Até que chegou o sábado, dia 19 de janeiro de 2019.
Era suposto eu ter o período na quarta-feira, dia 16 (quinta-feira, no máximo). A partir de quarta-feira já começaram os "será?" na minha cabeça. Mas o senhor namorado, sempre o mais racional de nós, achou melhor não nos entusiasmarmos demais e esperarmos mais uns dias. Fiz o teste de gravidez no sábado dessa semana.
Eu não tinha praticamente sintomas (e os pouquíssimos que tinha - peito dorido e a barriga ligeiramente inchada ao final do dia) achei que podiam ser psicológicos pelo que não me fiei neles.
Comprámos o teste de manhã e lá fomos para casa. Eu queria muito olhar para o resultado ao mesmo tempo que o senhor namorado mas ainda estava na casa de banho a tentar perceber se o tinha feito corretamente (achava que demorava dois a três minutos a aparecer o resultado) quando vi dois risquinhos a aparecer no visor (para quem não pescar nada do assunto: é o sinal de que o teste deu positivo). Fui a tremer ter com ele para, do alto da sua lucidez, me confirmar que eu estava a ver bem.
Tremi e chorei num misto de incredulidade e alegria. Combinámos que antes de termos a confirmação dada por um médico não nos íamos entusiasmar (tarefa impossível, diga-se de passagem) nem contar a ninguém (tarefa possível mas tão difícil!). O dia finalmente chegou - sexta-feira seguinte - e a médica confirmou que eu tinha uma "amostra" de embrião dentro de mim (com aproximadamente seis semanas) cujo coração já batia (a médica conseguiu ver, o senhor namorado conseguiu ver, eu confesso que não consegui ver nada mas à terceira pergunta da médica eu desisti de achar que iria conseguir ver o que quer que fosse e menti e disse que tinha visto - não vi, mas confiei no pai da criança, ahah).
Apesar de termos visto o coração (ou antes, de eles o terem visto), a médica disse que ainda era demasiado cedo para confirmar que a gravidez estava a desenvolver normalmente e que convinha repetir a ecografia dentro de uma semana, pelo que, mais uma vez, tivemos que conter o entusiasmo.
O mais difícil nisto tudo, para além de não podermos (ou não acharmos conveniente) contar nada a ninguém? O misto de emoções entre o "estou tão feliz" e o "vamos com calma que ainda é muito cedo e pode não correr bem". Misto esse que dificilmente nos abandonará daqui para a frente, mas que acalmou um pouco depois da tão aguardada ecografia dos três meses.
O mais difícil nisto tudo, para além de não podermos (ou não acharmos conveniente) contar nada a ninguém? O misto de emoções entre o "estou tão feliz" e o "vamos com calma que ainda é muito cedo e pode não correr bem". Misto esse que dificilmente nos abandonará daqui para a frente, mas que acalmou um pouco depois da tão aguardada ecografia dos três meses.
[Muito obrigada pelos vossos comentários queridos - aos quais responderei individualmente.]