sexta-feira, 28 de junho de 2019

Férias por Nápoles, Costa Amalfitana e Apúlia - Parte #2 (Ilha de Capri)

A Costa Amalfitana é muito cara, principalmente no que toca a alojamento e a estacionamento. Se experimentarem fazer uma pesquisa no Booking para uma noite em Positano, por exemplo (o lugar mais caro de todos), vão perceber que a oferta começa quase nos 300€. Já quanto ao estacionamento, se conseguirem o milagre de encontrar um lugar nos parquímetros públicos, pagarão à volta de 1,5€ por hora, mas na hipótese mais provável de não conseguirem, dependendo da cidade onde estiverem, podem ter que pagar qualquer coisa como 8€ por hora para estacionar o carro (e não necessariamente no centro da cidade).
Face a isto, os conselhos que vos dou são: pesquisar alojamento nos arredores, sempre com parque de estacionamento gratuito (para o caso de alugarem carro, obviamente) e depois apanham transportes públicos para o centro (nomeadamente de Positano e Amalfi).
No nosso segundo dia de viagem, deixámos Pimonte e rumámos aos arredores de Sorrento (ficámos alojados num Airbnb perto de Massa Lubrense). 































Se quiserem visitar a ilha de Capri, aconselho-vos a fazê-lo a partir da marina de Massa Lubrense (podem fazê-lo a partir de vários pontos, inclusive Nápoles, mas o de Massa Lubrense, por ser menos conhecido, tem uma oferta de preços mais simpática). 
Também têm a opção de apanhar um ferry (em Sorrento, Positano, etc) em vez de comprar uma viagem de barco, mas nós achámos que não compensava: isto porque a viagem de ferry custa perto dos 40€ por pessoa, ida e volta, e nós, por 55€ por pessoa, contratámos uma empresa que nos foi buscar e pôr ao alojamento (atendendo ao preço do estacionamento, isto vale ouro), levou-nos a Capri, ficámos lá umas 4 horas, depois apanhámos outra vez o barco, demos a volta à ilha, e regressámos a Massa Lubrense (e levaram-nos ao alojamento). A empresa chama-se Marina della Lobra, encontrei-a através do Tripadvisor, e contratei o serviço de véspera, através do Whatsapp da empresa.
As fotos abaixo são de Capri.





A maioria dos barcos atraca na Marina Piccola, a sul da ilha. A ilha tem dois municípios: Capri e Anacapri. Para chegarem a Capri podem apanhar um funicular (o preço é à volta de 1,30€ por viagem) ou, se forem malucos como nós e não tiverem paciência de esperar na fila, podem ir a pé, são uns 800 metros a subir (far-se-ia bem, não fossem os 30º e muitos graus a juntar a uma gravidez - não recomendo fazê-lo nestas condições).
A partir de Capri, têm uns mini autocarros que vos levam aos pontos mais icónicos da ilha (Anacapri, Marina Grande). Nós almoçámos por Capri, demos uma volta pela zona e depois apanhámos um autocarro até à Marina Grande, onde demos um mergulho que nos soube pela vida (estava um calor dos ananases, como esteve aliás a viagem toda).
As viagens de autocarro custam menos de 2€ por trajeto, os autocarros são pequenos e sem ar condicionado, mas as distâncias são curtas. Tanto quanto sei, só os locais podem circular com viatura própria na ilha (as estradas são bastante apertadas e algumas íngremes).
O mar é lindo e a temperatura ótima, mas as praias onde fomos eram minúsculas, enchem num instante e têm pedrinhas pequenas algo dolorosas para os pés. Fomos para a parte da praia que não era paga.





























Mergulho dado, voltámos à Marina Picolla para apanhar o barco que nos levou a conhecer a ilha vista pelo mar e, por fim, de regresso a Massa Lubrense. Não fosse o calor em excesso e tinha sido um dia perfeito.




quinta-feira, 27 de junho de 2019

Leituras


Dois guardam um segredo

Avaliação do Goodreads: 3,99/5
Minha avaliação: 3,5/5

Dois guardam um segredo é um thriller/policial young adult.
É uma leitura muito fácil, sem espaço para aborrecimento, impulsionada pelos vários mistérios da história que vamos desvendando ao longo do livro.
Gosto muito deste género de livro mas sou uma nódoa a adivinhar quem são os culpados, e este caso não foi exceção (o lado positivo: é sempre bom ser-se surpreendido).
A parte mesmo mesmo má do livro: a tradução. Contei três "à" no lugar de "há", acho isto um escândalo num livro. Se fosse só um, teria custado a "engolir" mas poderia ter sido uma distração eventualmente. Três vezes, para uma pessoa que faz da língua portuguesa a sua profissão, acho que não tem desculpa possível. E depois ainda é suposto a tradução ser revista...por alguém que devia estar a dormir, neste caso. E não foram os únicos erros que encontrei, estes foram apenas os mais chocantes. Portanto, para quem tiver oportunidade de fugir da tradução e ler a versão original, aconselho a que o façam.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Férias por Nápoles, Costa Amalfitana e Apúlia - Parte #1 (Pompeia e Pimonte)

