terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Há amigas que, mesmo longe, fazem a diferença

Gelatina Maria decidiu que não lhe apetecia pôr os pés na cozinha no dia de seu aniversário pelo que toca de não fazer almoço para trazer para o trabalho e - supostamente - ir com alguns colegas ao refeitório. A meio da manhã, o excelentíssimo marido de sôdona Maria, a minha Maria - que está longe pra caraças e que me faz uma falta desgraçada - manda-me mensagem a dizer que andava pela zona e a perguntar a que horas eu almoçava. Ataque de saudades súbito? Hmm...não me parecia muito provável. Ali havia marosca...
E havia, marosca da boa. Não só não fui almoçar ao refeitório como ainda tive direito a uma dose de sushi do bom. Entregue aqui à menina pelo excelentíssimo marido de sôdona Maria, a mando da sua querida esposa (que me faz mesmo muita falta. já tinha dito isto, não já?) para fazer as delícias do meu almoço.

Entretanto fica a informação que ainda vou estar quase mais uma horita aqui no sítio do costume por isso se alguém se quiser chegar à frente para o lanchinho eu não me faço de rogada. Não sou esquisita no toca que a doces. E até diz que há pastelarias bem boas aqui na zona.

O temido e fatídico momento


Aquele em que Gelatina Maria da Silva passou a estar mais perto dos 30 do que dos 20...chegou, aos trinta e um dias do mês de Janeiro de dois mil e doze.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Moral da história: (se tudo correr como planeado) temos nova contagem decrescente e só faltam QUATRO dias

Em conversa com a Maria sobre o quão deprimente ia ser o fim-de-semana em que supostamente eu deveria celebrar o meu aniversário.
Gelatina: Sou uma desgraçada. Tu estás aí longe, a outra Maria vai estar fora também. Não me resta quase ninguém... deprimência!!
Maria: Nada disso. Tu vais fazer algo grandioso no fim-de-semana. Vais dar uma prenda a ti própria e vais divertir-te à grande.
Gelatina: Pois sim. Eu quero é que o fim-de-semana se lixe. Vou-me ficar por um jantarinho na Terça e pronto.


Maria: Devias era ir a Londres... É ISSO! VAI A LONDRES!
Gelatina: Está maluquinha! Tu tens noção do preço a que devem estar as passagens? (tu olha que eu vou já ver isso!!).
Maria: É uma prenda de consolação a ti mesma. Não tens festa, mereces isto. (vêem? ela ainda é pior do que eu!)
Gelatina: Já vi preços. (...)
Maria: Não é assim tanto. E são os teus anos! Vais dizer que não ficaste entusiasmada?
Gelatina: Entusiasmada? Eu estou mas é histérica, mulher!

A modos que, se não me passar a maluqueira entretanto - duvido - e for mesmo ao multibanco pagar a passagem, vou comemorar o meu 25º aniversário (com 3 dias de atraso mas isso não importa nada) onde contava comemorar até terem cortado as asas ao meu sonho.

Claro que a versão oficial para o surgimento desta viagem - aquela que chegou aos ouvidos do espanholito - não tem nada a ver com esta. Sim, que eu gosto pouco de dar parte de fraca (que sou, mas ele não tem nada que saber disso).

As melhores surpresas de todas


São as que menos esperamos. E que têm como responsáveis pessoas de quem gostamos tanto. Como esta que me fez a minha amiga russa que conheci em França (e que continua por lá) e que me enviou este miminho para o meu aniversário. E que me deixou com um sorriso enorme de felicidade durante tanto tempo. A-do-rei!

E é como tu dizes: não interessa nada a distância nem se falamos todos os dias ou não. Interessa apenas a certeza de que vamos ter sempre a amizade uma da outra, no matter what.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Don't

Todos os dias digo o mesmo a mim própria


É hoje que começo a perder gastar menos tempo com o blogue (o meu e os vossos. sim sim, não pensem que não é nada convosco que vocês também têm culpa no cartório) e a dedicar-me a coisas (mais) úteis quando chego a casa. Mas depois penso no quanto este espaço me preenche e faz feliz e acabo sempre a marimbar-me para a maioria dessas coisas úteis.

Pode parecer ridículo para quem não tem um blogue, mas eu já não sabia viver sem isto.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Eu sei que falo (muito) aqui sobre a minha privada



Mas faz-me confusão quem o faz a torto e a direito no Facebook.
É que pelo menos aqui, para vocês, eu sou só uma personagem que vocês não conhecem de lado nenhum (e uma pessoa - ou pelo menos eu - precisa de ter onde libertar as suas emoções...).

