quinta-feira, 31 de março de 2016

Crónicas de uma mudança anunciada #7

Ainda está bem presente na minha memória a alegria que foi encontrar o T1 onde iniciámos a nossa vida a dois, e que nos albergou nos últimos três anos. Com a vantagem (desvantagem, dirão alguns) de trabalharmos no mesmo sítio, e conhecendo Lisboa muito bem, foi relativamente fácil decidir onde queríamos morar (o mais próximo possível do trabalho, e de preferência que desse para irmos a pé, mas que fosse também uma zona segura).
O nosso T1 era pequeno (nos últimos meses cheguei a ter alguns pullovers em cima de uma cadeira, no closet, porque já não havia espaço onde os pôr), tinha problemas de humidade (para além de ser um prédio antigo, a exposição solar é pouca por estar rodeado de outros prédios) e a insonorização não era a melhor (mais uma vez, prédio antigo. neste momento só ouvimos o vizinho a ressonar, mas em tempos, quando ele se mudou para o nosso prédio, ouvíamos outras atividades do senhor, se é que me faço entender, dia sim, dia sim, sempre de madrugada).


Mas dizia eu que o nosso humilde lar era pequeno e tinha problemas de humidade e insonorização, mas fez-me tão, mas tão feliz nos últimos três anos. Porque foi o primeiro lar que partilhámos os dois. Porque nos permitiu ir almoçar a casa todos os dias, porque pudemos sair de casa 10 minutos antes de começar o nosso horário de trabalho, e chegar a casa 10 minutos depois dele acabar. E, last but not least, porque eu podia ir passear à Baixa a pé, ou ir correr à beira-rio sem tem que pegar antes no carro.
Hoje é dia de dizer adeus ao nosso T1. O nosso T3 espera-nos (daqui a dois dias lá estaremos).

quarta-feira, 30 de março de 2016

Inspirações



E o que eu queria que a nossa marquise ficasse igualzinha a este espaço?

Sou um rato


Tive ontem a última aula de Sh Bam com o meu professor-adorado-espécie-de-ídolo (se vocês soubessem o quanto ouvi o senhor namorado meter-se comigo durante os últimos três anos por causa da minha adoração pelas aulas do senhor) e não tive coragem (foi mais vergonha) de me despedir dele no fim (e agradecer por tantos finais de terça-feira felizes). Se há pessoa que merecia um elogio por ser bom naquilo que faz era ele. Sou um rato assumido.

terça-feira, 29 de março de 2016

Estou tão tramada



O dia em que visitámos aquele que depois escolhemos para ser o nosso novo apartamento foi de tal forma intenso que cheguei à noite e não me lembrava de metade da casa. Cheguei ao ponto de não me lembrar, de todo, como era a sala do apartamento escolhido, ou o tamanho do vestuário da suite.
Quando lá fomos pela segunda vez, colocar toda a nossa tralha e assinar o contrato de arrendamento, tive oportunidade de ver tudo com mais atenção (e de ficar maravilhada com o tamanho da sala, para a qual tenho planos de decoração maravilhosos!) não só por dentro, como de olhar com atenção para a nossa rua. E de entrar na confeitaria mesmo ao lado da nossa porta onde, apesar de ter um aspeto muito modesto (confesso que pelo aspeto não dava grande coisa por ela), fui descobrir os mais variados pães e bolos, entre os quais duas das minhas maiores perdições doces: croissants (ainda por provar) e húngaros (que já comprovei que são deliciosos). E eu já sabia que o norte está cheio de confeitarias maravilhosas, mas uma pessoa como eu ter uma à porta de cada é um verdadeiro pe-ri-go.
Conclusão: estou tão, mas tão tramada.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Crónicas de uma mudança anunciada #6

