segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

2018 - 2ª parte

Em finais de julho cumpri a tradição e fui uma semana à Madeira (e Porto Santo). Neste momento, das várias viagens que faço à Madeira durante o ano, é a que me sabe melhor. Oh mar mais maravilhoso!



Em agosto houve visita dos pais e passámos um fim-de-semana maravilhoso no Alentejo.


E também houve passeios a norte para visitar a família do senhor namorado.



E em outubro rumámos à segunda grande aventura do ano, desta vez para os lados da Ásia, e fomos conhecer o Nepal. E foi memorável.




E mais passeios de outono com temperaturas de verão à minha Madeira.


Obrigada 2018 por me teres tratado tão bem.

domingo, 30 de dezembro de 2018

Do Natal

Bem sei que o Natal já foi há uma vida, mas a vontade de escrever por aqui não tem abundado.
Fui uns dias à Madeira como de costume, para um Natal com temperaturas de verão (20º/21ºC durante o dia). Estive com a família mais próxima, descansei muito (que é coisa que faço pouco quando estou por Lisboa, porque arranjo sempre com que me entreter, mesmo em casa), comecei a ver a série A verdade sobre o caso Harry Quebert (vi os 5 episódios que já passaram na televisão e estou a gostar bastante. já tinha lido o livro mas eu e a minha memória de lagartixa já não nos lembramos de grande coisa, pelo que se mantém o fator mistério), vi filmes de animação (Boss Baby e À procura de Dory) e matei saudades da comida da mãe.
Quanto a prendas, eu bem disse que cada vez gosto menos desta parte: as que foram a pedido correram muito bem, as restantes nem por isso. E tudo estaria mais ou menos bem, se não houvesse algumas pessoas que, não duvidando eu das suas boas intenções, nunca (!) se lembram de juntar os talões de troca, e depois uma pessoa lá fica entalada com coisas que nunca vai usar na vida. Mas falemos das que vão ser (muito) usadas.
Finalmente tenho umas sabrinas pretas de qualidade e confortáveis (que espero que durem pelo menos uma década), prenda dos pais (mas temo que com as temperaturas que estão neste momento, só as vá estrear lá para a primavera).




(Foto tirada do Instagram da Josefinas)

Ao senhor namorado pedi uma mala linda da Bimba y Lola (que, como eu não tinha chegado a estrear, devolvemos quando vimos que estava 30€ mais barata uns dias depois. Já foi "recomprada" entretanto pela net e já vem a caminho...).

E, também escolhido por mim, e porque me deu para gostar de padrão cobra mas não sei quanto tempo isso vai durar, escolhi um vestido da Stradivarius que tinha o modelo exato que eu queria.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

2018 - 1ª parte

Depois de um 2017 bastante complicado, 2018 tratou-me bem. Muito bem, até. Foi o ano que me trouxe de volta a minha paz de espírito depois de uma fase muito conturbada, que me permitiu voltar a ser eu própria, a sorrir com (mais) vontade, e a conhecer-me cada vez melhor.
Comecei 2018 a dar os primeiros passos num dos meus vários planos que estavam há séculos à espera de um empurrãozito e que tem sido tão gratificante: fazer voluntariado na Refood.
O fim-de-semana pós aniversário foi passado a conhecer algumas aldeias de xisto: Gondramaz, Cerdeira e Candal e Talasnal. E foi espetacular.



























No carnaval houve visita dos pais a Lisboa, e fomos passear a Évora.




































Em março fizemos a nossa primeira grande viagem do ano: fomos ao Peru e foi absolutamente memorável (só não foi perfeito porque apanhámos uma carga de água e muitas nuvens no Machu Picchu).






































Houve passeios em família por Lisboa na Primavera.

Visitas relâmpago à minha Madeira.

Mais passeios bons de Primavera.

E visitas à terra de sodôna sogra (Viana).


E em junho fizemos umas mini férias em Marrocos e eu conheci, finalmente, Chefchaoen, que é uma cidade maravilhosa.


(continua)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Natal e prendas

Imagem daqui.