Ora então vamos lá começar o relato desta que foi a nossa última viagem internacional a dois antes de passarmos a ser uma família de três.
Adoramos Itália, tanto que foi a nossa terceira vez juntos por aquele país. 
Fomos pela Ryanair (na qual eu só voo mesmo por falta de alternativa, porque detesto as práticas mesquinhas deles de "vale tudo" para sacar dinheiro aos clientes) em voo direto para Napóles, a partir de Lisboa (os voos custaram pouco mais de 100€ por pessoa) e alugámos carro para andar por lá (uns 100€ o preço do aluguer para 9 dias).
Chegámos a Nápoles na sexta dia 7, de noite, e apenas dormimos por lá (visitámos a cidade no fim da viagem) num apartamento que não recomendo nem um pouco (que barulheira de trânsito durante a noite, senhores! e que almofada gigante!), tendo partido logo na manhã do dia seguinte para Pompeia e, depois, para a Costa Amalfitana.
Ainda tentei comprar os bilhetes para Pompeia previamente, pela net, mas o único dia para o qual não conseguia comprar era o que queríamos: o sábado, dia 8. Decidimos arriscar comprar na hora (se não conseguíssemos tínhamos margem para voltar noutro dia) e tivemos uma boa surpresa (penso ser esse o motivo pelo qual não conseguimos comprar online): naquele dia não se pagava bilhete, porque se comemorava uma data qualquer (um dos porteiros tentou explicar-nos o quê, mas digamos que língua inglesa não é o forte dos italianos, e italiano não é o nosso forte, pelo que ficámos sem saber que comemoração era). Mas percebemos que há à volta de uns 20 dias durante o ano em que a entrada não se paga, o que calha sempre bem (o bilhete custa 15€ por pessoa). Foi da maneira que doeu menos dar 10,5€ por 3 horas de parque de estacionamento (que achámos caríssimo, pois claro, mas só porque ainda não sabíamos o que nos esperava na Costa Amalfitana).








Gostámos imenso da visita e recomendamos.
Ao almoço fomos a um sítio sem grandes luxos mas com uma relação qualidade preço ótima, chama-se "Na Pasta". Se não me engano, o restaurante só tem massas, a dose não é gigantesca (dificilmente são em Itália, já que para eles a massa é uma espécie de entrada) mas é saciante e muito saborosa e pagámos à volta de 20€ para os dois.
Depois disso rumámos a Pimonte, para o Buona Stella B&B, onde passámos a noite. O alojamento tem vistas maravilhosas, tanto sobre a cidade como do mar e da montanha (tem um pouco de tudo), tem uma piscina pequena mas simpática e esta varanda, maravilhosa que vêem abaixo (no 1º andar), e que pertencia em exclusivo ao nosso quarto. O acesso ao alojamento é feito por uma estrada estreita e acidentada, pelo que chegámos lá a meio da tarde e só saímos na manhã do dia seguinte (o alojamento tem restaurante, jantámos por lá).

Da varanda do nosso quarto (com o Vesúvio ao fundo).




A vista da nossa varanda, já de noite.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

De regresso, com devaneios vários (em modo mais um capítulo do Diário de uma gravidez #9)


Barriguinha de 26 semanas a passear-se pela terra das pizzas.

Voltámos de férias na segunda feira, depois de 10 dias em Itália. Conhecemos lugares maravilhosos, passámos momentos únicos, mas - tenho que confessar - já estava com vontade de regressar. Não só porque apanhámos um calor difícil de suportar, mas também porque os seis meses de gravidez já não me permitem os níveis de energia de antes. E bem, na verdade, porque é sempre bom voltar a casa (e ainda bem que assim é).
E apesar de já me sentir com os níveis de energia a meio gás, continuo a dizer que se há grávida que não se pode queixar sou eu. Dificilmente poderia estar a ser mais abençoada e sinto-me mesmo profundamente grata por isso.
Ontem completámos 27 semanas, e assim entrámos no terceiro trimestre. E é mais do que tempo de  acalmarmos um pouco e começarmos a dedicar-nos mais "a sério" a preparar a chegada da nossa criança. Ainda só temos o carrinho e ovo escolhidos (e encomendados) - que era das coisas que me estavam a dar mais dores de cabeça porque há demasiada oferta para leigos no assunto -, algumas roupinhas e uns miminhos que nos têm oferecido. Falta tudo o resto - sendo que eu nem sei bem o que é que compõe este "resto" mas estou confiante nas aulas de preparação para a parentalidade que vamos começar dentro de alguns dias para me ajudar a descobrir.
Tenho (temos, os dois) zero experiência em bebés e em todos os assuntos relacionados com parentalidade, mas não duvido que, com mais ou menos sucesso, nos vamos safar (e também acredito muito que, por mais teorias que existam, há todo um fator sorte - ou azar - que depende de cada bebé e que vai tornar a coisa mais ou menos difícil sem que possamos fazer muito quanto a isso).
Tenho a sensação que ainda não caí em mim em relação a esta mudança radical que está para chegar às nossas vidas. E talvez só venha a cair quando ela acontecer efetivamente. Às vezes até me esqueço por momentos que estou grávida (mas dura pouco tempo, que o corpito trata de lembrar).
Se tudo correr bem...faltam três meses. Três meses que parecem um futuro muito longínquo mas que estão mesmo aí ao virar da esquina.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Diário de uma gravidez #8 - Quando a roupa deixa de servir