Começámos a saga da mudança na manhã de sexta-feira. Depois de pesquisar os preços de um serviço completo de mudanças e nos apercebermos que a coisa nos poderia chegar perto dos 1000€, decidimos alugar uma carrinha e fazer nós dois todo o trabalho (vivendo nós num 2º andar sem elevador, estão a imaginar a coisa). 
Ao início da tarde fomos ao stand buscar a carrinha que usaríamos para a mudança. Primeiro filme: percorrer as ruelas da nossa zona (algumas minúsculas) e desejar primeiro manter a carrinha intacta em cada curva e segundo o quase milagre de conseguirmos um lugar à frente de casa. Não conseguimos, pelo que deixámos a carrinha a uns bons 200 metros de casa. E foi assim que levámos para lá uma série de caixotes e o sofá (em 10 peças, para aí) até que pedimos a um vizinho que nos cedesse lugar à frente de casa.
Eu só via a carrinha cada vez mais cheia e a casa...continuava cheia. Um desespero!
Lição nº1 a retirar deste episódio: o nosso T1 não tem pouca arrumação, somos mesmo nós que temos muita (claramente demasiada!) tralha.
Demos a tarefa por encerrada naquele dia já era praticamente meia noite, ainda sem conseguirmos avistar o fim da coisa.
Logo pela fresca, no sábado, tive um amigo (aka salva-vidas de serviço) a quem, em desespero, pedi para ir lá a casa ajudar ajudar o senhor namorado a levar o colchão da nossa cama (que é gigantesco, é tamanho sultan) para a carrinha e ele lá apareceu (mil obrigadas A.!). Ao fim da manhã, quando a energia, a paciência e o espaço na carrinha já escasseavam, decidimos que o pouco restante ficaria provisoriamente por Lisboa, na garagem do meu irmão.


Fizemo-nos à estrada e fomos em direção ao nosso novo apartamento, onde nos esperavam o senhorio, a esposa e o filho, assim como sodôna sogra e senhor cunhado. Assinámos o contrato de arrendamento e começámos a desempacotar. O filho do senhorio pôs logo mãos à obra e começou a ajudar (e eu nem queria acreditar em tamanha disponibilidade e simpatia, e disse várias vezes que não era preciso mas sem êxito) o senhor namorado e o irmão, que ficaram a esvaziar a carrinha (e a pôr a maior parte no elevador. bendito elevador!), enquanto eu e sodôna sogra púnhamos a tralha dentro do apartamento. Quando praticamente uma hora depois me disseram que as peças que me estavam a dar para a mão eram as últimas eu nem queria acreditar! Tudo bem que a tarefa era bem mais simples do que empacotar e ainda ter que transportar tudo sem elevador, mas as mãos extra fizeram toda a diferença. 
Fomos devolver a carrinha, e em vez dos 260€ que teríamos pagar por ter estado com ela dois dias, tínhamos um farol partido (que não nos lembramos de ter partido, mas adiante) que nos custou mais 200€. Auch! Depois de todo o trabalho que tivemos para poupar umas centenas de euros, foi doloroso. 
Em relação à opção que tomámos de fazer tudo sozinhos, aconselho apenas a quem se esteja a mudar de um apartamento minúsculo e que tenha ajuda para isso, porque a dois é tarefa demasiado complicada. Quando penso no que passei (e sinto as dores nas costas e nos braços), sou capaz de jurar que vou ficar no apartamento novo o resto da vida, só para não ter que passar por aquilo outra vez. Isso ou perder o amor ao dinheiro e pagar para fazerem o trabalho por mim (que será, claramente, a opção da próxima vez).

quinta-feira, 24 de março de 2016

Diz que vem aí fim-de-semana prolongado


Sol. Passeios à beira-rio. Ler um livro. Ver filmes no sofá. Procrastinar... era bom, era!
A sexta-feira vai ser passada a empacotar tralhas e desmontar móveis (o ponto alto do dia vai ser se eu conseguir arranjar tempo para enfiar uma aulita de zumba ali pelo meio). O sábado vai ser passado a levar a dita tralha e os ditos móveis por esse país acima (e devemos assinar o contrato de arrendamento do nosso novo apartamento...ieiiii!).
Mas eu vingo-me no domingo, na casa da sogra. Com uma dose industrial de amêndoas e demais gordices (só dispenso o folar, que eu não aprecio o recheio do dito cujo).
Quanto a vocês, meus queridos leitores, se não nos voltarmos a "falar" até domingo, aproveitem estes dias para fazer tudo aquilo que eu não vou conseguir fazer, sim? Boa Páscoa para todos.

