terça-feira, 10 de abril de 2018

Refood



[O primeiro post sobre o tema está aqui]
O dia 28 de dezembro foi a minha primeira quinta-feira a fazer voluntariado. Cheguei lá algo nervosa e ansiosa, mas a coordenadora do meu turno foi muito simpática comigo e tratou logo de me explicar com é que aquilo funcionava.
Os turnos são de duas horas, sendo que o Refood está aberto das 15h30 às 23h30, pelo que há quatro turnos por dia (não sei se funciona ao fim-de-semana, nunca questionei). O meu turno é das 19h30 às 21h30 e é nesse horário que é feita a distribuição da comida às famílias, que vão lá buscá-la. A Refood vai a alguns supermercados/restaurantes/pastelarias/cantinas buscar aquilo que não foi consumido em tempo útil, e trata de distribuir pelas várias famílias que, diariamente, lá se dirigem. É como se fosse um supermercado, sem a parte de os "clientes" pagarem aquilo que levam.
Há quem fique no núcleo, a ajudar na distribuição da comida, e há quem faça as rotas estabelecidas para aquele horário, que passa por ir recolher as sobras aos estabelecimentos parceiros. Tinham me dito que eu ia distribuir comida às pessoas - tarefa que acaba por ser mais gratificante e ao mesmo tempo menos trabalhosa - mas, como havia mais falta de voluntários na recolha de alimentos, é isso que tenho feito na maior parte dos dias (normalmente vamos duas pessoas). E devo dizer que gosto bastante de fazê-lo.
A minha rota normalmente inclui passar em quatro pastelarias e uma cantina e, meus amigos, há dias em que não e fácil ver (e cheirar!) tanto bolo e pão apetitosos a chamar por mim e eu, como se nada fosse, a tratar de arrumá-los em caixas para levar para a Refood (por opção, porque não viria mal nenhum ao mundo se eu, tendo fome, também me servisse de qualquer coisa).
Como podem ver, este trabalho pode ser um verdadeiro desafio para gulosos como eu =). Mas é um desafio que, por regra, é a melhor parte do meu dia, e me faz chegar a casa (praticamente) sempre feliz e realizada.

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