Ai meus ricos cafés!


Primeiro processo da vida que me põem à frente: um caso de preços de transferência no âmbito de um contrato de Cash pooling.

Para quem não sabe o que é: é tão ou mais chato do que parece (e eu até há três dias atrás também não fazia a mínima ideia. e tão feliz que era na ignorância).

E não, não sou advogada. Mas também não vou dizer qual é a minha profissão (só para vocês - os que gostam - não deixarem de gostar de mim, e os que não gostam não terem mais um motivo para isso).

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uma pequena dúvida que me surgiu há pouco


O sexo masculino também manda recados disfarçados através da publicação de músicas no Facebook ou isso é só coisa de gaja?

É que me dava um jeitão do caraças saber a resposta.

E se pusermos um gosto a pessoa - e o resto do mundo - vai assumir de imediato que achamos que aquilo foi para nós ou mais vale ficar quietinha?

Preparem-se para (ainda) mais parvoíce


E em tempo real.

(sim, que isto de envelhecer completar 1/4 de século para a semana (nããããõooo!!) não pode ter só lado negativo. há que ser compensada de alguma forma).

E não consigo perceber se me irrita mesmo ou se é só dor de cotovelo*


Mas arre lá para os casais que não descolam em público, sempre com beijinhos e abracinhos e amorzinho pra cá e fofinha pra lá e outros inhos que tais.

*Por acaso, agora que penso nisso, até sou capaz de ter um palpite acerca da resposta.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

38 dias

Quem, senhores?


Quem é que depois de mais de um ano (um ano!!) a levar cortes - não propriamente subtis, diga-se de passagem - de alguém que (limita-se a ser educada e) nunca lhe deu bola nenhuma, continua a tentar a sua sorte? (é que já nem para alimentar o ego se tem piada).
A vida é tão curta, para quê desperdiçá-la a andar atrás de quem não nos liga nenhuma (já basta os que supostamente não querem nada connosco mas não são capazes de nos deixar em paz para tentarmos seguir com a nossa vida)? (é que mais não seja por uma questão de orgulho, é triste.)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Please...

Quero que tudo isto não seja passado. Ou então que esta saudade deixe de me sufocar.

Quero levantar-me da cama e constatar que a casa de banho, para não variar, está ocupada. Quero comer ao pequeno almoço um blueberry muffin trazido do restaurante na véspera à noite - do qual já estou fartinha até a ponta dos cabelos mas que volto seeempre a comer. Quero agarrar no meu Ipod e ir correr ao parque ali mesmo ao lado de casa. Quero maldizer o frio que faz em Londres enquanto visto o sobretudo horroroso - e que é seeempre o mesmo -, as luvas, o cachecol e a boina para ir para o trabalho. Quero abrir a porta de casa e ver o 104 ou o 238 a vir lá ao fundo e desatar a correr para não o perder. Quero entrar no metro e ouvir que tenho que "mind the gap between the train and the platform" e que "this train terminates at Stanmore". Quero olhar para o London Eye e para a Big Ben antes de entrar no restaurante e pensar que tenho uma sorte do caraças por estar ali.


Quero entrar no staff room e ver que é com um dos espanholitos que vou fazer o turno hoje e ficar logo bem disposta. Quero que eles me peçam, para não variar, para ficarem na parte das bebidas e ir eu ficar nas vendas para take-away. Quero que ele goze dos meus 1,58m - em vez de me ajudar - enquanto me estico toda para pôr café na máquina ou arrumar copos. Quero que ele se ponha a cantar, para eu mandá-lo calar-se e ele cantar ainda mais alto. Quero reclamar que não gosto de almoçar às 4 da tarde, pedir a minha tartine e a sobremesa, levar comigo uma caixa para embrulhar a sobremesa para levar para casa e acabar por comê-la seeempre ali. Quero ir downstairs com ele, no fim do turno, guardar as tartes que sobraram no frigorífico e esperar por ele enquanto ele fuma o seu cigarro. Quero entrar no metro em Waterloo à meia-noite sem medo nenhum e ouvir que "this train terminates at Stratford". Quero chegar a casa e ter o meu primo no quarto a perguntar-me se eu lhe trouxe um granola parfait. Quero deitar-me e adormecer feliz da vida, porque estou em Londres.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Dos tempos de Gelatina Poppins


Faz hoje um ano que cheguei a terras franco-suíças para ajudar a cuidar dos meus dois mini francesinhos. Faz hoje um ano que a minha vida deu uma volta completa que a tornou muito melhor.
E se as lembranças já fazem parte do passado, os ensinamentos, as experiências e as pessoas (que enriqueceram tanto a minha existência)... esses ficaram e vão ficar para sempre num cantinho especial aqui dentro.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Dos amigos interesseiros