quarta-feira, 23 de março de 2016

A culpa é toda deles


Mandei email aos meus colegas mais próximos a marcar um almoço de despedida para a próxima semana. Abri-lhes um bocadinho do meu coração e disse-lhes que se isto me custa tanto é pelo facto de se terem cruzado no meu caminho pessoas especiais como eles. Recebi respostas cheias de carinho, muitas das quais me deixaram à beira das lágrimas, e fiquei mesmo feliz de saber que a maior parte deles salienta o meu sorriso e boa disposição (difícil vai ser convencer os colegas do Porto do mesmo nos primeiros dias, mas prometo que vou dar o meu melhor).
É verdade que gosto muito de Lisboa, mas pudesse eu  levar estas pessoas todas comigo para o Porto e isto não me custaria nem um centésimo.


Houve uma resposta que me tocou particularmente: "O edifício vai ficar um pouco mais escuro sem o brilho do teu sorriso". Para além de espetaculares, os meus colegas ainda são uns poetas ;).

terça-feira, 22 de março de 2016

Coisas boas da mudança






Planear cada detalhe da nova casa. A sala é de longe a divisão que mais me entusiasma. E o Pinterest tem com cada uma que me deixa com vontade de me mudar já.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Fim-de-semana bom

Aproveitei o meu último fim-de-semana em Lisboa para fazer alguns dos meus programas favoritos: desporto e ingerir muitas calorias.
Na manhã de sábado houve um evento no meu ginásio, a propósito do lançamento das novas coreografias das aulas de grupo, e lá fui eu fazer uma aula de dança que tanto gosto e vou deixar de ter quando mudar de ginásio: Sh Bam. Fazia intenções de ir também ao Zumba, mas com a Meia Maratona planeada para o dia seguinte achei melhor poupar as pernas e fazer uns exercícios de braços (com pesos) e ir embora (big mistake, no dia seguinte, na Meia Maratona, os meus ombros pareciam pesar toneladas. nunca pensei que os braços fossem tão importantes numa corrida até ter corrido com eles doridos. levem este conselho convosco e usem-no com sabedoria, sim?). 
Seguiu-se um almoço de sushi delicioso no Arigato. As saudades que eu tinha disto!


O domingo foi dia de acordar cedo e apanhar o comboio para Almada, para fazer a Meia Maratona da Ponte 25 de abril. A única vez que fui a esta corrida foi há dois anos, altura em que fiz a Mini Maratona. Lembro-me perfeitamente de ter passado pela parte em que o percurso da mini e da meia se separam e de ter olhado para o lado dos 21 km como uma autêntica utopia, algo que não era nem nunca seria para mim. Ontem, enquanto passava por aquele mesmo sítio enquanto fazia a minha 3ª Meia Maratona, não pude deixar de sorrir e de me sentir orgulhosa com o meu percurso.

Arrisquei a minha vida para tirar esta foto enquanto corria, e ficou com este efeito estranho mas engraçado.

Não sei se foi a chuvada da véspera que assustou o pessoal, mas tendo nós chegado perto da partida dez minutos antes do começo (foi um filme para sair da estação, e outro para ir ao wc) esperávamos ter muito mais gente à nossa frente na partida. Mas este foi o único momento em que achei que estava pouca gente, porque durante toda a prova, ao longo de 21 km, foi muito difícil relaxar e desfrutar da corrida. Estivemos sempre rodeadas de imensa gente, cada vez que queríamos ultrapassar alguém era um filme, e tínhamos receio de ser empurradas e cair a qualquer momento, atendendo ao mar de gente que nos ultrapassava constantemente.
Nunca estive em sofrimento, senti apenas o cansaço normal nos últimos quilómetros, em que as pernas começam a ficar mais e mais pesadas a cada passo.
O senhor São Pedro foi muito amigo, deu-nos sol na maior parte do tempo e até nos brindou com umas belas nuvens durante uns bons 4 ou 5 km (e mal entrei no carro a caminho de casa apanhámos chuva), e atravessámos a meta poucos segundos antes de fazermos 2 horas e 4 minutos. 


