E em dia de S. Receber (ontem)

Passei na Mango à hora de almoço (é um perigo ter formação ao pé de centros comerciais decentes, é o que é) e decidi oferecer um miminho a mim própria.

E hoje trabalha-se por estes lados. E já que não nos deixaram comemorar o dia todo fora daqui (coisa que eu não planeava fazer, até porque a única coisa de que gosto do Carnaval são as malassadas da minha avó, que estão lá longe na terrinha)  há almocinho especial de estagiários numa pizzaria aqui perto. E mai nada.

O jeito que me dava qualquer coisa que me tornasse imune

A isto e a tudo o que se lhe pareça.

Qual telefone qual quê?

Tive a minha primeira discussão(zita) via chat do Facebook com a minha mãe.

E viva o século XXI.

(Politiquices à parte) acho gira esta noção de patriotismo

As dívidas e buracos e afins são só da Madeira. Já o Cristiano Ronaldo...esse é português.

'Tá certo.

Será que ainda falta muito

Para passar esta angústia de querer estar ainda onde já não posso estar, vivendo a vida que eu já não posso viver, perto de pessoas que já não podem fazer parte do meu dia-a-dia?

Já ia sendo altura de me convencer que a-ca-bou.

Porquê, natureza, porquê?

Porque é que nos fizeste a nós, mulheres, tão paranóicas e dramáticas e cheias de macaquinhos na cabeça por tudo e por nada? Porquê?

Às vezes nem eu me suporto...livra!

A sério, tenho que me deixar desta coisa de gostar das pessoas

É que ultimamente parece que isso começar a acontecer é o mote para sairem da minha vida (ou eu da delas, pronto). Só geograficamente, é verdade, mas custa na mesma caraças!

E pronto, agora é a pessoa (sem contar com o meu grupo de estagiários, que são uns porreiros) mais simpática do andar inteiro que diz que vai voltar lá para a terra dela. Bahhh...vai lá ser feliz para o raio que te parta. Se era para isso escusava de ser tão simpático e bem disposto que ao menos assim não ia fazer falta (brincadeirinha, tá?).

Da parte mais gira de trabalhar com leis

Começar o dia a rasurar o Código (outrora) fofinho que comprei na passada sexta feira, porque entretanto saíu uma alteração legislativa há dois dias e ele já estava desactualizado. Oh vida...

Em noite de S. Valentim, eis a companhia espanhola que se vai estrear na minha cama

(prenda de aniversário duma Maria, que achou - vá-se lá saber porquê -

que eu estava a precisar de aprimorar a língua de nuestros hermanos)

Como podem ver, a coisa promete...

Dos tempos áureos que já lá vão

Estava para aqui a lembrar-me de quando andava no 5º/6º ano e recebia cartas de amor no dia de S. Valentim de metade dos rapazes lá da turma, enquanto o único que me interessava - a mim e ao resto das raparigas todas da turma, para não dizer da escola - não me ligava nenhuma.

Pois é, parece que a queda para o masoquismo não vem  de agora...

Até lá: it's just an ordinary day

E é por estas e outras que uma pessoa (vulgo eu) devia mas era estar quieta no seu canto em vez de insistir em alimentar uma história com muitos (demasiados) kms pelo meio

Porque o raio das saudades não mata mas mói. Ah pois mói.

Notícias de terras franco-suíças

(foto do estado actual da minha rica Genève, roubada algures no Facebook)

"Aqui estão -11ºC. É muito raro e muito difícil de suportar", diz-me a mãe dos mini francesinhos.

E eu ponho-me a pensar na conversa que tivemos, na altura em que ela decidiu escolher uma espanhola das ilhas Canárias para ir lá para casa ser au pair dos meus meninos e me perguntava se eu, enquanto nascida também numa ilha que nunca vê temperaturas negativas, achava que a rapariga ia aguentar. E eu respondi que sim. Pois...

E eu estou aqui solidária com o sofrimento da moça, que estou, mas a dar graças a Deus e a todos os santinhos de esta raridade ter acontecido este ano e não no ano passado.

Pois é, parece que conseguiste o aparentemente impossível...

Conseguiste que eu deixasse de achar que toda a música espanhola é pirosa (para não lhe chamar outros nomes assim um bocadinho mais feios). E que alguma afinal até é mesmo boa (principalmente quando vem acompanhada de recordações tão especiais).