quinta-feira, 29 de março de 2018

Séries

Terminada:


Começa por se centrar num caso extraconjugal entre duas pessoas casadas (e tem a particularidade muito interessante de estar sempre dividida em duas partes, sendo que são mostradas as mesmas cenas - mas sem ser repetitivo - da perspetiva do homem e da perspetiva da mulher, sendo que ficamos sem saber o que na verdade aconteceu exatamente. chega ao ponto de até a roupa que os personagens estão a usar, no mesmo dia, no mesmo momento, serem diferentes aos olhos de um e de outro). Mas entretanto, ao longo das temporadas, afasta-se do tema principal e avança para algo bem mais além de um drama e ganha uma conotação de mistério/policial bem distante do expectável inicialmente (pelo menos para mim). Não me prendeu deste início nem em todos os episódios, mas gostei bastante (ainda não acabou, mas para já só há 3 temporadas no Netflix).

Começada entretanto:


Já ouvi falar tanto desta série que decidi começar a ver.

A ver com o senhor namorado:


Já começámos há umas semanas, mas a vida não tem permitido grandes serões no sofá, pelo que ainda só vimos quatro episódios. É super original e cativante, e com todo o sururu que tem havido à volta da série, estou muito, muito, muito curiosa com o que está para vir.

quarta-feira, 28 de março de 2018

Peru, diário de viagem - Dia 3 (Arequipa)

Na quinta-feira acordámos às 3 da matina para ir apanhar avião para Arequipa (que fica mais ou menos a 1000km de Lima). 
Esta cidade fica a 2300 metros de altitude...um "cheirinho" daquilo que estava para chegar nos dias seguintes. Os guias que nos levaram de e para o aeroporto recomendaram que não fizéssemos muito esforço físico neste dia, porque o nosso organismo poderia não reagir bem à falta de oxigénio. E este tipo de conversa, confesso, deixou-me algo nervosa. Mas o facto é que nesta cidade não senti nada de diferente (nem eu, nem o senhor namorado, nem os amigos que fizemos por lá - sobre os quais hei-de falar mais à frente).
Arequipa está rodeada pelos Andes e tem três vulcões (que estão inativos) que lhe dão um encantamento especial em termos paisagísticos, sendo que o maior deles é especialmente bonito porque tem neve no seu cume. O terraço do nosso hotel tinha uma vista simpática para esse vulcão. Cá está ela:



























Na parte da manhã fomos a um museu muito peculiar, chamado Museu de Santuários Andinos, conhecer melhor uma tradição inca bastante mórbida e...original, na falta de melhor adjetivo (os mais sensíveis que se preparem...ou passem esta parte à frente).
Na década de 90 do século passado foram descobertos, nas montanhas do sul do Peru, vários corpos mumificados, de crianças mortas há 500 anos, em ótimo estado de conservação por estarem congelados devido à neve existente na zona - entre eles os das posteriormente chamadas de Juanita e Sarita, duas adolescentes que estão expostas (alternativamente) naquele museu.
Ao que se veio a descobrir, estas e as outras crianças encontradas no mesmo estado (até à data encontraram à volta de 16) são fruto de um ritual sagrado da cultura inca que consistia em sacrificar filhos de nobres (era considerada uma honra para a família que os seus filhos fossem escolhidos), que eram levadas por sacerdotes até ao cume das montanhas, onde eram mortas com uma pancada na cabeça e por lá deixadas, como oferendas aos deuses (nada mórbido nem sinistro, portanto). Cá está a imagem da Juanita (a foto é do site oficial do museu):




Curado o choque da visita ao museu, fomos almoçar a um restaurante que o nosso guia da cidade nos tinha recomendado (chamado Zig Zag), naquela que se revelou a melhor experiência gastronómica que tivemos no Peru. Pedimos uma espécie de bife na pedra, sendo que o meu era de alpaca (diz que é a carne mais saudável que existe), acompanhado com risotto de quinoa, e o do senhor namorado era um misto de três carnes com várias batatas (o Peru, por ter altitudes e climas tão variados, tem uma diversidade e riqueza muito grande a nível de produtos agrícolas. têm n variedades de milho, quinoa e batata por exemplo - atentem na cor das batatas do prato do senhor namorado). A bebida que aparece na foto é super típica, chama-se chicha morada, e é feita com uma das milhentas variedades de milho que existe no Peru (chama-se milho morado e tem - surpreendentemente - a cor da bebida). Quanto à alpaca, para mim tem um gosto semelhante ao de um bife de vaca.























