de saia, mas o comprimento dela aliado à minha altura sempre me deixaram de pé atrás. Mas aproveitei que estava acompanhada das minhas Marias para experimentá-la e, mediante tamanho entusiasmo da parte delas, ganhei coragem e comprei-a. E como tinha receio de chegar ao Porto, enfiá-la no armário, e nunca ter coragem para pô-la a ver a luz do dia, vesti-a logo no domingo. A doutrina lá em casa dividiu-se em relação às sapatilhas: uma das Marias não gostou nem um bocadinho de vê-las com a saia, a outra adorou. E eu desempatei =).

O almoço foi no Mercantina Chiado e foi tão bom! Comi um calzone, com limonada, e para sobremesa partilhámos um cheesecake de lima, uma panacotta de nutella e um tiramisú. Fiquei de tal forma cheia que nem jantei ontem.
Uma palavra para descrever o fim-de-semana? Maravilhoso.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Marias


Sinto tanta falta das minhas Marias, tantas e tantas vezes. Isto de estarmos uma em cada parte do país é uma valente porcaria, e custa muito. 
Desde a última vez que estivemos juntas passou-se imensa coisa na vida das três. E este fim-de-semana vamos juntar-nos, em Lisboa, e vai ser tão bom. Preciso tanto deste fim-de-semana. Preciso tanto delas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Vaidades de verão

Saldos da Mango (e Mango em geral): a arruinar-me a carteira desde sempre.

Saia mais linda dos saldos da Zara.

E mais um episódio da série "Gelatina Maria vai à Zara Kids e perde a cabeça". Não consigo resistir a tanta fofura em forma de vestido.

[O post também se podia chamar: ou de como já está na hora de eu arranjar um telemóvel que tire fotos minimamente decentes]

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Planos (ou da falta deles)


Eu sou pessoa que gosta de ter tudo planeado e bem definido e que gosta muito pouco quando se vê obrigada a alterar planos em cima da hora (sejam grandes planos ou coisas insignificantes). É uma característica minha que raramente me traz coisas boas, e que me dava jeito ver pelas costas, mas como é mais fácil falar do que concretizar lá temos convivido as duas, até hoje, uns dias melhor que outros.
É a primeira vez desde que trabalho que chego a esta altura do ano com nove dias úteis de férias ainda por gozar e sem planos concretos para eles. E, igual a mim própria, isto é coisa que, se antes de ter ido à Rússia até não era tão grave quanto isso porque andava entretida com a antecipação dessa grande viagem, agora começa a provocar-me alguma "comichão",
Gostávamos de tirar a primeira semana de outubro de férias (para aproveitar o feriado) e já comecei em pesquisas, mas ainda não conseguimos concretizar nada. E mais do que me enervar o facto de ainda não termos nada planeado, enerva-me o facto de eu estar enervada com esta situação. Raios me partam a mim própria que não sei dar umas férias a esta minha ansiedade, caraças.



[A ver se esta semana resolvemos o assunto. O das férias, claro, que o da ansiedade... talvez lá para uma outra vida]

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Fim-de-semana prolongado

Fizemos tanta coisa no fim-de-semana prolongado que tenho a sensação que estive uma semana inteira sem trabalhar.
O sábado foi passado em Braga, no batizado da sobrinha mais linda.


No domingo rumámos a Campo da Barca para o parque de campismo Lima Escape, onde tivemos mais uma experiência de campismo de luxo (glamping). A zona do parque de campismo é muito bonita, tem o rio pela frente, uma série de atividades disponíveis (padel, canoagem, etc). As tendas de glamping, como a nossa, têm um mini wc privativo ao lado, com sanita e lavatório (sim, que aqui a dondoca gosta muito da natureza, mas a verdade é que gosta pouco do campismo tradicional). Mas, ao contrário das outras onde já estive, não tem eletricidade de todo, portanto a partir das 21h é preciso dar asas à imaginação para ocupar o tempo porque não há cá jogos nem leitura que se consiga fazer à luz de uma lanterna e duas velas.

