segunda-feira, 27 de maio de 2019

Diário de uma gravidez #7 - O dia em que, finalmente, demos um nome ao nosso filho

É esta a história que vamos contar ao nosso filho sobre como é que decidimos que nome ele teria (vai ser longa, si preparem... ou então passem à frente, amigos na mesma).
Ora eu, a mãe, para aí desde a adolescência que dizia que quando (e se) tivesse um filho rapaz ele chamar-se-ia Tiago...até ao dia em que conheci o potencial pai do meu hipotético Tiago e foi todo o desmoronar de um sonho, porque com pouco tempo de relação fiquei mais do que esclarecida de que dificilmente o meu Tiago alguma vez veria a luz do dia. Pois bem, o homem tinha potencial para me fazer feliz, pelo que decidi mesmo assim dar uma hipótese à relação, ainda que com aquele vazio dentro de mim (notem que há exagero aqui, sim?).
Façamos agora um fast forward para a altura em que engravidei. Nessa altura, e ainda sem saber o sexo da criança, começámos a falar mais a sério de nomes. Se fosse menina a coisa estava praticamente resolvida. Já de menino não havia maneira de adorarmos nenhum nome em comum. E por esse motivo costumámos dizer, meio a brincar meio a sério, que só para nos lixar a criança ia ser rapaz. E pois bem, se foi para nos lixar permanece a dúvida, mas que é rapaz...tudo indica que sim.
Debatemos todos os nomes de sexo masculino de caráter não duvidoso (pelo menos segundo os nossos padrões, está claro) e concluímos que não há nem um que adoremos os dois, pelo que teríamos que nos contentar com um do qual "apenas" gostássemos.
Para começar, critérios de exclusão:
Eu tenho um trauma com a minha combinação de nomes próprios (gosto deles isoladamente, não gosto deles juntos), e ele cedeu a que a criança tivesse só um nome (e neste momento sarou um bocadinho da minha mágoa de não ter um Tiago). 
O meu outro "trauma" é com nomes que meio mundo tem. Porque o meu segundo nome - que era o único do qual eu gostava em criança e pelo qual ainda sou conhecida pela família toda e alguns amigos próximos) - era partilhado durante vários anos com mais 5 colegas de turma, pelo que nunca pude usá-lo na escola (usava o primeiro, que é agora aquele pelo qual sou conhecida no trabalho). Pelo que nomes "da moda" foram todos excluídos. E os "de betinho" também, segundo o critério do homem (e se há uma lista infindável de nomes que ele chama de betinho, senhores!). 
Também queríamos um nome que permitisse algum diminutivo minimamente engraçado. 
E, last but not least, sendo eu madeirense e falando a minha família toda com sotaque madeirense, para mim também estava fora de questão aqueles nomes que em "madeirense" se dizem de forma diferente (tipo "Filhipe" e outros que tais). Não queria que a criança sofresse crises de identidade quando fosse à ilha ou falasse com os avós e tios.



Com tanta esquisitice, está bom de ver que a tarefa não poderia ser fácil, não é?
Sobrou-nos um singelo Eduardo, que inclusive foi o que chegámos a chamar à criança durante umas semanas. Entretanto lembrei-me de Gustavo, que o homem também não vetou, e lá fomos chamando "Du" e "Gu" alternadamente à criança. Ele deixava que fosse eu a escolher um dos dois, mas eu não estava a conseguir decidir-me.
Perguntei-lhe que nome o nosso filho teria se fosse ele, sozinho, a escolher, ele disse "Artur" (não desgosto mas não sou fã). E eu sugeri tirarmos à sorte. Faríamos 3 papelinhos com o nome Eduardo, 3 com o nome Gustavo, 1 com Artur e 1 com Tiago. E se saísse Artur ou Tiago tínhamos que nos comprometer a aceitar mesmo. E assim foi.
No dia em que a criança completou 23 semanas de gestação sentámo-nos no sofá, com uma camada de nervos em cima, e fizemos o sorteio. 
Uma vez li algures qualquer coisa como "Se estiveres indeciso entre duas opções joga uma moeda ao ar. No momento em que ela estiver no ar, vais saber qual a que queres". Dito e feito. No momento em que achei que poderia sair Eduardo fiquei triste. Agarrei num papel e, antes de abri-lo, a preparar-me mentalmente, disse "Vai sair Eduardo". E saiu...
Olhei para o homem, que também não me pareceu entusiasmado por aí além, e disse-lhe "Eu acho que afinal prefiro Gustavo". Quando ele me disse que afinal também achava o mesmo houve risota com fartura! Decidimos então tirar mais um papel, e se saísse Gustavo lá desempataríamos depois.
Saiu Gustavo e chegámos à conclusão, naquele momento, que era Gustavo que queríamos. Todo um sorteio cheio de regras para acabar assim, com uns pais fraudulentos - mas finalmente de acordo - a deturpar aquilo tudo mas, finalmente, com a sensação que era aquele nome que queríamos.
Gustavo. Gustavinho. Gu. Já não é só o nosso "bebé" ou o "neto" dos meus pais. Já é, finalmente, um ser humaninho com nome, o nosso Gustavo.