O resto do dia foi passado em casa, mas não propriamente em modo descanso. Ainda arranjei energia para pôr as mãos na massa e experimentar a receita muito fit de brownies de courgette e quinoa (do blogue da Miss Fit), que ficaram bem saborosos.
E agora que comece a penúltima semana de trabalho em Lisboa.

sábado, 19 de março de 2016

Empacotar 11 anos de vida


Fomos comprar caixotes para empacotar a "tralha" toda que temos que levar connosco para o norte. Cheguei a casa muito bom disposta e motivada com a ideia de começar a despachar trabalho (o nosso objetivo é levar a maior parte das coisas para a casa nova no sábado, apesar de só nos mudarmos definitivamente no fim-de-semana seguinte).
Agarrei em toda a minha roupa de verão, espalhei-a pela cama, pus música a tocar e comecei a organizar a roupa. Nem dois minutos passaram e já toda a minha motivação tinha desaparecido para parte incerta, e eu dei por mim sentada a meio de calções e vestidos, lavada em lágrimas (em minha defesa, a música que estava a tocar era mesmo deprimente - daquelas que eu adoro, portanto. já agora chama-se "How long will I love you" e estou viciada nela desde que vi o filme About time).
Prevê-se uns dias muito animados por estes lados, está mais que visto.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Decisions, decisions...


Para não voltar a entrar em depressão com o facto de faltarem duas semanas para eu abandonar a minha querida Lisboa (me-do!), tenho feito um esforço (gigantesco) para me focar nos aspetos positivos que a mudança me vai trazer. E um deles - ou não andasse eu completamente viciada em exercício físico - é não só as belíssimas corridas que eu já me imagino a fazer entre Gaia e o Porto, sempre com o Douro como pano de fundo (e juro-vos que só de pensar nisto o meu coração já bate mais rápido com o entusiasmo) como o facto de deixar de ter que atravessar metade da cidade, de carro, para chegar ao ginásio.
Se por um lado tenho pena de deixar o meu querido Fitness Hut, onde já me sinto em casa, e os  meus professores preferidos já me conhecem e me tratam pelo nome, por outro estou para lá de entusiasmada com o facto de ir ter pelo menos dois ginásios a menos de 1 quilómetro de casa (isto é bom demais!) e a possibilidade de conseguir fazer uma máquina em hora de ponta sem ter pessoas em fila de espera, todas para o mesmo. 
Agora a dúvida é se quero ir para o Virgin Active, que dizem ter todas as condições e mais alguma (e que espero que não esteja à pinha em hora de ponta - que é quando eu posso ir porque sou demasiado preguiçosa para ir de "madrugada") ou um ginásio familiar que me parece ter condições também muito boas (embora não se comparem, obviamente, às do Virgin) mas com menos opções de aulas de grupo e menos 20€ de mensalidade.
Decisions, decisions... (mas das boas. ou antes, das maravilhosas!)

quinta-feira, 17 de março de 2016

Então e leituras?

Ando uma preguiçosa do pior, é só o que vos digo. De dezembro até agora li três míseros livros. Lá se foi o belo do objetivo de ler 24 livros este ano (ou então não, que da maneira que eu sou de fases ainda há esperança de se apoderar de mim o bichinho da leitura outra vez em todo o seu esplendor antes do ano acabar).
Bom, como estava eu a dizer, desde dezembro só li três livros, mas foram três livros bons.

"Toda a luz que não podemos ver" passa-se em França, na época da segunda guerra mundial (nunca me farto de ler sobre este tema). Tem algumas imprecisões históricas (palavras dos entendidos, que os meus conhecimentos não são suficientes para tecer tais opiniões) mas a história dos personagens principais é muito envolvente e comovente. É uma história essencialmente sobre amizade e o amor (entre familiares). 

