terça-feira, 17 de janeiro de 2012

E é principalmente por causa de pessoas como o Luís que estas experiências valem tanto a pena e deixam um aperto no peito quando acabam

Uma das primeiras lembranças que eu tenho do Luís é do primeiro dia em que trabalhámos sozinhos no balcão: a meio do turno, ele perguntou-me, a sorrir, - como quem me pergunta qual é o meu prato preferido - de que tipo de sexo eu gostava. Eu pensei "Pronto, mais um parvalhão armado em engraçado".
Mas não demorei muito a perceber que o Luís é assim: diz absolutamente tudo o que lhe passa pela cabeça, está constantemente na brincadeira, e tem um sentido de humor que me faz rir a toda a hora quando ele está por perto.


Em pouco tempo o Luís passou, de um aparente parvalhão, à amizade (no verdadeiro sentido do termo) do sexo masculino mais pura que eu já tive (o facto de ele ter namorada e não dever grande coisa aos meus padrões de beleza ajudaram).
Foi graças ao Luís que eu não tive vontade de chorar por estar a trabalhar na ante-véspera e véspera de Natal até horas indecentes com a gerente mais nojentinha lá do restaurante. Foi com o Luís que eu fui ver o Tom Cruise - o nosso Tommy. O Luís até chegou a convidar-me para ir às compras com ele. E ontem recebi um e-mail dele que me pôs a dar as gargalhadas do costume e apeteceu-me escrever sobre ele, pronto.

O Luís é o espanhol de quem falei aqui e aqui (e - just in case - não é o que tem sido visado nos últimos posts). O restaurante era enorme e eu trabalhava - directamente - com dois espanhóis. E hoje não me apeteceu usar só a inicial do nome (mas acho que a Espanha tem Luíses suficientes para a identidade dele estar salvaguardada).

1 comentário:

  1. Também tenho um amigo desses! E é das amizades mais sinceras que já tive! :)

    ResponderEliminar