Eu gosto muito do Natal, mas aqui me confesso: cada vez gosto menos da parte das prendas.
Não gosto de comprar coisas por obrigação seja para quem for e também dispensava bem recebê-las. Porque, não querendo soar mal agradecida, a verdade é que sou uma privilegiada a quem não falta nada (assim como são todas as pessoas a quem dou prendas) e, ou a coisa é feita de forma muito pouco romântica e dá-se prendas "a pedido", ou dificilmente se acerta em algo que vá efetivamente ser útil na vida do presenteado (e mesmo que nós compremos algo com a melhor das intenções e cuidado, a achar que vai ser usado pela outra pessoa porque é uma ideia tão gira, nem sempre a outra pessoa pensa como nós e lá vai aquilo fazer companhia à demais tralha que uma pessoa tem em casa arrumado num canto). E eu, cada vez mais, tenho aversão a tralha. E tralha com valor sentimental é a pior categoria de tralha, porque uma pessoa sente-se obrigada a albergar aquilo em casa durante tempo suficiente para conseguir viver com a sua consciência no momento em que já não parecer precipitado assumir aquilo que sabíamos desde o dia em que a recebemos: que não usamos aquilo e portanto tem que seguir o seu caminho.
Desde que sou adulta (ou até antes disso) que sou eu que escolho (e na maior parte das vezes até compro) a prenda que os meus pais me dã a mim, assim como a dos meus avós para mim (e na maioria das vezes também digo ao senhor namorado o que quero, e vice-versa). E é da maneira que aproveito para escolher coisas de que gosto mesmo e que não fazem assim tanta falta mas como "tem que ser" lá posso aproveitar para me permitir aquele luxo.
Imagino que não seja fácil fazer com que a família alinhe nisto (talvez a mais chegada, hei de sondá-los este Natal...), mas para mim nesta época só se davam prendas às crianças. Quanto aos restantes, era agarrar no dinheiro das prendas que não comprámos (ou em 1/3 que fosse desse dinheiro) e dá-lo a quem verdadeiramente precisa (uma instituição ou família carenciada). E como bónus, ainda poupávamos o ambiente, as nossas carteiras, e espaço precioso nas nossas casas.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Fim-de-semana

E pronto, uma pessoa distrai-se um bocadinho e de repente o último fim-de-semana antes do Natal (ou pelo menos antes de começar a sério o meu Natal) já se passou. Não há cliché mais verdadeiro do que aquele que diz que o tempo voa. É assustador.
E enquanto isso lá se tratou de mais umas prendas (este ano tem sido tudo a conta gotas, e ainda não terminei a saga...socorro!) e aproveitou-se para passear e conhecer mais um restaurante.
Desta vez fomos ao 31 d'Armada, em Santos, que estava com desconto no The Fork (sim, 80% das vezes é o nosso critério principal para restringir a oferta e conseguir escolher um dos milhares de restaurantes que existem em Lisboa). A comida era toda saborosa, mas achámos o preço um pouco exagerado para a oferta (não tanto dos pratos principais que comemos, mas de tudo o resto).
Eu pedi dourada com risotto de lima (sou bastante previsível nas minhas escolhas, dêem-me peixe e risotto e eu nem olho para o resto do menu) e ele um magret de pato com arroz árabe (também estava muito bom, mas preferi o meu).



Depois do almoço fomos conhecer a Tapada das Necessidades. O jardim está muito pouco arranjado (em termos de vegetação) mas é um espaço muito agradável com vistas bonitas.


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A nossa aventura pelo Nepal - parte 6 (Kathmandu e Dubai)

Ora então vamos lá terminar o relato da nossa viagem ao Nepal.
Já foi há dois meses que voltámos desta viagem e de vez em quando já bate uma saudade. Mas tenho que confessar: quando isso acontece, é dos Himalaias e das paisagens deslumbrantes decoradas de bandeiras tibetanas que eu me recordo com emoção, e não de Kathmandu propriamente dita. Se bem que esta cidade, apesar do caos, vale (muito) a pelos templos, e a Swayambhunath stupa (mais conhecida por Monkey temple, porque está literalmente cheia de macacos) é um deles. A manhã do nosso última dia em Kathmandu foi passada por lá.







A stupa fica numa colina, pelo que tem vistas panorâmicas muito interessantes.





"Não me incomodem que estou a meditar".

De tarde fizemos um Free walking tour pelo centro da cidade, e na manhã do dia seguinte, antes de rumarmos ao aeroporto, visitámos o centro de Patan (onde ficámos a dormir nestes dias).

Como podem ver, os andaimes e edifícios em ruínas são uma constante em Kathmandu, devido ao terramoto de 2015.


E antes de regressarmos a Lisboa passámos umas horas no Dubai, que não foram aproveitados ao máximo (não só nenhum de nós tinha uma vontade imensa de conhecer a cidade como estávamos cansados, e acreditamos que iremos voltar a passar por lá em alguma outra escala).
Dormimos num aparthotel com piscina com vista para o Burj Kalifha (o edifício mais alto do mundo) e depois de o senhor namorado ter dado um mergulho (eu ainda ponderei, mas não me estava nada a apetecer pôr-me de biquíni ao pé de umas muçulmanas que lá estavam a mergulhar todas vestidas) demos um saltinho ao famoso Dubai Mall antes de rumarmos ao aeroporto.
O centro comercial é enorme e tem todas as lojas possíveis imaginárias de todo o mundo (até as minhas adoradas Ben's Cookies de Londres lá estavam...quase chorei lágrimas de emoção naquele momento. foram a minha refeição preferida em duas semanas :p.).