"Cidade de ladrões" também se passa na 2ª guerra mundial, mas em Leningrado (atual São Petersburgo), retratando uma realidade com a qual eu não estou tão familiarizada. Apesar de ter passagens muito cruéis, gostei imenso das histórias de amizade e do humor subtil do autor. Também recomendo.

Estava para ler "A verdade sobre o caso Harry Quebert" há séculos. Não me aconteceu aquele fenómeno que muita gente descreveu de não ter conseguido parar de ler o livro até chegar ao fim (talvez também devido ao facto de eu andar numa fase preguiçosa) mas gostei das voltas e reviravoltas que a história dá até, finalmente, sabermos o que é que aconteceu realmente a Nola. 
Gostei da vertente policial da história, mas não gostei da vertente "história de amor", demasiado novelesca e lamechas (no mau sentido. ou então é a minha veia romântica que anda demasiado realista, não sei).

quarta-feira, 16 de março de 2016

Crónicas de uma mudança anunciada #5


Passei por uma fase em que via a minha mudança de forma muito negra. Só conseguia pensar naquilo que ia deixar para trás, em tudo o que nunca mais ia (ou nunca mais vai) ser como antes, e em como vai ser chegar a um lugar onde vou ter que estar oito horas por dia a trabalhar longe do pessoal (e do ambiente) espetacular que tenho aqui, em Lisboa. Em cima de tudo isto (ou também por tudo isto) cheguei a questionar aspetos que tinha como adquiridos na minha vida (foi, sem dúvida, a parte que mais custou).
A meio do mês de fevereiro, arranjei coragem sabe deus onde para fazer uma coisa que tinha que ser feita há muito tempo, que me deixou ainda mais de rastos nos dias que se seguiram (e que, como já disse antes, não posso desenvolver aqui porque implicaria magoar pessoas de quem gosto muito) mas que, aos poucos, foi a responsável por eu recuperar o ânimo e voltar a sentir-me em paz comigo própria e com as minhas decisões.
Neste momento, apesar de estar naquela que é suposto ser uma das fases mais difíceis da minha mudança (faltam duas semanas para nos mudarmos) e de ter mil e umas coisas (chatas, muito chatas) para tratar, sinto-me serena e, mais importante, focada nos aspetos positivos da mudança. 
Tenho uma casa com o dobro do tamanho que a minha atual para decorar (e que vai ficar linda), tenho uma cidade inteira por descobrir, e no meio disto tudo ainda tenho amizades no Porto (poucas mas muito boas) que vão tornar tudo isto mais fácil
Tenho uma nova vida pela frente, e sinto-me finalmente preparada para vivê-la.

terça-feira, 15 de março de 2016

Se eu não estivesse para mudar de casa...

Retirando a peça que fui trocar por altura do meu aniversário, não compro roupa há mais de dois meses (mas a minha veia consumista era capaz de jurar que já foi há uma vida). Com a mudança de casa mesmo aí (e todos os gastos associados) e a marcação das férias de verão (que implicou comprar uma viagem para a Madeira e outra para a Rússia) e, convenhamos, o facto de o meu tempo livre não abundar nos últimos tempos, tenho tido as condições ideais para resistir às tentações.
Mas de vez em quando lá bate uma curiosidade e uma pessoa cai no erro de ir cuscar as lojas mais "perigosas" (aka Mango), que lhe arrancam uns quantos suspiros...






Falta muito para receber o reembolso do IRS? Ou o subsídio de férias?

