A última parte da nossa viagem foi passada em São Petersburgo, para onde fomos no comboio noturno que faz a viagem a partir de Moscovo e que dura aproximadamente 9 horas. Atendendo à diferença de preços achámos por bem escolher uma camarata de duas camas (e não nos arrependemos nem um bocadinho dessa decisão). Havia uma casa de banho (sem duches) no nosso corredor, a partilhar entre umas 18 pessoas (o quê? tomar banho? deixem-se lá de excentricidades!)
Eu sou um fenómeno raro que adormece em qualquer meio de transporte com a maior das facilidades durante o dia, mas se for para passar a noite, e por mais cansada que esteja, estranho sempre lugares diferentes e demoro séculos a adormecer. No comboio não foi exceção (já o senhor namorado abandonou-me às minhas insónias e dormiu que nem um bébé).
Cá está a camarata.
Chegados a São Petersburgo ao início da manhã, fomos pôr as malas ao hotel e partimos à descoberta da cidade (o tal do banho que não conseguimos tomar no comboio? pois esperem mais um bocadinho que não vos faz mal nenhum. ou não tivéssemos nós escolhido um hotel todo pipi, que nos pedia metade do preço duma noite se quiséssemos entrar mais cedo no quarto).
O primeiro ponto de paragem na cidade foi o Hermitage. Não vimos por dentro (por falta de tempo) mas por fora é um edifício muito bonito.
E o ex libris de São Petersburgo: a Catedral do Sangue derramado.
O edifício é lindíssimo, o mais bonito de São Petersburgo (na minha opinião), mas não bate a Catedral de São Basílio, de Moscovo.
Catedral de Santo Isaac.
Ao início da tarde decidimos ir ao hotel conhecer os nossos aposentos para aquela noite (chama-se Trezzini Palace Hotel e podem encontrá-lo aqui). Na receção ofereceram-nos água, champanhe e chocolates (e aqui os burros de serviço recusaram tudo gentilmente - isto quem nasce para pelintra nunca chegará a chique, nada a fazer), no elevador também havia champanhe e, quando nos abriram a porta do nosso quarto, eu não sei qual de nós dois fez uma cara maior de espanto, enquanto nos eram apresentadas todas as divisões (é nisto que dá reservar o alojamento com meses de antecedência, quando chegámos lá já não nos lembrávamos do que tínhamos escolhido).
Não é que tenha custado uma pechinca - longe disso, mas atendendo à relação qualidade preço até foi bastante acessível (um quarto destes, em Portugal, ficar-no-ia pelo menos pelo triplo do preço que pagámos).
Hall de entrada do quarto.
Sala.
Sala
Quarto
Quando o funcionário saiu do quarto olhámos um para o outro e a conversa que se seguiu foi algo do género:
"Quanto é que pagámos mesmo por este quarto? De certeza que não te enganaste na conversão e te esqueceste de um zero?"
"Isto é claramente um engano, deram-nos a suite presidencial. Qual de nós vai à receção falar sobre isto?". "Oh, vamos é aproveitar enquanto não se apercebem do engano!"
#pelintrasforever
Ao final da tarde encontrámo-nos com a minha amiga e o marido, e fomos a um restaurante de comida georgiana, que foi uma agradável surpresa (e o bom que foi ter uma pessoa connosco que falava russo? ah, maravilha!)
[continua...]
Não tinha ideia que a Rússia é tão linda :)
ResponderEliminarDormiste num verdadeiro palácio: que bom :)
ResponderEliminarEstou a adorar esta saga de posts (como deves imaginar), mas fiquei ciente que só poderei realizar este sonho sem o Simão. Não me imagino de todo a viajar com uma criança que tem a mania de ficar doente sempre que sai de casa e sem conseguir comunicar. Por isso vou suspirar mais uns anos...
Tá decidido, vou à Rússia e vou dormir num quarto assim!!
ResponderEliminarO que eu me ri com os pelintras forever =P
ResponderEliminarMuito bonitas as fotos mesmo e grande quarto!
Beijocas