terça-feira, 16 de outubro de 2018

Estou de volta


Estou de volta a Portugal desde sábado, e ao trabalho a partir de hoje. E se não me importava de só voltar ao trabalho lá para novembro, o mesmo já não posso dizer de Portugal e da minha casa.
A viagem ao Nepal foi espetacular, tivemos experiências absolutamente brutais que nunca vou esquecer mas confesso que nos últimos dias já estava com saudades de casa. Nunca tinha estado duas semanas fora de Portugal em férias e há coisas que, por mais espetacular que seja a experiência (que foi, mesmo) vão começando a fazer falta. Cansa ter que estar sempre a tirar e pôr coisas na mala, cansa estar sempre de malas atrás, cansa andar a comer comida que não se gosta (a comida no Nepal é muito condimentada e, pior ainda, muito picante, que é coisa que eu o-d-e-i-o, mesmo quando pedes encarecidamente por "no spicy, no chilli, no pepper" e eles dizem que sim muito prontamente) e ter que pensar em tudo o que se mete à boca, não vamos ser brindados com uma bela de uma diarreia. A parte interessante da experiência, a nível de alimentação, foi perceber que cada vez passo melhor sem carne  e até sem peixe. O que eu senti mesmo falta foi de comer alimentos saudáveis e saborosos.
Entretanto a minha vontade de destralhar vai de vento em popa e nos meus dois últimos dias de férias fiquei por casa, não a descansar (que eu sou pessoa com pouca aptidão para ficar quieta) mas a encher sacos de lixo e de coisas para dar, sem dó nem piedade (e tão libertador e viciante que isto é). Emprestaram-me o livro "Arrume a sua casa, arrume a sua vida" de Marie Kondo, uma especialista japonesa em arrumação, que tem uma perspetiva muito interessante e prática da arrumação. Li o livro durante a viagem de avião e, se antes de o ler já estava com muita vontade de dar uma volta lá a casa, depois de lê-lo (e apesar de não tencionar aplicar tudo o que é sugerido pela autora) essa vontade quadriplicou. 
Voltei desta viagem com a sensação que, apesar de algumas partidas a nível de saúde, aproveitámos a experiência ao máximo e riscámos o Nepal da nossa lista, porque ficou tudo feito. Ao contrário de outras viagens (Peru, por exemplo), não sinto que tenha ficado algo por ver ou fazer.  
Não há viagens planeadas num horizonte próximo (quer dizer, vou passar o fim-de-semana aos Açores, mas não é em modo turismo) mas também não há tristezas em relação a isso. Talvez porque esta última tenha sido tão assoberbante que preciso de algum tempo para digeri-la e "arrumá-la" na memória.
Estou de volta, mas estou feliz.

4 comentários:

  1. Bem-vinda de volta (=

    Eu também adoro destralhar! Já esse livro, tentei ler e não consegui, desisti antes de chegar a meio porque me estava a aborrecer imenso e a cada página achava mais que a autora tem um transtorno psicológico =p hehe.

    Trabalho com imensas nepalesas e sei bem o quanto gostam do seu picante, elas não percebem como é que nós gostamos da comida « plain » hehe.

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  2. Bem-vinda de volta!
    Destralhar é o meu nome do meio! :P
    Esse livro é uma das bíblias a que recorro sempre que preciso de relembrar alguma coisa! ;)
    Beijinho
    Cris

    www.lima-limao.pt

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  3. já eu era feliz em viver de mochila às costas :) espero pelos posts sobre o Nepal para ver como é!

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  4. Muito bom =)
    Estou doida para começar a ler as descrições e ver as fotos =D

    Beijocas

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