quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Rússia: 6 dias, 3 cidades e 1 casamento - Moscovo (1ª parte)

Na manhã após o casamento, era altura de regressar a Moscovo. Tínhamos que ir apanhar comboio a Vladimir cedo, pelo que decidimos ir tentar a nossa sorte a ver se nos serviam o pequeno-almoço antes da hora habitual (era uma Guest House pequena e de ambiente familiar). Encontrámos as duas funcionárias na cozinha e lá tentámos comunicar a pedir comida porque tínhamos que apanhar taxi às 8h15. A única palavra que a senhora percebeu foi "táxi", e toca de agarrar no telemóvel para nos chamar um táxi (e, fofinha mas só qb, ela não ia falar com o motorista, estava já preparada para nos passar o telemóvel para a mão, para falarmos com mais alguém que só falava, adivinhem o quê? pois, russo). Lá fizemos os gestos de que não senhor, não queríamos o táxi, esse assunto estava tratado, queríamos comer. Ela ouvia falar em táxi e voltava a agarrar no telemóvel. Quando finalmente, por um qualquer milagre, a senhora conseguiu perceber o que queríamos, e com um balcão cheio de crepes já feitos em frente aos nossos olhos, teve um rasgo de iluminação, abanou a cabeça com um não redondo, e disse "9 o'clock". Fofinha!
Lá fomos apanhar o táxi que nos tinha sido pedido de véspera pela organizadora do casamento, para uma viagem de 40 quilómetros que nos custou o equivalente a 10€. Numa estrada regional com uma faixa para cada sentido, o motorista conduziu sempre  a uma velocidade estonteante, sem cinto de segurança (nos bancos de trás nem havia sítio onde prender os cintos), assistimos a n ultrapassagens com praticamente nenhuma visibilidade, e a melhor de todas foi esta: o nosso motorista a desviar-se para a berma para continuar o seu caminho, sem a mínima reação (como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo) enquanto, mesmo em cima de nós, no lado oposto, um carro tinha decidido ultrapassar um camião (repito que só havia duas faixas, uma para cada lado).
Achou o destino que seria demasiado injusto levar-nos daquela para melhor sem sequer termos conhecido a capital russa, e lá sobrevivemos para contar a história.
Chegados a Moscovo fomos deixar as malas ao hotel e rumámos à famosa Praça Vermelha, e eu fiquei automaticamente encantada mediante tamanha beleza.

State History Museum

Catedral de Kazan (fiquei com a sensação que metade das igrejas na Rússia - e são muitas mesmo - são catedrais).



Não tenho palavras suficientes para expressar o que senti ao ver a Catedral de São Basílio ao vivo. Maravilhosa, linda, espetacular. Uma pessoa olha para esta beleza e sente-se a léguas da Europa, num mundo completamente à parte (um amigo disse-me que a Praça Vermelha parece uma espécie de Disneyland czar, e eu achei um piadão porque pensei algo parecidíssimo quando lá cheguei, perante tanta cor e beleza).

O famoso Gum, um centro comercial lindo com imensas marcas de luxo (e alguns restaurantes medianos onde comemos duas refeições).



Uma parte do Kremlin.

Catedral de Cristo Salvador. Soberba!


[E como isto já vai longo, deixo a segunda parte de Moscovo para outro post]

4 comentários:

  1. Como estava o tempo por esses lados? Vejo que estás de calções e t-shirts, os meus pais estiveram aí há muitos anos no Verão e raparam um frio considerável.

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    1. Por acaso tivemos imensa sorte. Durante uma semana inteira tivemos temperaturas de vinte e muitos graus (nunca usei casaco durante o dia), e apanhámos apenas 1 hora de chuva em Moscovo (e ao que parece, na véspera de termos chegado choveu torrencialmente).

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  2. Porra que viagem de taxi! =S
    Realmente ainda bem que saíram vivos dessa aventura de viagem =P

    As fotos estão um máximo!

    Beijocas

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  3. As tuas fotos e descrições fazem-me querer partir também assim à aventura! Adorei!

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