Gelatina Maria armada em guia turística - Day 2

Jantar à la Alex: Crepes com caviar (ah pois é).

Com direito a ginjinha, polvo à lagareiro e gelado do Santini. E a um tempo fabuloso. E a festa de aniversário à noite. E a ouvir a Alex (que já viveu em Paris) dizer que Lisboa é a cidade mais bonita que já viu na vida (juro, ela disse mesmo isto). E eu, confesso, também me apaixonei (ainda) mais um bocadinho por Lisboa este fim-de-semana. Mas daí a concordar com ela...não sei não.

Gelatina Maria armada em guia turística - Day 1

A Alex em contacto com o oceano pela primeira vez na vida dela

(tal e qual eu quando vi neve este ano. parecia uma criança!).

Vista do Padrão dos Descobrimentos num dia absolutamente fantástico.

Portugal meets Russia

Cá em casa esta noite ouve-se fado e cozinham-se panquecas com caviar (caviar esse que eu procurei na Baixa inteira a sentir-me completamente ridícula cada vez que perguntava por ele, qual miúda armada em dondoca).

E festeja-se o aniversário da minha querida amiga russa (cujo nome deixou de ser um mistério por causa da foto - mas ela não se importa, até porque só deve haver mais 200000 pessoas no mundo com o mesmo nome, não me parece que a identidade dela esteja em risco). 

O bolo foi feito pela minha Maria (who else?). É ou não é uma artista?

Do meu lado mais adulto

Como pessoa madura que sou, mal posso esperar pelo momento solene em que vou apresentar a minha amiga russa ao meu familiar que, na língua dela, se chama c**alho.

Vai ser um momento bonito.

Oh happy days

Um dia a A. (a amiga russa que fiz em França) prometeu-me que antes de regressar à Rússia vinha conhecer Portugal. Eu prometi-lhe que ia passar um aniversário meu na terra dela.

Hoje, ela chega a Lisboa para cumprir a parte dela (e, por um mero acaso, também cá vem passar o aniversário).

Pensamento positivo

Ser adulta dá uma trabalheira desgraçada. E lutar pela concretização de sonhos ainda mais.

Mas daqui a pouco tempo vou dizer que todo o esforço valeu a pena... tenho que acreditar que sim.

Do meu feriado emocionante passado a preparar a ida para Londres

Diz que esteve um dia de Verão lá fora. Eu vou só ali trocar de pijama e já volto.

Já vos disse que daqui a exactamente uma semana...

...começo uma nova aventura com as minhas Marias (completamente diferente da de au pair)? E que estou um bocadinho assustada e um bocadão ansiosa?

Não, não vou de férias. Mas por enquanto nem eu sei bem o que vou fazer...

Aos rapazes que se aproximam de mim (ou que possam vir a aproximar num futuro próximo)

Não, eu não me acho a última coca-cola do deserto. A bem dizer, auto-estima até é coisa que nunca abundou por estes lados.

Eu sou só e apenas uma moça traumatizada que não quer correr o risco de fazer-vos o mesmo que me fizeram há uns tempos atrás, e cujas mossas continuam bem evidentes ainda hoje.

É por isso que quando um exemplar da vossa espécie se aproxima de mim só me apetece fazer uma de duas coisas: ou dar-vos a entender que estou completamente apanhadinha por outra pessoa (o que não é propriamente fácil assim do nada, sob pena de passar por convencidona), ou fugir de vocês a sete pés e estragar a eventual possibilidade de virmos a ser bons amigos.

Até pode parecer que não mas eu estou a fazer-vos um grande favor. Porque vocês não querem desperdiçar o vosso tempo com uma gaja traumatizada como eu. Vão por mim.

Mãe: a culpa de eu ser assim é toda tua!

O meu irmão mais novo chegou ontem a Lisboa porque entrou na faculdade cá. Saíu esta tarde para ir ter com amigos (que já conhecia) e ainda não voltou para casa. E eu não consigo ir para a cama descansada sem ele chegar.

Isto está bonito, está...

Dos prazeres da vida

Não sei do que é que gosto mais: se de ler livros, se de andar horas a namorá-los nas livrarias.

No hard feelings (ou quase)

As sugestões de amizade do Facebook levaram-me a viajar até aos tempos da minha primeira paixoneta. Decorria o saudoso ano de 1997, eu estava no 5º/6º ano e todas as raparigas da turma gostavam dele (e não era falta de escolha, o miúdo é que era mesmo giro).

Foi ele o responsável pela primeira de muitas mágoas neste meu coraçãozinho sofredor, ao ter preferido a minha melhor amiga a mim (mas atenção que o parvalhão até era uma alma caridosa e ofereceu-me como prémio de consolação o melhor amigo dele, tá?).

Treze anos passados e mágoas quase todas curadas, continuo a aguardar o dia em que vou poder dizer que afinal até não perdi muito porque ele está a ficar feio, gordo e careca. Mas hoje ainda não é o dia. Raios partam o gajo que está é cada vez mais giro.

Saturday night

Uma festa de aniversário de uma amizade que já vai para vinte anos.

Uma prenda comprada com muito medo (porque já não a conheço como antes) mas que ela adorou (ela e eu. tanto que ainda me passou pela cabeça esquecer a festa e ficar com ela para mim. brincadeirinha, tá?).

Uma pessoa que me viu pela primeira vez e que disse que sou muito gira e tenho um ar muito querido (não se entusiasmem almas casamenteiras, foi uma rapariga) - faz sempre bem ouvir estas coisas.

Uma taxista com quem conversei a viagem toda (as más línguas dirão que eu estava bêbada, mas não, não estava - e o facto de eu ser aquela pessoa que diz sempre que não está bêbada não tem relevância nenhuma para o caso) e que - pasmem - esperou que eu entrasse em casa antes de seguir caminho (e esta, hã? e dizer que eu estava a chamar o táxi e já estava a chamar nomes a mim própria por ter escolhido uma motorista com uma tromba desgraçada).

É...foi uma noite boa.

Mas agora, querido sono, já ias chegando...não?

É possível apaixonarmo-nos por alguém que durante anos nos foi completamente indiferente?

Há exactamente um ano atrás, com um dos cenários mais bonitos de Portugal como pano de fundo, uma troca de olhares deu-me a primeira pista do "sim".

No mundo perfeito irá passar-se assim

Vou vender gelados ou livros em Covent Garden. Fazer jogging com vista para o Tamisa. Passear (finalmente) a meio de flocos de neve. Escrever para vocês no blogue enquanto bebo o meu chá das cinco. Comer muitos scones (mas sem voltar ao meu aspecto de lontra - mundo perfeito, lembram-se?). Passear com as Marias ao fim-de-semana. E voltar para Portugal antes do Natal.
No mundo perfeito...