quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Diário de uma mãe de primeira viagem #8 - O segundo mês de vida do Gustavo (Cólicas e sonos)

[Aviso à navegação: Este post é praticamente só sobre os hábitos de sono atuais do meu filho. Escrevo-o porque quero muito poder recordar esta fase (para o bem e para o mal) no futuro, mas provavelmente será muito chato para quem não se interessar pelo assunto. É passar à frente, amigos na mesma. Prometo que tenho intenções de fazer um post sobre leituras - uma delas não relacionada com bebés - muito em breve].

Se, depois de passadas as primeiras duas semanas de maternidade, podia dizer que tudo corria sobre rodas e ia dando tempo para (quase) tudo, ultimamente as coisas já não são bem assim.
Nas últimas semanas o Gustavo deixou de fazer os sonos que fazia durante o dia (fazia pelo menos um sono de mais ou menos 2 horas) e passou a ter muita dificuldade em dormir fora do colo. Adormeço-o ao colo durante o dia (deitá-lo acordado normalmente é seguido de choro, contrariamente ao que acontece de noite) depois de uns minutos de resistência da parte dele, e pouso-o quando acho que já está ferradinho. Nas últimas semanas é muito raro ele aguentar 30 minutos a dormir depois de pousado. Na grande maioria das vezes são as cólicas que o acordam, o que aumenta muito a minha frustração (mas dá-me a esperança de sonos melhores quando as cólicas se forem embora). A grande exceção a este comportamento é se o pusermos a dormir no sling, em que aguenta basicamente o tempo que o tivermos lá colocado (quando quero mesmo que ele durma sei que é tiro e queda. as minhas costas é que não adoram a brincadeira, mas é a vidinha).
Quanto às noites, são sempre uma grande incógnita cá por casa. De cada vez que sou acordada pelo meu filho olho para o telemóvel para ver as horas enquanto digo baixinho "Por favor que tenham passado pelo menos quatro horas". 
Não sei se por esta altura já deveria haver uma rotina de sonos noturnos cá por casa (o Gustavo faz 3 meses esta semana), mas ainda não há. Já há um sono "grande" ao início da noite (que por norma varia entre 3h30 e 5h30, sendo que nos últimos tempos pende mais para as 3h/4h) e que começa normalmente algures entre as 21h e as 23h00, seguido de um sono de mais ou menos 2h e outro da mesma duração ou menos. Durante a noite é muito raro o Gustavo chorar com cólicas, mas há imensas vezes que o que o acorda são os gases que dá, e não propriamente a fome (mais uma vez, frustra-me horrores mas dá-me esperança num futuro próximo sem cólicas). 
Passámos por uns dias em que o sono do início da noite era maiorzito mas depois ficava quase uma hora acordado antes de voltar a dormir, para outros em que os sonos são mais curtos mas adormece com mais facilidade (tenho conseguido deitá-lo ainda acordado, desligo a luz e normalmente no espaço de 10 minutos ele adormece). Nem sei o que prefiro, honestamente (e quando ele adormece bem a meio da noite e me dá para ter insónias? oh vidinha!). 
Uma coisa que me irrita particularmente (e não sei se será mero acaso ou se será mesmo fisiológico dele) é o facto de o sono da noite por norma ser maior quando começa mais cedo (irrita-me porque para eu aproveitar para dormir também tenho que me deitar às 21h ou coisa que o valha, e eu quando me obrigo a dormir é meio caminho andado para ter insónias, por mais cansada que esteja). Parece que criou ali uma rotina de acordar por volta das 2h (mais coisa menos coisa) e das 7h, e o que dorme entre estes sonos é que vai variando.


Quanto a mim, acho que nunca estive tão cansada como agora. Tento assegurar 6 horas de sono diárias e quase sempre consigo, mas para isso temos 3 sonos intercalados por momentos de agitação a adormecer o meu filho, tempo em claro para adormecer-me a mim, e uma fome de leão que me assola a partir da segunda metade da noite...é duro. E mais duro do que tentar adormecer, é ter aquele despertador noturno que não dá aviso prévio, que não permite carregar no botão "adiar 5 minutos" e que nos obriga à máxima rapidez antes de começar a reclamar a sério (cá por casa durante a noite é assim, não há despertares calmos para a cria. bem, na verdade durante o dia também é raro). E este padrão de sono torna-se manifestamente insuficiente quando durante o dia uma pessoa não tem direito a uma horinha de "folga" para descansar a cabeça, como tem acontecido nas últimas semanas.
Confesso que sempre alimentei bem forte a esperança de ter um bebé que dormisse bem desde o início (é raro eu ser tão otimista quanto era com este assunto antes de ser mãe), não sei se por eu e os meus dois irmãos termos dado essa sorte aos nossos pais e já dormíamos a noite inteira com dois meses de vida (bem que podia ser uma coisa genética).
Apesar do cenário descrito, continuo a dizer que tenho um filho santo. Porque ele só é "chatinho" quando tem dores. O problema é que ele tem muitas dores. Porque quando não as tem é uma paz de alma. E dá os sorrisos mais lindos do universo. E palra comigo todo entusiasmado. E fica na espreguiçadeira sentadinho enquanto eu cozinho, lavo louça, estendo roupa ou como (normalmente farta-se ao fim de meia hora, mas sempre vai dando para eu assegurar as tarefas essenciais cá por casa).
No meio disto tudo, eu tenho bem mais sorte do que o meu filhote: porque a mim calhou-me o melhor filho do mundo. Já ele, tem que lidar com uns intestinos que (raios os partam) nunca mais ganham maturidade e aprendem a trabalhar sem fazer o meu docinho sofrer.

3 comentários:

  1. Espero que as cólicas passem entretanto e que possas ter mais descanso :) não é fácil. Como sabes, por aqui o problema são mesmo as noites, apesar de as últimas duas noites terem sido ótimas. Mas o nosso filhote ainda só vai nas 5 semanas...
    Beijnhos e força.

    ResponderEliminar
  2. Li tudo mas não sei o que te dizer...
    Eu não sei se aguentava isso.. Daí umas das resistências em querer ser mãe.

    De resto, está grande =)

    Beijocas

    ResponderEliminar
  3. Confesso que esse é o meu maior medo em ser mãe... Lido tao mal com a privação de sono.

    Tenho seguido tudo pelo insta e adorado.
    Beijinho

    ResponderEliminar