segunda-feira, 14 de março de 2016

Crónicas de uma mudança anunciada #4

Foi um fim-de-semana em cheio, o que passou. Fomos dormir a Braga na sexta-feira, passámos o sábado no Porto e regressámos ao final da tarde para Lisboa, porque eu tinha uma corrida combinada para o domingo de manhã.
Não é nada fácil procurar um apartamento para morar numa cidade que fica a 300 quilómetros daquela onde vivemos. As ofertas mesmo boas são muito escassas, desaparecem do dia para a noite (literalmente), e nós vamos vendo as melhores oportunidades desaparecem, porque não estávamos disponíveis para ir fazer a visita a meio da semana.
Houve dois casos em especial que nos frustraram muito: uma visita que agendámos na quinta-feira de um apartamento espetacular cuja agente na sexta-feira tratou de nos mandar sms a dizer que afinal tinha acabado de arrendá-lo, e outro que adorámos também, para o qual eu tinha ligado no início da semana e me tinham dito para ligar na sexta para agendar a visita para sábado: pois que passei a sexta-feira a telefonar e nada de me atenderem.  E foi assim que ficámos sem as visitas dos dois apartamentos que mais características reuniam para nos fazer felizes.
Demos por nós no sábado com apenas quatro visitas marcadas, e nem uma a um apartamento que reunisse todas as condições que queríamos. Mas já que ali estávamos, lá fomos ver o que havia.
Começámos por ver um T3 e um T4 na Maia. Absolutamente espetaculares, novos e enormes (o T4 tem 3 vezes o tamanho do nosso apartamento atual).Em 30 minutos de metro estaríamos no centro do Porto mas a zona à volta dos prédios era muito rural, demasiado para mim. Eu sou menina de confusão e movimento, e ali sentia-me na aldeia (não estou a criticar, atenção, sou mesmo eu que não me dou em lugares demasiado calmos. e acredito que a Maia não seja toda assim, mas aquela zona era). Até vacas a pastar no campo tinha. Eu não aguentaria tanta paz.


O terceiro apartamento que vimos foi o único que fica no Porto, a 10 minutos a pé do nosso trabalho. O apartamento, que ainda está habitado por três estudantes, estava um autêntico nojo, e eles não pareceram minimamente incomodados por nos estar a abrir as portas com ele naquele estado. Adiante: era moderno e grandinho, mas tinha problemas de humidade, e o senhorio não nos pareceu ser uma pessoa séria (cheira-nos que mal soubesse qual é a nossa profissão, quem não nos queria como inquilinos era ele).
Acabámos a tarde em Gaia, num apartamento que fica perto da Ponte da Arrábida (o extremo oposto em relação aos da Maia), com o dobro do espaço do apartamento em que estamos neste momento, mas que consegue ter uma renda inferior em 50€. Não tem garagem como queríamos, não dá para ir a pé para o trabalho (mas à partida também não demoraremos mais de meia hora a lá chegar, segundo o que averiguámos), mas está renovado, tem varanda, é grande, é T3 como queríamos, tem duas janelas com vista para parte da zona ribeirinha (olhem só o luxo) e tem pelo menos dois ginásios a menos de 1 km de distância (alegria!).
Não foi por amor à primeira vista que o escolhemos (confesso que a minha veia romântica, que já foi bem maior, tinha uma réstia de esperança que a coisa se passasse assim). Mas foi mesmo por falta de opções (e por estarmos cheios de medo que alguém decidisse antes de nós ficar com ele). Mas acredito que tem muitaopotencial para fazer de nós pessoas felizes enquanto lá vivermos. Pelo que já demos o nosso "sim", e já recebemos um "sim" de volta. Só fica a faltar formalizar a coisa.

[E já agora, falta também o chefe no trabalho nos dar os 2% de certeza que faltam de que podemos mesmo ir embora no fim do mês. É ou não é uma animação esta minha vida?]

domingo, 13 de março de 2016

Derrubar barreiras (ou das minhocas que insistimos em deixar habitar a nossa cabeça)


Eu estava convencidíssima que, enquanto corredora, tinha nascido para ser tartaruga e que nada faria mudar isso, quer corresse 5, 10 ou 21 quilómetros. Convenci-me de que a minha "cena" na corrida são as longas distâncias e que velocidade não é para mim. 
Há muitos meses que eu não fazia uma corrida oficial com distância abaixo dos 20 km (e os meus treinos também costumam ser sempre acima dos 10 km), mas tenho um carinho especial pela corrida solidária da APAV e, ainda por cima, sendo estas as minhas últimas oportunidades para correr em Lisboa sem ter que percorrer 300 km de comboio para cá vir (e mais 300 para regressar) decidi inscrever-me. E, apesar do dia lindo que estava (e que, para não variar, me valeu uma valente dor de cabeça nas horas que se seguiram à corrida) meti na cabeça que ia dar o meu máximo e provar a mim própria que também sei ser rápida quando quero. E fui. Rápida como nunca tinha sido antes, e sem ter estado nunca em grande sofrimento (e acabei a corrida com menos 2 minutos do que no ano passado). 
Está muito longe (a anos-luz, diria eu) de ser um tempo maravilhoso, mas para mim foi um recorde de velocidade (5:17 min/km), e só por isso já valeu a pena ter madrugado para ir correr. Porque provei a mim própria que afinal também sei ser rápida.