Ligo-lhe com o objectivo de lhe falar da nossa ida ao cinema logo à noite. Mal me atende o telefone ele pergunta-me:
- Queres vir correr comigo?
- Quero.
- É que estou sem bateria no Ipod e preciso de companhia.
(que querido! bom saber que não tem nada a ver com o facto de apreciares a minha presença em particular mas sim com problemas técnicos. mas que se lixe, por acaso o meu também está sem bateria e até não és mau substituto para ele não senhor.)
- Ok, dá-me meia hora e estou pronta.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pode ser que ainda volte para Londres bem mais cedo do que pensava


Tão giro que foi ficar a saber que os três exames que vou fazer durante o ano para avaliação do estágio são de carácter eliminatório. Basta um novezito na pauta e pimba, toma lá um pontapé no rabo e põe-te a andar daqui para fora, depois de teres mudado toda a tua vida para estar aqui.

O quê, sentir-me pressionada? Naaaaa.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Como costuma dizer a minha rica mãezinha: minha culpa, minha grande culpa!


Ando a brincar com o fogo e a agir como se tivesse uma força que estou fartinha de saber que não tenho. Depois queixo-me...

Sacrifícios sim, mas com limites


Acho deprimente a ideia de viver constatemente à espera da chegada deste ou daquele dia, deste ou daquele momento em que - aí sim! - vamos ser felizes. Passar a semana em contagem decrescente para que chegue a Sexta-feira. Passar o ano à espera que cheguem as férias. Ir para o trabalho - ou para o ginásio, ou fazer limpezas em casa ou o que seja - com o mesmo espírito de quem vai para a forca, em vez de procurar o lado positivo das coisas (nem que seja o facto de podermos meter o Ipod no máximo e andar a cantarolar a nossa música favorita enquanto esfregamos a sanita - foi o que fiz ontem e garanto-vos que não me custou nadinha).
Eu não quero (e pelo menos até hoje não tenho estado a) viver a minha vida assim. Porque isso é triste. E a vida é demasiado curta para isso.

A modos que já ando em auto-flagelação por já só pensar no primeiro fim-de-semana de Março. Porque ainda tenho muitas coisas boas para viver até lá. Só não me perguntem assim de repente o quê. Mas de certeza que tenho.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Das mudanças inevitáveis


Passei de uma pessoa que vivia completamente dependente - emocionalmente e não só - de outra(s) para alguém que está cada vez mais independente e "desligada".
Depois de quase 8 anos a viver longe da família e um e meio sem ter namorado, habituei-me a não ter que dar explicações de nada a ninguém. A fazer imensa coisa sozinha (e a ter prazer nisso). A bastar-me comigo própria para tudo o que for preciso. A ter as pessoas que amo e os amigos espalhados por aqui e acolá (restam-me apenas dois grandes amigos em Lisboa neste momento - deprimência! - e um deles está louco para se pôr a andar daqui para fora, traidor). A viver uma rotina dominada pela palavra saudade.

E tudo isto tornou-me uma pessoa bem mais forte mas também inevitavelmente, mais fria. E isso, às vezes, assusta-me um bocad(ã)o.

Aqui que não me ouves


Porque carga de água fizeste o meu coração desatar a bater desenfreadamente ontem à noite, quando voltei a ver a tua cara depois de 18 dias?

Abençoadas tecnologias. Malditos sentimentos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Maybe...

E é principalmente por causa de pessoas como o Luís que estas experiências valem tanto a pena e deixam um aperto no peito quando acabam

Uma das primeiras lembranças que eu tenho do Luís é do primeiro dia em que trabalhámos sozinhos no balcão: a meio do turno, ele perguntou-me, a sorrir, - como quem me pergunta qual é o meu prato preferido - de que tipo de sexo eu gostava. Eu pensei "Pronto, mais um parvalhão armado em engraçado".
Mas não demorei muito a perceber que o Luís é assim: diz absolutamente tudo o que lhe passa pela cabeça, está constantemente na brincadeira, e tem um sentido de humor que me faz rir a toda a hora quando ele está por perto.


Em pouco tempo o Luís passou, de um aparente parvalhão, à amizade (no verdadeiro sentido do termo) do sexo masculino mais pura que eu já tive (o facto de ele ter namorada e não dever grande coisa aos meus padrões de beleza ajudaram).
Foi graças ao Luís que eu não tive vontade de chorar por estar a trabalhar na ante-véspera e véspera de Natal até horas indecentes com a gerente mais nojentinha lá do restaurante. Foi com o Luís que eu fui ver o Tom Cruise - o nosso Tommy. O Luís até chegou a convidar-me para ir às compras com ele. E ontem recebi um e-mail dele que me pôs a dar as gargalhadas do costume e apeteceu-me escrever sobre ele, pronto.