Ao início da tarde, fizemos um Free Walking Tour que incluiu, entre paragens por vários pontos turísticos interessantes, prova de chá de cacau (fiquei fã) e visita a alpacas e lamas fofinhas.






































Não está muito nítido, mas lá ao fundo conseguem ver o vulcão com neve.

Derreto-me com estes padrões tão característicos.


Placa mais amorosa.


Vista sobre a Plaza de Armas.


Idem.


Alpaca rastafari.

Gostei mesmo muito desta cidade.

terça-feira, 27 de março de 2018

Combatendo eventuais depressões pós-férias


A minha forma de evitar eventuais depressões pós-férias (viagens) é começar logo a pensar nas próximas. É ver-me logo a deixar a tristeza de lado e a ficar toda entusiasmada outra vez. 
Vamos ter o segundo (e último) exame de progressão na carreira no dia 16 de junho, sendo que no fim-de-semana seguinte fazemos aniversário de...não lhe vou chamar de namoro por motivos que não interessam para nada mas chamemos-lhe pirosamente de primeira vez que caímos nos braços um do outro. É ou não é um pretexto mais do que válido para fazermos um fim-de-semana prolongado algures? Pois, também me parece.
Não nos apetecia gastar uma fortuna (porque não só os dias de férias não esticam como infelizmente o dinheiro também não) nem ir para muito longe, já que a ideia é gastar apenas 4 dias, mas também não queríamos ir a um lugar onde já tenhamos ido (ou pelo menos na última década). Pouco exigentes, não é?
Já pensei em Budapeste (já fui mas há muito tempo), em Edimburgo (idem) e em Cabo Verde mas ainda não está nada decidido.



Têm sugestões?

segunda-feira, 26 de março de 2018

Peru, diário de viagem - Dias 1 e 2 (Lima)

Saímos de Portugal na terça feira (dia 13) às 10h da manhã e, com apenas uma hora de escala em Madrid, aterrámos em Lima às 19h (meia noite de cá). Ou seja, foram 13 horas de voo no total - um dia inteiro nisto.
Nunca tinha passado 12 horas seguidas num avião, e ia com algum receio. Mas o facto de  Iberia nos ter brindado com filmes dos Oscares deste ano (!) tornou a viagem menos penosa. Entre sonecas, sudokus e leituras, despachei "Três cartazes à beira da estrada" e "A forma da água" (as performances dos atores principais são brilhantes, mas não fiquei fã de nenhuma das histórias, ainda menos d'A forma da água, que fantasia não é bem a minha cena).
À chegada ao aeroporto, tínhamos pessoal da agência à nossa espera, que nos deixaram no hotel, na zona de Miraflores (que é onde estão quase todos os hotéis) onde caímos na cama até ao dia seguinte, sem sequer jantar.
O dia seguinte, a quarta-feira, começou bem cedo (cortesia do nosso querido jet lag) e começámos por dar um passeio por Miraflores. É arranjadinho, tem uma zona costeira fofinha, mas não é nada de transcendente.








A primeira vez que vi o Oceano Pacífico.


Presépios muito característicos.


Jardins muito arranjadinhos.

A meio da manhã iniciámos um Free Walking Tour pela cidade, com partida em Miraflores em direção ao centro de Lima (fomos em grupo, de autocarro). 
Estamos fãs destes tours, sempre que podemos fazemos (dura à volta de 2 horas, passa pelos principais pontos da cidade, e o pagamento acontece no fim e funciona na base na gorjeta, sendo que cada um dá o que quer. costumo ver no Tripadvisor quais os tours que têm melhor avaliação e lá vamos nós. Esta dica foi-me dada por uma leitora - a quem agradeço muito! -, quando fomos a Amesterdão, e agora recorremos muitas vezes a isto).
Começámos pela Plaza de Armas (em todas as cidades que visitámos no Peru, a praça principal chama-se desta forma), que é muito simpática e arranjadinha.