(Por isso e pelos pastéis de Belém no fim, vá.)

sexta-feira, 11 de março de 2016

És pouco vaidosa, és... #2





Vaidades dos últimos tempos. Raramente uso calças durante a semana, o que eu gosto mesmo é de saias e vestidos (não se nota nada, pois não?).

quinta-feira, 10 de março de 2016

Lisboa, Lisboa...




Para mim, não há lugar mais bonito que este em Lisboa, nem altura do dia mais bonita que esta para apreciá-lo.
Já voltou a ser dia quando saio do trabalho, e ontem (depois e ter sido informada há poucos dias que tenho uma Meia Maratona para correr no dia 20) achei que devia retomar os treinos. Apesar de cinzenta e fria, Lisboa estava linda. Tão linda que fiz 15 km sem grande esforço (ok, o frio também foi uma grande ajuda).


[As saudades (monstras) que eu vou ter destas vistas...]

quarta-feira, 9 de março de 2016

Crónicas de uma mudança anunciada #3


Chegado o mês de março, retomámos a nossa procura por um humilde lar para nos albergar no Porto. E, meus amigos, tenho a dizer-vos que a coisa não está fácil. Se é lindo de morrer, com um preço aceitável e no centro da cidade... é porque fica num rés-do-chão. Se é gigantesco, novo e com um preço aceitável...é porque fica a 20 km do trabalho. Se tem bom aspeto, é grande e fica no centro da cidade... custa um balúrdio. E por aí adiante.
Já contactámos alguns apartamentos e vamos passar o próximo sábado a fazer visitas (isto de só conseguir fazer visitas ao sábado, porque estamos a trabalhar em Lisboa, também não nos facilita propriamente a vida) , mas até agora nenhum deles tem todas as condições que queríamos, o que nos levou a ser mais flexíveis. Estamos dispostos a ficar mais longe do centro do Porto se for para ficar com um apartamento que valha meeesmo a pena (desde que os acessos para o trabalho sejam bons), mas até isso já tenho receio de não encontrar. Era tão, tão bom que resolvêssemos o assunto já no próximo sábado!

terça-feira, 8 de março de 2016

Férias de Marias no Canadá - parte IV (e última)

No domingo acordámos cedo e rumámos a Niagara Falls, que fica a pouco mais de 100 km de Toronto (tivemos a sorte de ir de carro, portanto fez-se muito bem).

A meio caminho, parámos para abastecer o estômago com um brunch maravilhoso. A primeira reação das duas "marias portuguesas" quando nos disseram que não havia panquecas no menu dos brunchs foi dizer que tudo o que vemos nos filmes é uma fraude (isso e o brunch ser uma refeição entre o pequeno-almoço e o almoço. pelo menos no sítio onde fomos, o brunch é servido entre as 9h e as 11h da manhã), mas a desilusão passou-nos em três tempos, quando vimos que havia crepes para todos os gostos, doces e salgados (e cada um mais saboroso que o outro). Eu partilhei um doce e um salgado, e fiquei alimentada por mais de quatro horas.

As cataratas ficam mesmo na fronteira com o Estado de Nova Iorque, nos EUA, e têm uma parte canadiana e outra americana (a canadiana é mais imponente). As três primeiras fotos são da parte americana. A queda de água estava em estado líquido, mas a parte plana, do rio, estava gelada nesta zona.