27 comentários:

  1. Olá,
    Depois dessas peripécias só podia ter um nome bem giro Gustavo.
    Gostei muito apesar de ser fã de Tiago (o nome dos meus 3 afilhados) mas o e o meu filho ser Francisco. ^-^
    Bjs

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    1. Obrigada Dulce, pelo comentário tão querido!
      Também gosto de Francisco =)!
      Beijinho

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  2. Hum.... devia ter saído Tiago

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    1. Pois devia...isso ou o Euromilhões, também dava jeito! Mas na falta de melhor, foi o que os pais decidiram, a criança lá terá que viver com isso ;)!

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  3. Bem vindo Gustavo 😊
    Sempre disse que é muito difícil és olher nomes, é uma responsabilidade enorme. Beijinhos e que tudo corra maravilhosamente 😘

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  4. Das hipóteses, Gustavo é o meu nome preferido.

    Parabéns :)

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  5. Ahahah, que história para partilhar com os netos.

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  6. Fiquei muito feliz pela escolha, gosto muito de Gustavo :)
    Acho que se tivesse um menino lhe chamaria Bernardo.
    Beijinho*

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    1. Obrigada Rita =)!
      Também gostamos de Bernardo, mas estava fora de questão porque dois filhos de amigos próximos já são Bernardo =)!

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  7. É um nome bem bonito. Que o Gustavo venha com muita saúde e que a vida lhe sorria sempre!

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  8. Gosto e ainda me fizeste rir com as pronuncias =P

    Beijocas

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    1. Olha que o drama das pronúncias é muito real :p! Mas sim, percebo que visto de fora tenha piada :p! Beijinho

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  9. É um nome bem bonito. Cá por casa há um sobrinho Gustavo :)

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  10. Olá! Já te segui há tanto tempo (no tempo em que tinha um blogue, já lá vão uns longos 6 ou 7 anos!)... e agora que te volto a "encontrar", já existe um Gustavo! :) Também já fui mãe de um menino... e a maternidade é, de facto, algo extraordinário! Parabéns! :) É bom reencontrar-te, ler-te, saber-te por aqui (és uma "resistente"!). Vou continuar por este lado também! Um beijinho!

    Margarida

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    1. Ohhh...que comentário bom de ler! Bem vinda de volta, Margarida!
      Muitas felicidades para ti, e obrigada por estares desse lado!
      Beijinho

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  11. Bem-vindo Gustavo! É um nome bem fofinho! :)

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  12. Olá Gelatina! Já te sigo há tanto tempo e nunca comentei, mas hoje tive mesmo de o fazer. Em primeiro lugar, porque só agora descobri que estavas grávida e quero muito dar-te os parabéns. Estou mesmo feliz por ti :) Em segundo lugar, porque queria que soubesses a influência que tiveste na minha vida! Comecei a seguir-te quando estavas a viver a tua experiência como au pair e desde então fiquei sempre com o bichinho de viver essa aventura. A verdade é que nunca achei que realmente fosse capaz mas finalmente ganhei coragem e daqui a duas semanas cá vou eu...para a Holanda :)
    Um grande beijinho desta tua seguidora (uma madeirense que também já passou pelo Porto e por Lisboa)

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    1. Ohhh...fiquei tão feliz por ler este comentário 😍! Obrigada antes de mais! E desejo-te as maiores felicidades na aventura que vais começar, espero que seja tão boa ou melhor do que foi a minha! Aproveita muito!
      Beijo grande e obrigada pelo comentário e pelas tuas palavras!

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  13. Nome do meu afilhado mais querido, fofo e meigo.Guga ! Felicidades !

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  14. Eu sempre gostei de Gustavo, ainda mais porque gosto muito do diminutivo Giga, e Gustavo prepara-se a Giga. Bem escolhido!
    Cumprimentos,
    Ariana

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    1. Desculpem, o corrector ortográfico corrigiu o diminutivo de Gustavo, que é GUGA, e não Giga, obviamente ...😊

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