Posso confirmar: a cura existe, sim

Quando acabei o meu namoro pensei que, no mínimo, demoraria anos a estar "curada". Era capaz de meter as duas mãos (e os pés e tudo mais) no fogo em como não me interessaria por mais ninguém nos próximos anos. Quando estava um bocadinho menos pessimista pensava "está bem, talvez lá para o fim do próximo ano já não doa tanto".

Hoje, depois de ter passado muito menos tempo do que eu esperava, sinto-me "curada". O coração já não palpita quando o vejo. Já não dispara quando a janelinha do msn abre com o nome dele. Já não entro em msn's e facebooks e a primeira coisa que faço é ver se ele está online. Quando o telemóvel toca já não desejo que seja uma sms dele.

Não posso dizer que já não o amo porque estaria a mentir. Afinal de contas existem tantas formas de amar e seria praticamente impossível eu já não sentir algo especial por alguém que cresceu comigo e que continua (posso confirmar que é possível sim senhor, e mesmo depois de pouco tempo) a ser um grande, grande amigo.

Ainda preciso dele quando estou triste. Ainda penso nele quando tenho algum motivo especial de alegria. Mas quando ele vem limpar as minhas lágrimas ou pular de alegria comigo a minha vontade já não é sentir os lábios dele (e por aí adiante), mas apenas a de dar um abraço apertado ou soltar umas gargalhadas juntos. E se vocês soubessem como isso é bom!

Quem sabe um dia destes eu esteja preparada para vos contar do motivo de provavelmente 80% da minha cura, quem sabe.