terça-feira, 14 de julho de 2020

Diário de uma mãe de primeira viagem #20 - 10 meses desta aventura pelo mundo da maternidade

É absolutamente impressionante a quantidade de sensações tão (aparentemente) contraditórias que se podem sentir num mesmo dia e às vezes quase até num mesmo momento, neste mundo da parentalidade. Há dias que parecem não ter fim, mas os meses vão passando a uma velocidade vertiginosa e quando damos por ela puff...passaram-se 10 meses (say what?).
No último post comentei o facto de o Gu não ser nada precoce em termos de capacidades motoras. Pois bem, continua sem o ser, mas no fim-de-semana passado foi toda uma avalanche de primeiras vezes, tantas que nem deu tempo para saborear cada uma.
No mesmo dia começou a gatinhar (já há algumas semanas que ele ia fazendo um pseudo gatinhar que o ia levando onde queria, mas no fim de semana começou a fazê-lo de forma mais consistente, embora ainda se farte ao fim de pouco tempo) e disse a sua primeira (tentativa de) palavra intencional. Perguntei-lhe se queria água, como faço sempre que lha ofereço, e ele repetiu depois de mim, à sua maneira, mais de uma vez, "água". Qual mamã, qual papá, qual quê.
No dia seguinte, quando olhei para ele, estava de pé, sozinho (mas apoiado) pela primeira vez. Foi demasiada emoção para um fim de semana só.

A verdade é que há ali uma "barreira" por volta dos 6 meses, a partir da qual eles se tornam muito mais despertos para o mundo e, com isso, mais engraçados a cada dia que passa. Pelo menos cá em casa sentimos isso. E é maravilhoso (re)descobrir o mundo através dos olhos deles. As coisas mais insignificantes para nós podem ser toda uma experiência de descoberta para eles (ficar a olhar para as sombras que faz um candeeiro, ou para as marcas do sol que passam através dos estores de casa...até um cabelo (ou um pedaço de pó...) apanhado do chão pode ser dissecado ao mais ínfimo pormenor...enfim, tudo pode ser objeto de exploração e descoberta. E é tão giro assistir a isso.
Não sou sempre a mãe que queria ser (confesso que adorava ser mais relaxada em relação a rotinas e, principalmente, aos sonos do Gu) mas sei que sou sempre  a melhor mãe que consigo ser e, modéstia à parte, acho que me tenho safado bastante bem neste papel. A verdade é que sempre quis ser mãe e inclusive sempre fui um pouco "mãezinha" daquelas pessoas de quem gosto particularmente (na perspetiva de me preocupar, por vezes em demasia, com pessoas de quem gosto, mesmo que elas sejam adultas), e esta tarefa de (tentar) criar um ser humano para ser o mais feliz e saudável possível e ter os valores certos, é difícil pra caraças mas na maior parte dos dias dá-me um gozo tremendo.
Quanto ao Gustavo, passada a (eterna) fase das cólicas (que por aqui não durou os habituais 3/4 meses, mas sim perto de 9), temos um bebé doce, sorridente, curioso, saudável e feliz, pelo que diria que nos saiu a lotaria em forma de bebé (o 2º prémio vá, já que é uma praguinha para dormir).

7 comentários:

  1. Tão bom!! Todos os dias aprendemos com eles!! Aproveite ao máximo!!

    Beijos e abraços.
    Sandra C.
    bluestrass.blogspot.com

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  2. Aqui a primeira palavra do Matias também foi água, a segunda foi pão! Era um miúdo com prioridades na vida :D Mamã e papá só disse com mais de um ano e meio, já dizia umas dez palavras diferentes (mão, pé, ãoão, e claro água e pão, coisas do género) e zero mamã e papá :D

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  3. Realmente o tempo passa a voar =)

    Aproveita bem =)

    Beijocas

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  4. Percebo o que queres dizer com isso de aos 6 meses começarem a mudar… senti o mesmo! Voltei a sentir quando começou a gatinhar… e quando começou a andar, sem dúvida. Quando começou a andar notei uma diferença brutal, até porque coincidiu com um grande desenvolvimento de compreensão de linguagem também. É uma Aventura isto!

    Muitos parabéns pelos 10 meses, tens um bebé fantástico e ele tem a melhor mãe que podia ter (=

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