O Luís é o espanhol de quem falei aqui e aqui (e - just in case - não é o que tem sido visado nos últimos posts). O restaurante era enorme e eu trabalhava - directamente - com dois espanhóis. E hoje não me apeteceu usar só a inicial do nome (mas acho que a Espanha tem Luíses suficientes para a identidade dele estar salvaguardada).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

E estavas. Eu é que andava com a cabeça demasiado ocupada com quem não devia.


- I stayed one year out of Portugal, one year! How dare you appear like that just some days before I leave?
- Some days? Excuse me... I've been there since you came.

46 dias


(ou de como eu não tenho juízo absolutamente nenhum. mas não ao ponto de já ter mandado o emprego de Portugal às urtigas, calma.)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Agora diz que é dia 20 de cada mês


Primeira sexta feira desde o início de Novembro que não me caíu dinheirinho na conta. E tão bom que era receber à semana...

Mulheres de Lisboa que me lêem: heeelp!


Preciso muito muito de voltar a fazer escova progressiva (ou tratamento progressivo ou lá o que queiram chamar) ao cabelo. Só que prometi a mim mesma que não voltava a pôr os pés no último cabeleireiro onde fiz, depois de me terem tentado passar a perna e cobrado mais do que costumavam cobrar. A modos que estou meia perdida sem saber onde hei-de ir. Alguém sabe de lugares de confiança e sem preços proibitivos?
Muito agradecida.

Ainda agora comecei


E já estou a pensar daqui a quantos anos é que poderei tirar uma licença sem vencimento para ir acabar de viver o meu sonho.

Isto não fica por aqui, não...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Como apanhar um não jurista em três tempos


Se se escreve cônjuge, porque carga de água é que dizem/lêem sempre cônjugue?

E não, não estou armada em coisa nenhuma. Até porque o Direito não é propriamente a área de trabalho dos meus sonhos - e quem me lê até sabe disso (mas olha, tivesse pensado nisso há 7 anos atrás). Mas é que - coincidência ou não - todas as vezes que ouço alguém que não seja de Direito a dizer esta palavra, é certinho que o faz de forma errada. Verdade ou mentira?

No espaço de três meses


Passei a tomar café. Já gosto de vinho (o branco então...tão feliz que me fez no Natal e na passagem de ano) e de cerveja  (vejam lá que até consigo beber uma pint até ao fim - e olhem que aquilo é grande). Passei a maquilhar-me (ossos do ofício) - apesar de continuar sem saber fazê-lo decentemente. E até já começo a achar piada a algumas roupas assim mais pipis - camisas e tudo, senhores! (cheira-me que o facto de ter andado de chapéu e avental durante uns tempos tem alguma culpa no cartório).
Até tenho medo do que pode vir a seguir... (Gelatina Maria a dizer que andar de saltos altos até nem é assim tão desconfortável? isso é que era! sim, que isto de ter 1,58m já é mau o suficiente).

 Isto realmente a idade não perdoa (ou isso ou Londres tirou-me o pouco juízo que ainda me restava).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

E assim se vai retomando, aos poucos, o ânimo


Com um lanchinho de amigas para pôr a conversa em dia - e que soube tão bem. Com planos para nos inscrevermos juntas num ginásio. E pensar que daqui a nada volto a inscrever-me no Cervantes para retomar as aulas de espanhol.

Qualquer dia não posso ligar o rádio que tudo me faz lembrar de ti

- Wait a moment before you leave...



Ohhhhhhhhhhhhhhh! (moderação, Gelatina Maria, moderação. faça o favor a si própria de se comportar.)
- So to how many girls at the restaurant did you sing that song today?
- None. This one is booked.

E o mais engraçado é que foi ele - raio do espanhol! - que me deu a conhecer esta música (com uma pronúncia estranhamente perfeita). E fui eu que lhe expliquei o significado da letra. E ele, a partir daí, começou a cantá-la para mim na brincadeira. Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pensamento da semana

E mesmo com 1600kms pelo meio


Tens sido tu o ponto alto dos meus dias.

