terça-feira, 9 de abril de 2019

Diário de uma gravidez #2 - A primeira consulta a sério, as primeiras pessoas a saber e a reação dos meus pais

Fomos à segunda consulta no dia 4 de fevereiro. E nesse dia vi (desta vez muito bem) pela primeira vez, o coraçãozinho do meu filhote a bater. Que emoção!
A médica estimou que ele teria 7 semanas (acho maravilhosas estas contagens, sendo que seis semanas antes eu tinha tido o período, mas vá-se lá tentar perceber) e disse-nos que parecia estar tudo bem. Respirámos de alívio e permitimo-nos ficar mais alegres, mas ainda em segredo. Aliás, partilhei a novidade  logo depois de fazer o teste apenas com duas pessoas que não são nem amigas próximas nem família (por razões óbvias): a minha psicóloga e o meu PT (que adaptou logo o meu plano de treino e me proibiu de fazer certos exercícios). É verdade, tanto um como outro souberam antes dos nossos pais e melhores amigos.
Eu continuava a sentir-me cheia de energia e sem nenhum sintoma daqueles chatos e tão comuns em tantas mulheres no início da gravidez. Abençoado filho!
Acho que foi a primeira vez na vida que escondi alguma coisa das minhas melhores amigas - e logo uma "coisa" desta dimensão - mas o filho não é só meu e prometi ao senhor namorado que os nossos pais seriam as primeiras pessoas a saber.


Talvez por a primeira gravidez da minha mãe ter resultado em aborto, a minha vontade de dar aquela novidade aos meus pais tão cedo não era assim tanta. Não me considero uma pessoa pessimista, mas tratando-se de um facto que eu não podia controlar nem garantir que ia correr bem, valeria a pena dar-lhes a novidade tão cedo e criar-lhes expetativas? É que ainda por cima era (será) o primeiro neto deles. 
Bom, muitas vezes quanto mais se planeia mais furados saem os planos. E assim foi. No sábado dessa semana (9 de fevereiro) a minha mãe ligou-me e por coincidência contou-me que uma conhecida nossa estava grávida. Ora, eu, que andava com mil filmes na minha cabeça de conto/não-conto/como-é-que-conto, e depois da forma engraçada como a minha mãe me contou aquilo, tive um ataque enorme de riso. E a minha mãe, do outro lado do telefone, e pelo contexto da conversa, percebeu o que se estava a passar. Eu perguntei-lhe logo pelo meu pai (queria dar a notícia aos dois ao mesmo tempo). Pois que o meu pai estava a tomar duche (ahhhhhh, tudo a correr na perfeição!). A minha mãe foi até à casa de banho, contou-lhe o que se estava a passar e o meu pai ficou literalmente sem pio e desatou a chorar. E foi assim que souberam que iam ser avós pela minha vez: a minha mãe (e eu) num ataque de riso, e o meu pai, a tomar duche, com um ataque de choro.
Não é a história mais romântica nem fofinha, mas é a nossa. 

4 comentários:

  1. Opá eu achei imensa piada à história e tenho a certeza que o teu pai nunca mais se irá esquecer de como soube que ia ser avô.
    Beijinho*

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  2. O que importa não se ruma história bonitinha, mas ser a vossa história!!! Parabéns mais uma vez!
    https://jusajublog.blogspot.com/

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  3. Oh...Tão bonito! Tão contente! Parabéns!

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