sábado, 1 de agosto de 2015

De como é difícil a minha vida


Foram cinco dias (mas podiam ter sido trinta que eu não me chateava nada) em que não fiz mais do que de praia, comer, caminhar, comer, praia, correr, comer, praia e por aí adiante. No momento em que me põem uma pulseira na mão de "tudo incluído" e me põem doces literalmente à frente do nariz de manhã, ao almoço, à tarde e à noite, é a desgraça total. 
Durante o ano sou uma pessoa bastante saudável e regrada (abro as exceções ao fim de semana), e acima de tudo faço muito desporto para compensar a minha gulodice. Mas a minha fraqueza são os doces. Sempre foi. E durante estes cinco dias o controlo foi pouco ou nenhum. Ele eram panquecas ao pequeno almoço, sobremesa ao almoço e jantar, bolas de berlim ao lanche, enfim, a verdadeira desgraça. 
Ora, depois deste cenário demoníaco, mal pusemos um pé no barco de regresso para a Madeira eu virei-me para a minha trupe e informei-os: "Família, estou oficialmente de dieta".
Pois muito bem, esta manhã fui com senhor namorado à padaria buscar pão e ele chega-me ao carro com quê? Croissants. Bla bla bla que estavam ali quentinhos a olhar para ele e não resistiu. Fraco. Regressados a casa, o que é que presenciamos? Sodôna mãe na cozinha com as mãos na massa, já que achou por bem fazer uma mousse de chocolate com frutos silvestres e amêndoa (e eu que não gosto nada de chocolate, nadinha de nada). Vamos almoçar a casa dos avós e nem quero pensar em tudo o que vai haver ali mesmo à mão de semear.
Eu juro-vos que não sei como é que não sou obesa. Ou melhor, sei. É porque só cá fico duas semanas. E amanhã a estas horas já estarei por terras alfacinhas, no supermercado a escolher frutas e legumes, e já cheia de saudades da comidinha desta gente que só me desencaminha (e que eu passo a vida a reclamar mas gosto pouco, gosto).

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