Foi, sem dúvida, a viagem mais intensa que já fiz. Foi duro lidar com o caos e a poluição, foi complicado ter ficado doente na selva, e foi muito mau tentar alimentar-me naquele país (culpa minha, que detesto picante e não dá para fugir dele por lá), mas foi uma viagem tão, mas tão enriquecedora!
Aprendi muito sobre os nepaleses, sobre o hinduísmo e o budismo, tive experiências brutais (aqueles dias na montanha são das coisas mais espetaculares que já fiz na vida) e vi cenários dignos de filme. Obrigada Nepal, foi incrível!

[Se tiverem alguma pergunta/curiosidade sobre a viagem da qual eu não tenha falado por aqui, perguntem à vontade.]

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

The true cost


No fim-de-semana passado vi um documentário que já estava na minha lista há algum tempo: chama-se The true cost e mostra o lado negro da indústria da moda (principalmente da chamada fast fashion): o impacto ambiental e as condições de  trabalho existentes nas fábricas de países subdesenvolvidos (como o Cambodja e o Bangladesh) que produzem para algumas das maiores empresas deste ramo de negócio.
O documentário não dá grandes novidades que a maior parte das pessoas do mundo ocidental não saiba, mas coloca o dedo na ferida de forma bastante incomodativa. Uma pessoa senta-se no seu belo sofá num fim-de-semana de descanso de um trabalho com condições dignas, vestida com as suas roupas confortáveis (muitas delas feitas naqueles países à custa do suor e - literalmente - do sangue daquelas pessoas) enquanto assiste a uma realidade diametralmente oposta à sua de pessoas que a única coisa que fizeram para tal foi nascer no país errado, e dá por si cobardemente a ansiar que aquilo acabe para voltar à sua vida confortável.
O documentário mostra as condições degradantes a que estão sujeitos os trabalhadores das fábricas que produzem para as grandes cadeias de fast fashion (e relembra a tragédia que aconteceu numa fábrica no Bangladesh, em 2013, que ruiu e matou mais de 1000 trabalhadores), os salários (muitos de 2USD/dia), o impacto no ambiente deste tipo de produção (as águas saem das fábricas cheias de químicos e contaminam a água potável nestes países, gerando inúmeras doenças numa população que mal tem dinheiro para comer, quanto mais para ir ao médico).
E enquanto isto as grandes cadeias de fast fashion lavam as suas mãos e apregoam aos sete ventos que os seus trabalhadores têm condições dignas de trabalho. Pois, porque o que elas fazem é subcontratar a produção aos fabricantes destes países subdesenvolvidos a troco de valores irrisórios (valores esses que se vão refletir obviamente nas condições de trabalho e salário dos trabalhadores das fábricas). Estão a contratar o produto final às fábricas, não têm portanto nada a ver com tudo o que acontece até esse produto lhes chegar às mãos. Nada hipócrita, portanto.
Eu não acho que a solução esteja em nós, consumidores do primeiro mundo, boicotarmos por completo a compra de roupa produzida nestes países. Aliás, acho que isso pode até ser perigoso, porque levaria ao desemprego em massa dessas pessoas que, se vivem mal com as condições que este tipo de emprego lhes proporciona, não ficarão muito melhor no desemprego.
Acho que o pouco que podemos fazer (e refiro-me às pessoas da classe média clientes de lojas de fast fashion) é tentar reduzir a quantidade de roupa que compramos sem ser verdadeiramente necessária (diminuindo o impacto ambiental causado pela indústria da moda) e evitar ao máximo as pechinchas a preços absurdos. Porque uma t-shirt, para chegar até nós depois de ser produzida do outro lado do mundo com recursos naturais, trabalho humano e transporte e custar 5€, é porque se poupou em algum lado. E esse lado, o único onde ainda se vai conseguindo reduzir os custos, é o do costume, o lado mais fraco: o das pessoas que são exploradas diariamente para produzir estas peças em massa.
Enquanto cliente, se me fosse dada a opção de pagar mais um pouco por essas peças mais baratas com a contrapartida desse extra servir para melhorar as condições de trabalho nas fábricas do terceiro mundo, aceitaria de bom grado. E acredito que mais pessoas pensem como eu...
Mas, na impossibilidade de fazer isso, resta-me ir lidando com o sabor amargo desta realidade e fazendo o melhor que posso para consumir cada vez menos e de forma mais ponderada.



