Madeira

Estava eu a viver aquela fase maravilhosa da vida de uma pessoa, aquela em que apagamos para o mundo, em que por vezes até nos esquecemos de necessidades tão básicas como comer, em que só vemos, pensamos, ouvimos e respiramos uma única pessoa, aquela pessoa que entrou na nossa vida há tão pouco e já nos faz perguntar "mas como é que vivi este tempo todo sem ela?", aquela fase em que temos que fazer um esforço tremendo para sermos seres minimamente toleráveis e então calamo-nos quando estamos com aqueles que nos são próximos porque o único assunto do qual nos apetece falar é "ele".

Madeira, Agosto 2011

Dizia eu então que estava a viver aquela fase chamada de início de uma paixão com o homem maravilhoso que é o meu namorado, quando fui "acordada" pelo calendário, que me recordou que era altura de tirar férias e vir passar 3 semanas à Madeira (começando hoje).

E então cá estou eu, a (tentar) provar a mim própria que ainda consigo ser aquela pessoa forte que eu tanto dizia ser. Junto de uma grande parte das pessoas mais importantes da minha vida.

Tão independente que eu já era. Tão bem que eu dormia sozinha. Tão bem que eu estava no trabalho sem uma vontade desgraçada de ir à sala dele babar para aqueles olhos que me cortam a respiração. Tanto nojo que me metia o casalinho que vai sempre no mesmo autocarro que eu com ar de apaixonadíssimo. Tanto que eu achava ridículo aquelas frases do género "ai meu Deus que vamos estar dois dias sem nos vermos, tantas saudades que eu vou ter". Tão convencida que eu já estava que não existiam príncipes encantados e já tinha tirado o casamento dos planos para o meu futuro. E tão feliz que eu era mesmo assim.

Até que ele apareceu na minha vida. No lugar mais improvável de todos. E mudou tudo. 

E fez com que eu passasse a sentir-me especial todos os dias sem excepção. E dá-me elogios de tirar o fôlego. E, sem precisar de abrir a boca, diz-me com o olhar, todos os dias, o quanto gosta de mim (e gosta tanto). E diz coisas pirosas, tão pirosas, que me fazem disparar o coração de uma forma asssustadora. E olhar para ele faz-me sentir coisas boas, tão boas, que eu nem sei traduzir em palavras.

E tudo isto faz com que eu comece a perceber melhor a porcaria que passou pela minha vida nos últimos tempos e o tanto que essa porcaria me fez sofrer. Afinal era ele... era dele que eu estava à espera, este tempo todo.

Eu já era uma pessoa bem disposta e de bem com a vida

Mas agora...agora transpiro felicidade por todos os poros.

Namorado

Há uns dias atrás, eu tentava perceber se aquilo que temos já era ou não oficial ,se já podia dizer ao mundo que ele é meu namorado (coisas de gaja, que é que se há-de fazer?), . E perguntei-lhe:

- Como é que me apresentarias neste momento a alguém?

A resposta que ouvi não teve absolutamente nada a ver com o que eu estava à espera. Foi assim só dez mil vezes melhor:

- É o amor da minha vida.

E sim, já é oficial. E só me apetece gritar aos quatro ventos: aquela maravilha de homem é meu namorado.

Da pirosice

Estou transformada numa daquelas pessoas pirosa-apaixonada-melosa que tanto critiquei (sempre em tom de semi-brincadeira, até porque era tudo dor de cotovelo, claro) durante tanto tempo.

O que me vale é que ele - que ainda chegou a gozar comigo durante uns tempos dessas mesmas pessoas - está tão ou mais piroso-apaixonado-meloso do que eu.

Só me falta conseguir acreditar que é mesmo verdade

Encontrei um príncipe.

Quais são as probabilidades?

Vou correr/andar para a zona de Belém praticamente todas as semanas. Nunca tinha encontrado ninguém conhecido por lá.

Fui passear com ele no fim-de-semana para a zona de Belém: encontrámos duas - DUAS - colegas de trabalho (uma das quais apanhou-nos abraçados).

Parece-me que a emoção de andarmos juntos às escondidas não vai durar muito mais tempo, não...