Almoçámos um menu (que incluía o belo do ceviche) por menos de 5€. E foi depois da nossa segunda experiência gastronómica em Lima que chegámos à conclusão que se consegue, sim, comer a preços muito baratos por lá, mas se quisermos comida melhorzita temos que pagar um pouco mais (como em qualquer lugar, aliás), mas mesmo assim fica bem mais barato do que ir a um restaurante em Portugal.
Terminado o tour da manhã e já de estômago cheio, subimos à cúpula da Igreja de Santo Domingo para ver a vista sobre a cidade. Foi a primeira experiência que tive a ver favelas ao vivo, e apesar da pobreza que lhes está associada, têm um jogo de cores que me deixou algo fascinada (o senhor namorado - talvez por ter feito intercâmbio no Rio de Janeiro - não conseguia perceber a minha "obsessão" por aquelas construções).
























Só passámos um dia em Lima e, para mim, foi mais do que suficiente (se bem que fiquei com pena de não ter ido à zona de Barranco, que me pareceu ser engraçada). Para além da praça principal e desta vista panorâmica, não achei a cidade nada de especial. Para além de que estava um calor difícil de suportar (e apanhei um grande escaldão) e, no autocarro de regresso a Miraflores, assistimos a um verdadeiro cenário demoníaco de hora de ponta, com pessoas a empurrarem-se umas às outras para caber dentro dum autocarro à pinha, qual gado (ainda estou para perceber como conseguimos sair dali).
Mais uma vez deitámo-nos com as galinhas, já que no dia seguinte tínhamos que acordar às 3h da manhã (e aqui o jet lag foi um fofinho, porque nos falicitou muito a vida).

domingo, 25 de março de 2018

De volta


Quanto mais viajo, mais gosto de viajar. Conhecer culturas e países completamente diferentes do nosso, então, é tão enriquecedor!
Não foi tudo perfeito, mas esteve tão, tão perto disso. Começou de forma "morna", com Lima, mas depois disso foi sempre a melhorar, cada lugar novo que conhecíamos era melhor que o anterior. 
Volto de coração cheio, e carregadinha de aventuras para vos contar (e fotos para mostrar). A ver vamos se amanhã já vos falo sobre a nossa primeira paragem desta viagem. Até lá, vou ver se organizo as milhentas fotos que tirámos (enquanto dou por mim de sorriso rasgado a olhar para elas).

quarta-feira, 21 de março de 2018

Leituras


Era este o livro que queria acabar antes da viagem ao Peru: O livro dos Baltimore, do Joel Dicker. Gosto muito deste escritor, tanta a nível da escrita como das histórias. Já tinha lido A verdade sobre o caso Harry Quebert e Os últimos dias dos nossos pais (este último foi o meu preferido). 
Este O livro dos Baltimore foi o que gostei menos dos três. A hstória prende desde o início, porque está cheia de mistérios por desvendar, mas quando as respostas começaram a surgir, na segunda parte do livro...não eram bem o que eu esperava. E não no sentido de ter ficado maravilhada a pensar "Como é que o autor se lembrou destas genialidades?" mas mais no sentido de não conseguir encaixar bem certas atitudes com os personagens. E a própria escrita do autor, neste livro, também não me pareceu tão rica quanto nos outros dois. 
De zero a cinco, fica-se ali por um 3,5*.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Factos aleatórios (não necessariamente relevantes) sobre esta que vos escreve (versão viagens) #2

Enquanto não estou de volta para vos contar como terá sido a aventura pelo Peru (e vamos assumir que no momento em que este post for para o ar vou estar feliz e contente a passear por Cusco, sem o mínimo de síntomas da altitude, sim?), ficam com mais 5 factos sobre mim, versão viagem.

Imagem daqui.


1. A primeira viagem de avião que fiz foi com poucos meses de vida. As nossas férias de verão em família sempre incluíram pelo menos uma semana em Lisboa (já que os meus pais tinham - e continuam a ter - apartamento lá) e o ano em que nasci não foi exceção.
2. A primeira vez que saí da Europa foi em 2014, para ir a Nova Iorque.
3. Adoro provar a gastronomia local - quando é alguma coisa de jeito -, mas sinto falta das minhas rotinas diárias de beber chá e comer sopa à noite (o organismo não funciona da mesma forma sem estes meus dois "rituais").
4. Sou o tipo de pessoa que não tem dificuldade nenhuma em adormecer, exceto em viagem. Posso estar exausta, mas custa-me sempre, pelo menos as primeiras noites.
5. A viagem que menos gostei de fazer nos últimos anos foi a Berlim. Não consigo escolher a que gostei mais de fazer (são várias).

quinta-feira, 15 de março de 2018

Factos aleatórios (não necessariamente relevantes) sobre esta que vos escreve (versão viagens) #1

E já que os dias são de passeio, ficam com uma série de factos aleatórios sobre mim, no departamento viagens.

