segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Eu também queria tanta coisa

Senhora Ministra da Educação:
Estamos em Agosto, o país está praticamente parado, anda tudo pelo Algarve enquanto você tem que trabalhar. Imagino que seja chato, a sério que sim, mas se não tem nada para fazer eu posso lhe dar algumas ideias (a começar pela faculdade de Direito de Lisboa).
Diz que quer acabar com os chumbos. Verdade? Eu não sei se sabe mas eu explico-lhe como é que normalmente se faz para não chumbar. Pelo menos foi o que eu fiz durante 18 anos de vida de estudante e, por acaso, resultou sempre. Simples: estudei. Verdade verdadinha. Juro.



Claro que também me teria custado menos ter passado de ano sem fazer nenhum, mas depois ficava com o cérebro atrofiado e não fazia nada de produtivo na minha vida profissional (que ainda não começou, é verdade, mas eu tenho esperança que hei-de fazer alguma coisa de jeito, caramba). Quanto aos alunos com necessidades especiais (algum tipo de deficiência), ao que sei, já têm um regime especial, certo? Pelo que julgo que estamos a falar dos restantes.

Já agora, se conseguir essa proeza, o que é que acha de tentar acabar com as guerras, e a fome, e o aquecimento global? Isto é tudo muito bonito mas há problemas cuja solução vai muito para além da boa vontade...

6 comentários:

  1. Temos que pedir à senhora para meter explicadoras de borla nas casas das famílias com filhos adolescentes hoje em dia! Se as vendessem no supermercado, como vendem playstations, aí sim é que era bom!

    Kiss kiss

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  2. Esta medida deixa-me com os cabelos em pé. Trabalhando com miúdos em idade escolar, posso afirmar que eles já me disseram que esta medida se for avante, é a melhor decisão que ela vai tomar. Pois claro, se alguns já passeiam enquanto andam na escola, agora vai ser um máximo, ainda melhor.
    Mas assim sendo acho que a melhor palavra para caracterizar esta decisão é facilistismo. Conheço jovens que no 9º ano têm tanta falta de cultura geral, de conhecimentos básicos que chega a ser um choque para mim. Acho que tem de se apostar necessariamente num ensino de qualidade, mas também de exigência e responsabilidade. Queremos ser ou não um país evoluído com gente evoluída também?
    Em relação ao ensino especial, as escolas que conheço têm graves falhas a este nível. É um ensino que de especial nada tem. Mas não quero generalizar porque sei que há escolas que são um exemplo a nível nacional nesta questão mas das que eu tenho conhecimento, ainda estão muito longe de desenvolverem um ensino inclusivo e enriquecedor para quem tem deficiências.

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  3. Concordo plenamente contigo e com a Nokas*. É uma pena que nem a Ministra da Educação se aperceba que a educação é a base de qualquer sociedade desenvolvida.

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  4. Eu nem sei que diga...
    Acho que neste mês de Agosto vou fingir que não sei de nada... :(

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  5. Gelatina, concordo plenamente com o teu post. A palavra do dia é facilitismo.

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  6. Assino por baixo!

    [nem foi preciso acentos] :)

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