[Já agora, se tiverem sugestões de outros documentários do género deste digam-me por favor.]

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Fim-de-semana

Para quem (como a seguidora querida que me escreveu um comentário na sexta-feira passada) possa estar preocupado, tenho a dizer-vos que está tudo bem comigo. Apenas a sofrer de uma grande falta de inspiração. Ou melhor, muitas vezes até me apetece escrever sobre as mil coisas que me ocupam a mente com mais frequência (alimentação saudável, moda, preocupações ecológicas e consumo mais consciente) mas chego sempre à mesma conclusão: o que eu sei e faço em qualquer uma destas áreas é muito pouco e há n pessoas por esta blogosfera fora com informação mais completa e interessante do que aquela que eu tenho para partilhar. Mas pode ser que entretanto eu tenha um desbloqueio e me apeteça começar a partilhar mais por aqui. A ver vamos.
O que também tem escasseado deste lado são passeios, mas este fim-de-semana lá voltámos às caminhadas à beira-mar e às descobertas de restaurantes novos. E ambas correram lindamente.






































O restaurante que fomos conhecer no domingo chama-se Bota Sal, fica em Campo de Ourique, e fizemos a reserva pelo The Fork, com direito a 30% de desconto. As fotos que tirei ficaram uma porcaria, pelo que "roubei" uma do site do The Fork para verem o estilo da decoração (bem gira, por sinal).



 Para além dos pratos que estão no menu, o restaurante também tem algumas sugestões diárias, e foi uma dessas que eu escolhi: bife de atum (mal passado, como eu adoro) com arroz de coentros e legumes. Estava maravilhoso!
O senhor namorado pediu um pica pau de lombo acompanhado de batatas fritas que também estava ótimo.
Para sobremesa ele pediu leite creme (que adorou, e acreditem que é uma raridade o homem adorar seja o que for) e eu pedi um bolo de chocolate e caramelo que também estava ótimo.
O único problema? As doses eram bem servidas e eu, como gosto pouco de desperdiçar comida, limpei os pratos e saí do restaurante quase à beira da indisposição, de tão cheia que fiquei.
Com o desconto do The Fork pagámos à volta de 40€. Adorei o espaço, o atendimento e a comida. Recomendo muito.




































Tinha saudades de um fim-de-semana assim: cheio de sol, passeios e boas descobertas gastronómicas.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

A nossa aventura pelo Nepal - parte 5 (regresso a Kathmandu)

Uma pessoa distrai-se um bocadinho e de repente já se passaram dois meses desde a viagem ao Nepal e ainda não está o diário de viagem todo feito. Ora vamos lá então continuar com isto que eu faço questão de deixar tudo registado antes que comece a esquecer-me dos pormenores.
Depois de quatro dias nos Himalaias, apanhámos um voo de regresso para Kathmandu.
A cidade de Kathmandu causou-me mixed feelings: é maravilhosa a nível cultural, é um autêntico museu a céu aberto com templos em quase todas as ruas (apesar de muitos estarem bastante degradados por causa do sismo de 2015). Mas, por outro lado, tive muita dificuldade em lidar com a poluição e o caos de não conseguir andar na estrada no centro da cidade porque não há passeios e há sempre motas e carros praticamente em cima de nós.
E por falar em caos, vejam a foto abaixo.
























Quando falo em poluição, falo numa cidade onde não se consegue (literalmente) respirar fundo na rua e os peões (inclusive os locais) andam de máscara a tapar o nariz. Principalmente do fumo que deitam os carros e motas (duvido que haja inspeção automóvel naquele país). É bastante aflitivo.


Mais uma stupa no centro da cidade.


E a vista do pequeno-almoço do hotel onde ficámos, em Patan.
























Regressados de Pokhara, apanhámos um taxi na parte da tarde e fomos visitar a Boudhanath Stupa, um templo budista maravilhoso fora do centro, dentro do perímetro do vale de Kathmandu.
A stupa fica no centro de uma praça e está sobre uma plataforma em forma de mandala.





A foto abaixo é do interior de um templo hindu, que fica na mesma praça da Boudhanath Stupa.



As stupas não se visitam por dentro (nem sei se tem alguma coisa dentro e sequer se dá para entrar, honestamente) pelo que também o culto é feito no exterior, à volta da stupa.



E fica a faltar um último post sobre o Nepal para fecharmos este capítulo aqui pelo blogue.