Imagem daqui.

1. Não gostei sempre de viajar. Quando era criança viajava muitas vezes com os meus pais e irmãos e anisava pelo regresso à Madeira.
2. Um dos destinos onde mais gostava de ir e, ao mesmo tempo, pelo-me de medo, é o Brasil. Adorava conhecer o Rio de Janeiro, mas não sei se o receio da insegurança mas deixaria desfrutrar da viagem.
3. Salvo raras exceções, prefiro passear ao ar livre do que ir a museus.
4. Compro sempre um íman de recordação de cada cidade que visito.
5. Ultimamente, compro também um marcador de livros em cada cidade.

terça-feira, 13 de março de 2018

Chegou o dia da partida

É hoje, pessoas, é hoje que começa a nossa primeira grande aventura do ano. Vamos para o Peru!
Se tudo correr bem, depois de 13 horas de voo (1h de Lisboa para Madrid, e 12h de Madrid para Lima) chegaremos ao nosso destino, por volta das 19h (meia noite de cá). Nunca estive tantas horas dentro dum avião nem nunca estive tão longe de Portugal. Vai ser um dia duro, mas há de compensar.


Lima (imagem daqui)

Arequipa (daqui)

Puno, Lago Titicaca (imagem daqui

Cusco (daqui)


Machu Picchu (daqui)

Com cenários destes previstos  para os próximos dias, não tem como uma pessoa não ficar entusiasmada. 
Que comece a aventura!
Acompanhem por aqui.

Deixei uns posts agendados (poucos) para não morrerem de saudades minhas sim :p? 


segunda-feira, 12 de março de 2018

Fim-de-semana

Os planos para o fim-de-semana eram ambiciosos, e eu já sabia que dificilmente os cumpria a todos e...confere, ficou metade por fazer. 
Houve treinos, houve limpezas e houve restaurant week. Mas a sessão de cinema foi adiada (sabe deus para quando), a mala ainda está a precisar de uns retoques (já vos disse que odeio, odeio, odeio fazer malas de viagem, seja para onde for? e esta foi especialmente difícil), o meu livro ainda está por acabar (mas devo tratar disso hoje) e da minha série (cada vez mais surpreendente e diferente de tudo o que eu esperava) ainda me falta ver um episódio.
Fora dos planos, no sábado estive com uma pessoa querida que não via há algum tempo e que me deixou mesmo triste, com um nó na garganta o resto do dia. Sabem aquelas pessoas que se tornam família por afinidade, por quem nutrimos carinho, e que de repente vemos deixar a nossa família e a nossa vida? Algumas não deixam saudades nenhumas e até é uma bênção sairem das nossas vidas, mas depois há outras, como é o caso desta pessoa, que custa mesmo ver seguir a sua vida, longe da nossa. E sim, as separações alheias (e até as próprias) não implicam que deixemos de nos dar e conviver mas, sejamos honestos, nunca mais é a mesma coisa. E às vezes isto custa pra caraças.
Mas adiante. De interessante e digno de registo, só mesmo a nossa visita ao restaurante Mensagem na Restaurant Week. O restaurante faz parte do Lisboa Pessoa Hotel, um hotel recente que é todo inspirado em Fernando Pessoa. O restaurante chama-se Mensagem - restaurante e bar panorâmico e tem, de facto, uma bela vista sobre a Baixa lisboeta. A maioria das mesas está inserida num espaço encostado a uma pequena janela, o que torna o ambiente bastante intimista. Fomos bem atendidos e a comida era muito boa. Recomendo a visita.

Eis o menu da Restaurant Week (cujos pratos também estão disponíveis no menu "normal"). Pedimos um de cada:

Entrada
Ovo 62ºC com Queijo da Ilha e Cogumelos com Aroma de Trufa
Rabo de Boi, Favas e Chutney de Pêra

Prato principal
Salmão com Especiarias sobre lascas de Beterraba e Carbonara de Gnocchi
Arroz de forno com cogumelos e açafrão, codorniz recheada com alheira de caça

Sobremesa
Brownie com Nozes
Cheesecake de Abóbora e Castanha



A qualidade das fotos não é lá grande coisa, mas sempre dá para terem uma ideia. Os meus favoritos foram o salmão (o gnocchi estava ótimo e faz uma combinação muito original) e o cheesecake (adoro cheesecake, principalmente quando sabem mais a queijo do que natas, como era o caso).