E o responsável pelos meus ataques de riso até me doer a barriga.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Para variar um bocadinho: uma história com final feliz




Foi amor à primeira vista logo em Outubro. Sempre que entrava na loja - a Schuh - ficava a babar para elas e a pensar que não podia comprá-las porque não posso usá-las no trabalho (nem no que tinha em Londres, nem no que me esperava cá) e não valia a pena estar a comprar uns ténis para usar só ao fim-de-semana.
Mas a verdade é que eu sou uma fraca e, na véspera de me vir embora, não resisti. Fui à loja e elas ainda lá estavam, fiéis que só elas, resistindo aos saldos, à espera da sua Gelatina. E preparadíssimas para deixar as terras de sua majestade e vir comigo para Lisboa.

Tenho medo de onde isto possa parar

Cada dia que passa, desde o momento em que pus um pé fora do avião que me trouxe de volta, estou um bocadinho menos feliz. Cada dia que passa, desde há uma semana atrás, o coração dói mais com saudade de tudo o que deixei em Londres. Cada dia que passa vejo Lisboa mais cinzenta, apesar dos dias lindos que têm estado.


E a cada dia que passa tento dizer a mim própria que devia mas era ter vergonha na cara e bendizer o facto de ter arranjado um trabalho na minha área e estar de saúde e aquelas coisas todas boas que eu tenho na vida - que não são poucas - mas não estou a conseguir. Chamem-me o que quiserem por estar a queixar-me de barriga cheia numa altura destas mas não estou mesmo.

sábado, 7 de janeiro de 2012


A cabeça diz para ter juízo porque toda esta história está condenado ao fracasso desde o início. O parvalhão do coração responde "Pensasses nisso antes de te teres metido na boca do lobo. Agora já vais tarde".

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Flashback #2


- If you weren't leaving London, I could marry you.

E mesmo tendo sido dito com muito algum álcool à mistura e eu não tendo acreditado nem um bocadinho - e me tendo feito desatar a rir e chamar-te parvo -, não se pode dizer que tenha sido uma má forma de começar o ano, não...

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sua cambada de cuscos!


Uma pessoa começa a desbocar-se sobre as desgraças novidades da sua vida amorosa e é ver o blogue a ter mais visitas hoje do que alguma vez tinha tido.
Vocês gostam mesmo de histórias de seja-lá-isto-o-que-for-que-amor-não-é-de-certeza-e-Deus-me-livre-e-guarde-que-já-está-suficientemente-mau-assim-como-está, não gostam?

Mas parece-me que podem continuar a vir cá cuscar nos próximos dias (desde que não sejam adeptos de finais felizes, está claro). É que eu sou mesmo capaz de não me conseguir calar tão cedo...

Eu nunca tive vontade de vir embora de Londres


Tu só ajudaste a tornar a coisa ainda mais complicada.

Balanço dos primeiros dias do novo trabalho em Lisboa


Por enquanto resume-se a isto: quanto mais tempo passo ali, mais saudades tenho do meu restaurante em Waterloo (e do meu rico café latte feito pelas minhas próprias mãos, que, modéstias à parte, era bem melhor do que estas meias de leite e galões e afins. quem me mandou a mim ganhar o hábito de tomar café em Londres e armada em finória? agora lixo-me.).

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Flashback...



- Hey you, stupid spanish! Thanks for ruining that song.
- Why?
- Because you're singing that all the time. And from now on everytime that I hear it I'll think about you.

E fecho os olhos e estou outra vez feliz, à frente da máquina de cafés, a ouvir-te desafinar. E dói. Dói mais do que alguma vez achei que fosse doer.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

New Year's @ London

A passagem de ano no centro de Londres com vista para o London Eye é coisa para deixar qualquer um - até uma madeirense de gema com um historial de 23 fins de ano passados na ilha - de boca aberta.
Não há fotos nem palavras que consigam descrever fielmente o quão é uma experiência absolutamente espantosa. Mas não foi por falta de tentativas...





Eis o que se tinha dispensado de bom grado: a chuva antes da meia noite, as filas eternas para as casas de banho (daquelas portáteis super higiénicas) e o pânico de quando chegámos à zona do Big Ben, por volta das 20h30, em que por momentos achei que não chegava a 2012 e morria para ali espremida a meio de tanta gente - e arrependi-me com todos os cabelos de ter sequer saído de casa - a sério, estava mesmo muito mau (mas mais tarde vedaram o acesso e ficou óptimo).

Depois da meia noite fui ter com os meus colegas ao restaurante onde trabalhava e tive a última surpresa que Londres tinha reservado para mim.
E apesar de ter estado longe da família e da Madeira, tenho que confessar que tive a melhor (ou pelo menos mais emocionante e inesquecível) noite de fim de ano da minha vida.

London eye's colours @ New Year's Eve









Ainda mais maravilhoso do que de costume.