Parece mentira, mas neste dia a temperatura máxima que o termómetro do carro marcou foi 18ºC (positivos - esta é a parte estranha). A amplitude térmica no Canadá é enorme (no Inverno chega a -30ºC e no Verão a 40º C) e a temperatura muda drasticamente, literalmente do dia para a noite. Da nossa experiência na 6a feira tivemos temperaturas abaixo dos -10ºC, no sábado estavam poucos graus positivos, no domingo estava um belo dia de primavera, e na 2a feira voltou a cair a pique (na 3a, quando já lá não estávamos, já houve tempestade de neve).


Esta já é a parte canadiana, a mais deslumbrante sem dúvida.

Aqui a vista já é da Skylon Tower que subimos (a subida custa 15 dólares), tem 158 metros e a vista vale muitíssimo a pena (dá-nos uma perspetiva mais abrangente). 

Acho que nunca tinha sentido tanto vento como senti em cima desta ponte. Desisti de tirar fotos com o tablet com a mão fora da proteção porque estava mesmo a ver que ele me ia fugir das mãos, tal era a força do vento. Uma coisa verdadeiramente assustadora.


Depois da visita às cataratas fomos até Niagara on the Lake. Pelo caminho encontrámos esta ultra mini igreja. E Gelatina Maria tentou pedir a deus e todos os santinhos para prolongar aquela viagem tão boa (não resultou).

Passeio por Niagara on the lake.

O piadão que eu achei a este tapete! Tenho que mandar fazer um igual para pôr à entrada de casa =).

E depois de um dia inteiro de passeata, foi tempo de vermos a cerimónia dos óscares em horário nobre (e mesmo assim conseguimos já estar a dormir à hora em que atribuíram os óscares mais importantes).
A segunda-feira serviu para pouco mais do que arrumar a mala e tratar de gastar os últimos dólares. Apanhámos o avião para Frankfurt por volta das 19h do Canadá e chegámos lá eram 8h30 da manhã (hora da Alemanha). Às 11h30 de Portugal estávamos a aterrar em Lisboa (foram nove horas de voo no total).
O melhor da viagem? Ver a minha Maria (está claro), as Niagara Falls e a simpatia dos canadianos (devem ser o povo mais simpático que já conheci, se bem que os nova-iorquinos não ficam nada atrás, deve ser uma característica comum a toda a América do Norte). O pior: só consigo mesmo apontar a viagem em si. E o facto de ter voltado provavelmente com mais 5 kg, porque os doces são tantos e tão bons que não há quem resista.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Férias de Marias no Canadá - parte III

Depois de um primeiro dia dedicado às compras, o sábado foi dedicado a visitar o centro de Toronto. 

Começámos por subir à CN Tower (o preço é de 35 dólares), que tem 553 metros de altura e nos dá uma panorâmica espetacular sobre a cidade.

Esta vista fez-me lembrar imenso Nova Iorque. Com menos glamour, é certo, sem o verde do Central Park, com menos arranha-céus e menos imponentes, mas não deixa de ser semelhante.





Depois de subirmos à torre fomos passear pelas principais ruas de Toronto.

Com paragem no Tim Hortons para almoço (e para provar uma cookie deliciosa de red velvet e cream cheese, e outra também muito boa de chocolate e manteiga de amendoim).

Este é um campus universitário que nos deixou encantadas. Quem nos dera a nós ter estudado num sítio com esta pinta (segundo sodôna Maria, muito ao estilo Hogwarts do Harry Potter)!


Enquanto percorria as principais ruas de Toronto voltei a sentir-me em Nova Iorque (mas não necessariamente nas ruas principais), com duas grandes diferenças: Toronto é muito limpinho e não cheira mal (NY cheira muito a lixo) e tem (ou pelo menos tinha) muito, mas mesmo muito menos gente que NY (e não era pelo frio, porque a temperatura até estava suportável naquele dia). Acho que quem conhece Nova Iorque dificilmente ficará deslumbrado com Toronto (porque acaba por ser uma NY em ponto pequeno e com menos imponência), mas se apreciam esse estilo de cidade vão gostar de Toronto. Eu gostei.