[Já agora aproveito para pedir uma opinião: o que têm a dizer sobre posts agendados durante as férias (sendo que tenho umas parvoíces para aqui nos rascunhos)? São boa ideia ou é mais autêntico que isto fique ao abandono enquanto eu andar lá pelas américas?]


sábado, 10 de março de 2018

Planos para este fim-de-semana chuvoso


- Terminar a minha série The Affair (faltam 3 episódios)
- Terminar o livro que ando a ler (faltam 150 páginas), para poder levar um novo (e de bolso) para a minha viagem 
- Fazer uma das malas mais complicadas de sempre  (11 dias, várias cidades com várias temperaturas)
- Pôr as limpezas da casa em dia
- Conhecer um restaurante novo na Restaurant week (oba!)
- Fazer dois treinos intensos (já que estão para chegar muitos dias de regabofe)
- Sessão de cinema


Bom fim-de-semana,gente!


sexta-feira, 9 de março de 2018

Das esperas impacientes e da felicidade



Lembro-me de várias fases da minha vida, principalmente na adolescência e no início da idade adulta, quando andava na universidade, em que vivia a aguardar ansiosamente por acontecimentos específicos. Ou era ver o meu namorado (nos vários anos em que, por motivos que agora não interessam, os encontros eram uma raridade), ou pelas férias de verão da faculdade (em que finalmente ia descansar um pouco a cabeça), ou pelas visitas do meu namorado da altura a Lisboa, nos dois anos em que estávamos longe um do outro. 
Desde os tempos em que acabei a faculdade (à exceção duns meses terríveis em 2010, e de uma ou outra fase menos boa) deixei de sentir tanto essa ansiedade tão intensa da espera de momentos felizes (apesar de manter esta característica da ansiedade em muitos - oh, tantos! - outros aspetos da minha vida). 
E sei que o motivo é este: eu não sou feliz só nas férias nem sequer nos fins-de-semana. Não adoro o que faço a nível profissional, mas praticamente todos os dias sou feliz. Não a toda a hora, pois claro, mas sou. E com isto parece que os momentos mais aguardados da vida - como a viagem ao Peru que se avizinha, por exemplo - não demoram tanto a chegar. Porque não estou desesperadamente à espera deles. Porque consigo ir sendo feliz enquanto "espero" por eles. Porque a minha vida do dia-a-dia, não sendo perfeita, me preenche. E me dá motivos para ser feliz. (Praticamente) todos os dias.



[Há uns tempos, numa sessão de terapia, comentei com a minha psicóloga que em certas alturas da minha vida dava por mim a chegar a casa e a pensar para comigo que era (sou) uma pessoa feliz. E ela achou essa partilha interessante, porque é raro as pessoas pensarem isso. Mas eu, quando estou numa fase boa da minha vida, consigo mesmo pensar para comigo que, por nenhum motivo em particular, sou sim, uma pessoa feliz.]

quinta-feira, 8 de março de 2018

Ânsia de viver


A julgar pelo tamanho das minhas listas de livros para ler, restaurantes para conhecer, cidades e países para visitar e hotéis para pernoitar, cheira-me que vou precisar pelo menos de mais uns 100 anos de vida para fazer "check" em tudo.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Restaurant week: Zambeze

Pois é, aqui a lambona de serviço já foi aproveitar a primeira de duas idas à Restaurant Week. E o primeiro restaurante escolhido foi o Zambeze, que tem comida moçambicana e portuguesa (mais propriamente da zona do Dão) e uma esplanada com uma vista maravilhosa sobre Lisboa (mas estava uma ventania tão grande que só vimos a esplanada ao longe).
O menu foi o seguinte:





