segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Berlim e a nossa passagem de ano

Quando decidimos (por volta de setembro) passar a mudança de ano no estrangeiro, pesquisámos pelas melhores passagens de ano da Europa, e lá estava Berlim, em segundo lugar. Os bilhetes de avião, pela Tap, estavam a pouco menos de 200€, e lá decidimos que iríamos embarcar nesta aventura. Não constava da lista de cidades que tenho mais vontade de visitar, mas pela sua história do século XX e por ser atualmente uma grande potência, tinha alguma curiosidade.
Arrendámos um apartamento muito giro pelo Airbnb, em Kreuzberg, que fica mesmo ao pé do metro (e a poucas estações de vários pontos centrais) e a um preço simpático (principalmente quando comparado com o preço dos hotéis) - pagámos 258€ (taxas incluídas) por 3 noites.
Saímos de Lisboa na manhã do dia 31 e chegámos a Berlim ao início da tarde (são 3h30m em voo direto). Fomos pôr as malas ao apartamento, comemos um kebab lá nas redondezas e partimos rumo ao centro, onde chegámos já ao anoitecer (por volta das 16h).



Andámos a passear pelos pontos principais da cidade (o perímetro à volta das portas de Brandenburgo já estava encerrado, devido às celebrações da passagem de ano). Ao final da tarde encontrámo-nos com uns amigos que, por mera coincidência, também decidiram ir a Berlim nesta altura do ano e rumámos a um mercado de Natal, em Postdamer Platz, para jantar. Entrámos numa restaurante amoroso numa casinha de madeira e comemos um goulash (que já tínhamos comido em Praga. é um "sopa" com molho de tomate e carne, acompanhada com pão). Logo ali fomos brindados com o primeiro toque da simpatia berlinense: o senhor meu namorado estava a perguntar ao empregado em que é que consistia uma bebida do menu (é muito comum encontrar-se menus e todo o tipo de indicações apenas em alemão por toda a cidade) e nos dois segundos em que hesitou a escolher, o homem fartou-se de esperar, suspirou, e deu meia volta, deixando o senhor meu namorado literalmente a falar sozinho. Que fofinho!

Cá está o goulash.

Saímos do mercado por volta das 21h e a nossa ideia era ir para a zona das Portas de Brandenburgo para assistir ao fogo de artifício à meia noite. Acontece que chegámos lá perto e os acessos estavam todos vedados, já ninguém podia entrar (ao que parece, desde as 19h). Andámos às voltas a tentar descobrir algum ponto de ligação que não estivesse cortado, passando por muitos sítios onde nem tínhamos noção se daria para vermos o fogo ou não (porque havia gente em cada canto da cidade).

Um dos nossos pontos de passagem. Estava sempre alguém a lançar foguetes.

Já perto da meia noite, parámos numa ponte nas traseiras das tão almejadas Portas de Brandemburgo. Quando vi imensa gente por lá (inclusive um senhor preparadíssimo para pôr a sua câmara a gravar) pensei "Estas pessoas não estariam aqui se não desse para ver o fogo.". Pois estava enganada. Ao que parece, há quem se contente eu ouvi-lo, ou em lançar o seu próprio... Começámos a ouvir sons, umas luzes ao fundo, mas fogo de artifício que é bom...vimos aquele que as pessoas iam lançando por lá (e não era pouco), e uns vestígios do "verdadeiro", no cimo de um prédio. Não era aquilo que eu esperava da passagem de ano em Berlim, confesso. Talvez se já não tivesse passado 20 e muitas passagens de ano na Madeira aquilo não me tivesse causado tanta estranhesa, não sei.
É verdade que também foi culpa nossa, que programámos mal a coisa, sem dúvida, mas se ver o fogo de artifício implicava ter estado mais de 5 horas a meio da rua, à espera, com temperaturas a rondar os zero graus...confesso que também não estava muito para aí virada.
Seja como for, foi uma passagem de ano completamente diferente daquilo a que estou habituada, a meio da rua, sem as roupas pipis do costume, sem a família, mas a meio da Europa, acompanhada de amigos e de um mar de desconhecidos.

[Eu volto para vos contar sobre o resto da viagem.]

14 comentários:

  1. Isso é que foi aventura, gostava de ir a Berlim um dia, não propriamente na PDA mas sim, gostava!

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  2. Berlim é uma daquelas cidades para as quais não tenho opinião formada: acho que por um lado deve ser giro por causa do Muro, etc., mas se não não me atrai muito. EM relação à Praga, recomendas? Conheces Viena e Budapeste?

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  3. Pois... Berlim não é na minha opinião das cidades mais bonitas para se conhecer na Alemanha. E não me espanta a atitude do empregado, uma coisa que aprendi a viver por estas bandas é queno serviço ao cliente, quando comparado ao que estamos habituados em Portugal deixa muito a deseja. Se quiseres entretanto, envio-te um lista de cidades a não perder aqui na Alemanha :)

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  4. Confesso-te que não é das minhas cidades prioritárias, mas desde que seja para conhecer outras coisas e viver outras aventuras, estou pronta.

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  5. Foi diferente e só por isso já foi bom =)

    Por acaso também não tenho curiosidade com essa cidade.

    Beijocas

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  6. Dina, estive em Praga há um ano, no início de dezembro, e adorei, mesmo! Budapeste e Viena já fui mas há alguns anos, com os meus pais, estou a precisar de ir reavivar a memória ;)! Mas do que me lembro gostei muito (principalmente Viena).

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  7. Cacau, não sei se voltarei muito em breve à Alemanha, mas parece-me uma lista útil, sim senhora :)! Obrigada!

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  8. Estou mesmo com dúvidas :) A única que tenho mais certeza é Budapeste... Vamos ver :)

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  9. Também tenho uma viagem programada para Berlim em fevereiro, será que me podes dar umas dicas sobre os tranfers do aeroporto Shonefeld para o centro de Berlim ? Obrigado!

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  10. Nas ilhas Gregas e em Nova Iorque também apanhei muitos funcionários mal educados, o que de facto estraga muitas férias...

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  11. Patrícia, tens comboio (o preço é o do metro, a viagem não chega a 3€).E tens duas linhas, dependendo de para onde queres ir: o S9 vai para a zona este e o S45 zona oeste (depois tens ligação com o metro para a zona mais central). Beijinho e boa viagem :).

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  12. Ah, e o bilhete que compras para o comboio é válido para o metro durante duas horas. Aquilo até me pareceu ser tudo a mesma coisa (metro e comboio).

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  13. Panda, em Nova Iorque não tive essa experiência. Às vezes também é uma questão de sorte ou azar. Já Berlim ou Paris, poe exemplo, parece-me mesmo ser a regra, o que é muito mau.

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