quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Das amizades (e do desporto)

Durante o 2º ciclo de escolaridade, eu tinha uma melhor amiga que o era basicamente só de nome, porque o que ela fazia era deixar de falar comigo dia sim, dia sim, só porque...sim. E eu, que sou masoquista basicamente desde que vim ao mundo, sofria horrores por aquela rapariga (arrisco-me a dizer que rapaz nenhum, até hoje, me fez chorar tanto como ela). No 3º ciclo acordei (ligeiramente) para a vida e arranjei outras amizades. Éramos um grupo de quatro, sendo que uma delas ganhou o título oficial de melhor amiga (as raparigas e aquela coisa de se ter que ter oficialmente uma única melhor amiga, com um compromisso mais sério do que qualquer namoro).
No secundário elas foram as três para a área de ciências e eu lá fui, sozinha e abandonada, para a área de humanidades. O que eu sofri com isso! O secundário passou-se, com elas cada vez mais próximas umas das outras, e eu cada vez mais distante.
 
 
Uma dessas minhas amigas (curiosamente uma que nunca teve o "título" de minha melhor amiga) é, de todas as minhas amizades antigas, aquela que mais questão faz de manter contacto comigo (chego a sentir-me mal, porque apesar de passarmos anos sem nos vermos, quando isso acontece é quase sempre por iniciativa dela). Agora estamos as duas por Lisboa (coisa que não vai durar muito tempo) e combinámos encontrar-nos. Quando ela me sugeriu, entre vários programas, uma corridinha, aqui a viciada em desporto escolheu logo essa opção.
Pelo que me espera um final de tarde a partilhar um dos meus grandes prazeres atuais (a corrida) com uma amizade já bastante antiga, daquelas que por mais tempo que passe sabemos que está lá. E não faço ideia se ela corre muito, pouco, rápido ou devagar, mas hoje isso é o que menos importa. Hoje, o que importa é que vou correr muito bem acompanhada.
 

2 comentários:

  1. É tão bom ter amigos assim, que podemos não ver muitas vezes mas que temos a certeza de que estarão sempre lá para nós.
    Boa corrida :)

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