  •  Entrada: Cogumelos envolvidos em queijo da serra Casa da Ínsua e presunto


  •  1/2 prato de peixe: Tranche de corvina com aromas de Moçambique


  • 1/2 Prato de carne: Vitela em tinto do Dão com batata dourada e legumes


  • Sobremesa: Fondant de chocolate com crocante de caramelo

Foi a primeira vez num restaurante aderente deste evento que não tive que escolher entre o prato de peixe e o de carne. A comida era toda muito agradável, sendo que nenhum prato me deixou extasiada. Já as amigas que foram comigo gostaram bastante. O que me faz pensar que isto de passar a vida a experimentar restaurantes novos me pode estar a deixar mais exigente...não sei. O meu prato preferido foi a sobremesa: adoro bolinhos húmidos de chocolate. E chocolate, assim em geral.
Fiquei curiosa para provar vários pratos do menu do restaurante (risotto de caranguejo e camarão em caril, por exemplo, parece-me muiiiito bem), mas sendo o preço algo puxadote não me parece que vá acontecer tão cedo.


terça-feira, 6 de março de 2018

Semanas a correr

É raríssimo o dia de semana em que chego a casa antes das 20h30/21h00. Posso até passar por casa depois do trabalho - tenho o privilégio (que não devia ser considerado privilégio mas tenho noção que é) de sair às 17h e em menos de 1 hora conseguir estar em casa - mas chegar para já só voltar a sair no dia seguinte só mesmo perto das 21h (quando não mais tarde). Isto de conciliar 5 idas ao ginásio por semana com um dia de consultas na psicóloga e um dia de Refood resultam normalmente em semanas tão animadas quanto isto:



Segunda: Chego a casa às 18h. Saio às 19h para o gym. Estou de volta entre as 21h e as 22h.
Terça: Psicóloga às 18h. Chego a casa por volta das 20h30. Quando o fim-de-semana vai ser fora de Lisboa, ainda vou ao ginásio e regresso a horas pornográficas (só deus sabe o quanto me custa sair de casa - para ir ao ginásio!! - a tal hora para estar de regresso depois das 22h).
Quarta:  Chego a casa às 18h. Saio às 19h para o gym. Tenho a aula mais espetacular da semana - Zumba, ieii! Estou de volta entre as 21h e as 22h.
Quinta: Vou ao ginásio ao pé do trabalho - às 17h30 - para perder menos tempo e estar no Refood às 19h30. Chego a casa por volta das 21h30.
Sexta: Quando me sinto especialmente cansada e sem energia deixo o ginásio para o dia seguinte. Quando isso não acontece...lá estou eu de volta a casa perto das 21h.
E tudo isto até poderia ser motivo de queixa, se não me soubesse tão bem. Sim, há dias em que faço um esforço desgraçado para ir ao ginásio e que tudo o que me apetecia era deitar-me no sofá a ver séries. Mas, verdade seja dita, eu não sei viver de outra forma que não assim.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Fim-de-semana

Pois é pessoas, fui e vim sã e salva. Mas não sem uns sustos pelo meio.
A viagem para a Madeira teve alguma turbulência, e teve também vontade de matar o piloto. Detesto quando, dentro do avião, dizem que há vento forte na rota. Ora bolas, se não sou eu que vou pilotar o avião nem há nada de útil que possa fazer com essa informação (para além de stressar), não poderiam poupar os passageiros a certos pormenores? Mas pronto, lá se fez a viagem, e a aterragem (a parte mais temível de qualquer viagem) correu muito bem.
No sábado o tempo voltou a piorar e não deu grande hipóteses para passeios. Ainda tentámos, mas sem sucesso, pelo que os passeios deste fim-de-semana se resumiram, literalmente, a sair de casa para: tomar o pequeno-almoço e lanchar (no sábado), comprar pão para o pequeno-almoço, comprar bolinhos para trazer para os colegas em Lisboa e...lanchar (no domingo). Foi um fim-de-semana bastante light, portanto. Mas foi da maneira que fiquei a saber que a Madeira (ou antes, o Funchal) está mesmo muito bem servido neste momento a nível de pastelarias (para além da Penha d'Águia estar muito melhor em termos de oferta mais vasta e espaços mais bonitos), a Viana e A Confeitaria são espetaculares. É caso para dizer que ainda bem que não vivo lá, porque ia ser a santa desgraça.

Cá está o maravilhoso lanche de ontem. A queijada madeirense não é o bolo mais fotogénico do mundo, mas é boooooa!