Pirosos no pedaço.



A zona do parque de campismo tem várias lagoas a pouca distância, pelo que agarrámos no carro e fomos visitar uma delas. A temperatura da água estava espetacular (ainda não me tinham ouvido dizer tal coisa de nenhuma água a norte de Lisboa, hã?).


E de volta ao acampamento...

Ler com este cenário é só maravilhoso.

O pequeno-almoço que nos serviram na manhã de ontem.

E como a zona do parque de campismo amanheceu ontem debaixo de nevoeiro, fomos fazer praia para Arcos de Valdevez. Mais uma vez, a temperatura da água estava ótima.



[E ainda bem que aproveitámos bem o sol do fim-de-semana, porque parece que vêm aí dias cinzentos.]

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Rússia: 6 dias, 3 cidades e 1 casamento - São Petersburgo (2ª parte) e o fim desta aventura

O último dia em São Petersburgo (e na Rússia também) foi reservado para visitar o Peterhof (a Versailles lá do sítio), acompanhados da "comitiva francesa" que tínhamos conhecido no casamento (e dos nossos amigos recém casados). Fomos num barco igual ao da foto (nunca tinha visto um barco assim), numa viagem que demorou cerca de meia hora.


Pagámos 1300 rublos (perto de 20€) por pessoa para visitar os jardins e o Grande Palácio, e tenho a dizer que é tudo maravilhoso, por dentro e por fora. É de uma riqueza impressionante, cheia de dourados e peças de decoração lindíssimas, e jardins fabulosos.








Então e de São Petersburgo, o que é que eu tenho a dizer? É uma cidade muito bonita, sem dúvida (com especial destaque para o Peterhof, que adorei visitar). Mas acho que o facto de ter ido primeiro a Moscovo fez com que não tenha ficado tão impressionada como ficaria se tivesse começado a viagem por lá. Porque Moscovo é mais exótica e diferente de tudo aquilo a que estamos habituados no mundo ocidental, enquanto São Petersburgo tem mais semelhanças com uma cidade europeia. Pelo que me pareceu (porque passei a maior parte do tempo com a Alex e não me apercebi tão bem disso) é também uma cidade mais preparada para receber turistas do que é Moscovo (em termos de disponibilizarem informação em inglês, e de falarem essa língua) mas mesmo assim foi, sem dúvida, Moscovo a minha cidade preferida das duas.
A alimentação e os comboios são bastante acessíveis na Rússia. O alojamento também é mais barato do que em Portugal. Uma coisa que nós fizemos e não aconselhamos a que façam foi levantar o dinheiro diretamente nos ATM lá: de cada fez que o fizemos, as comissões cobradas foram à volta de 10% (auch) pelo que teria saído mais barato levar euros de Portugal e trocá-los lá nas casas de câmbio (vivendo e aprendendo). O problema é que esta informação das comissões, só a tivemos quando consultámos os movimentos do nosso cartão, já em Portugal.
Bem sei que o assunto dinheiro no nosso país é muitas vezes um tabu, mas eu gosto de falar nele não só para me recordar, daqui a uns tempos quando voltar a ler estes posts, como também para ajudar quem por aqui passa e possa estar a planear uma viagem ao mesmo destino. Ficámos uma semana na Rússia, não fomos esbanjadores (os dois únicos sítios em que teremos gasto mais uns trocos e que poderíamos ter dispensado, mas que eu não me arrependo nada de ter feito, foi o hotel de São Petersburgo e a ida ao Bolshoi (que, mesmo assim, esta última custou menos de 100€ para os dois, portanto não me parece assim tão caro atendendo à experiência que é) e gastámos, no total, com tudo incluído (viagem, visto, hotéis, alimentação, comboios e visitas), uns 1200€ por pessoa (ajuda o facto de termos comprado as viagens - de comboio e avião - com alguma antecedência, porque assim não tivemos os gastos todos na mesma altura). E é uma viagem que, para quem possa fazer obviamente, recomendo vivamente.