Antes de engravidar, eu andava empenhadíssima em reduzir a quantidade de roupa que compro. E até estava a ser bem sucedida, devo dizer. Quando engravidei, achei - talvez ingenuamente - que me safaria com alguns vestidos largos que já tinha em casa e que precisaria de pouca ou nenhuma roupa. Até que, aos poucos, ainda o verão não chegou, e eu já não consigo vestir mais de metade da roupa que tenho. E, se continua a não me apetecer comprar peças para usar exclusivamente na gravidez, também não me estava a apetecer muito passar os próximos 3 meses a vestir os mesmos 4 ou 5 vestidos.
Comprei 1 par de calças na H&M (o modelo é este e recomendo muito, são ultraconfortáveis) e uns calções para o verão, também da H&M (estes). Tudo o resto são vestidos, que dão para usar em modo grávida e em modo não grávida.


Este é da Lovely Pepa Collection e já é da coleção do ano passado mas custava uma pequena fortuna ao preço original. Comprei o S em (mega) saldos (e acho que caberia dentro dele mesmo ao nono mês de gravidez de quadrigémeos. tive que pedir a sodôna mãe para me dar um jeito nele). Daqui.


Não uso fato-de-banho para aí há coisa de 25 anos. Mas gosto de ver grávidas de fato-de-banho, pelo que aproveitei uma promoção da Ros e comprei este. Daqui.



Depois apaixonei-me por este da Springfield.




E por este da Hopiness (coleção do ano passado), que duvido que me vá servir por muito tempo em modo grávida. [E agora vamos ver se acalmamos no assunto praia.]



Este é da Mango. Aqui.



Este último é da Zara. Daqui.



Este da Springfield. Aqui.


Este da H&M. Daqui.



E apaixonei-me perdidamente por este da H&M.

Isto sem contar com os vários que, nos entretantos, fui comprando - e devolvendo - online, porque neste momento tudo o que não seja bastante largo (ou então bastante justo, mas apenas determinados formatos) me faz sentir um pequeno trambolho. (Nota mental: a gravidez é uma altura péssima para arriscar comprar online, acertar nos tamanhos é quase tão provável como acertar nos números do euromilhões).
De qualquer forma, para quem não contava comprar quase nada nestes meses, se calhar já era altura de me acalmar.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Road trip pelos Balcãs - Parte IX e última (Split e Trogir)

[Enquanto a pessoa se passeia por outras bandas, vamos lá à última parte do relato da viagem aos Balcãs].
De Dubrovnik rumámos a Split, também na Croácia, no nosso nono dia de viagem.
Split está muito longe de ser uma cidade feia e desinteressante, mas depois de termos conhecido Zadar e Sibenik - e de termos gostado imenso de ambas - achámos Split "mais do mesmo", mas em versão menos gira. Talvez se tivesse sido a primeira cidade costeira da Croácia que tivessemos visitado o impacto tivesse sido outro.
A primeira foto abaixo é ainda da zona de Dubrovnik, onde parámos para almoçar no início da viagem para Split. Foi pena ainda não estar temperatura digna de ir a banhos, porque vimos com cada cenário de mar mais apetecível que o outro. 
































A gastronomia nos Balcãs desiludiu-nos. Iamos com expetativas altas (de comer grelhados e marisco de alta qualidade) e foram defraudadas: os grelhados que provei eram demasiado gordurosos para meu gosto, e o marisco "a sério" custava uma pequena fortuna, pelo que passei a vida a comer massa e risotto de marisco, sempre de qualidade medíocre. Até que fomos ao restaurante Re Di Mare, em Split, e tivemos a melhor experiência gastronómica de toda a viagem (a par com o risotto de Rakovica). Eu, com uma massada de peixe e marisco e ele com um gnocchi recheado com salmão fumado. Já a sobremesa não era nada de especial (muito à base de bolos com creme, não é bem o meu género).


Na parte da tarde fomos a Trogir, uma cidade que fica a pouco mais de 30 minutos de Split. É mais pequena e mais pitoresca, gostámos muito.








E no décimo dia de viagem regressámos a Zagreb para queimar os últimos cartuchos da viagem, e regressar a Lisboa no dia seguinte.
O balanço da viagem? Muito positivo. Gostei muito e recomendo.
O top 3 da viagem? Mostar (na Bósnia), Kotor (no Montenegro) e os Lagos Plitvice (na Croácia).
Aquilo que nos impressionou menos (apesar de não ter havido nenhuma cidade da qual não tenhamos gostado)? Zagreb e Split (na Croácia).