Foi muito bom matar saudades da família, mas como pessoa hiperativa que sou, a única casa onde não me importo muito de ficar fechada quase um fim-de-semana inteiro sem entrar em parafuso é a minha, porque aí sempre tenho mil e uma coisas com que me entreter (entre arrumações, limpezas e as minhas séries). 
A parte positiva - para além de estar com os meus, claro - foi que entre alertas amarelos em tudo o que era dia e parte do país, fomos e viemos sem grandes problemas, pelo que não nos podemos queixar.

sexta-feira, 2 de março de 2018

Diz que é dia de ir a casa



Eu gostava muito de poder decidir de véspera (ou até com uma semana de antecedência) as minhas idas à Madeira, mas o facto de isso implicar uma viagem de avião tira toda a espontaneidade à coisa. Passo a vida nos sites das companhias aéreas à procura de bons preços para ir de fim-de-semana.
Em dezembro, com pouco mais de 200€, consegui comprar a minha viagem do verão e mais dois fins-de-semana (este agora e um em maio). Espetáculo, hã? O que não é tão espetacular é tanto Lisboa como a Madeira estarem debaixo de alerta amarelo até ao final do dia de hoje maaaas não há de ser nada. Mais susto, menos susto, hei-de chegar viva aos braços dos meus pais. Se não voltarem a ter notícias minhas, é porque afinal a coisa não correu lá muito bem, sim?


[Não, não estou com esse medo todo. Para já, claro, que quando o avião começar a abanar por todos os lados o cenário muda de figura. Mas pelo menos desta vez vou ter o senhor namorado ao meu lado para apertar como se não houvesse amanhã.]

quinta-feira, 1 de março de 2018

Doença da altitude

Se, por um lado, estou mega entusiasmada com a viagem ao Peru, por outro estou cheia de medo de reagir mal à altitude. Tenho estado a ler sobre o assunto e não é brincadeira.
Para quem não sabe, o corpo humano pode reagir muito mal à falta de oxigénio acima de 2400 metros de altitude. Sintomas simpáticos tais como dores de cabeça fortes, náuseas, vómitos, febre...enfim, tudo o que apetece ter, principalmente quando se está de férias num sítio paradisíaco do outro lado do mundo, onde  ainda por cima muito provavelmente não regressaremos na vida.
Tanto quanto me recordo, o ponto mais alto onde terei estado foi a 1800 metros de altitude, na Madeira (o Pico Ruivo). Era criança quando lá fui e não me recordo, mas sei que correu bem (os meus tios foram uns corajosos e levaram uma data de sobrinhos - éramos perto de 10 crianças ao todo - a fazer uma caminhada até lá, bem puxada, por sinal, que as subidas não são simpáticas, mas foi um fim-de-semana que ainda hoje recordo com saudade e um sorriso no rosto).
O ponto mais alto que está previsto no nosso roteiro no Peru é a 3800 metros, em Puno, onde devemos chegar no 4º dia da nossa viagem (medo, muito medo).
E - como se isto fosse pouco - entretanto descobri que um dos dias livres que vamos ter - o 9º dia - fica perto de umas montanhas que são tão espetaculares quanto isto:

Imagem daqui.

Imagem daqui.

É conhecida pela Montanha arco-íris (ou montanha das sete cores) e fica em Vinicunca. Eu não sei quanto destas cores será photoshop, mas adorava descobrir com os meus próprios olhos. Problema: esta beleza fica a 5400 metros de altitude. Coisa pouca, portanto.
Mesmo sem sintomas, não deve ser uma caminhada nada fácil de se fazer. Estava a ler uma descrição sobre a caminhada que dizia "One step of hike feels like 100m run". Ui!
Ao que consta, a única forma de se evitar a doença da altitude é mascar umas folhas de coca (mesmo, não estou a gozar) e fazer a subida gradualmente (parando vários dias em lugares com altitudes intermédias), mas como não vamos ter grandes hipóteses de fazer isso, vamos tentar fazer uma visita ao Pico Ruivo, já que vamos à Madeira este fim-de-semana (isto se o temporal que assola este país permitir), para o nosso corpo ter um "cheirinho" de altitude. E depois é torcer para que corra tudo pelo melhor. E quando chegarmos ao ponto mais alto do nosso roteiro, a 3800 metros, logo decidiremos se arriscamos o passeio à Montanha Arco-Iris. Torçam por nós, sim?