domingo, 14 de junho de 2015

De volta à civilização

Pois é, cá estou eu de volta a Lisboa, carregadinha de fotos marroquinas para vos mostrar. Para quem não me acompanhou pelo Instagram, o destino escolhido para estas férias foi Marrocos.
Se me perguntarem se gostei da viagem a resposta é simples: muito. Se me perguntarem se gostei de Marrocos a resposta já terá que ser um bocadinho bipolar: adorei umas coisas, outras não gostei nem um bocadinho. Mas vamos lá então a um pequeno resumo da minha semana, começando pelos dois primeiros dias.


Fui com o senhor meu namorado e dois amigos nossos. Chegámos a Marraquexe no sábado da semana passada, altura em que as temperaturas máximas andavam perto dos 40ºC. A sensação de sair do avião foi bastante semelhante à de abrir um forno: muito sufocante! Tínhamos um táxi à nossa espera (previamente contratado pela Internet, para não sermos enganados logo à chegada), que nos levou ao Riad Marrakech House.

Aqui está uma das partes comuns do Riad (Riads são casas tradicionais marroquinas, estruturadas em volta de um pátio interior). Tendo em conta que, segundo nos disseram, os hotéis de Marrocos deixam muito a desejar, não tenho dúvidas que fizemos a melhor escolha em só dormir em Riads. Eram todos lindos e com preços bastante simpáticos (à volta de 30 e poucos euros por pessoa, por noite).

Uma das centenas de cenas surreais a que assistimos na estrada. O trânsito em Marrocos é caótico. Ninguém pára nas passadeiras (os peões têm que correr literalmente pela vida e rezar a todos os santinhos para chegarem vivos ao outro lado da estrada), as pessoas mudam de fila na estrada conforme lhes dá jeito sem avisar ninguém, podem ir 8 pessoas dentro de um carro de cinco, bébés de colo em motas (!), capacetes só assim muito de vez em quando, e tudo nas barbas da polícia. Mas a velocidade, essa é tão sagrada como o Alá e tem que ser respeitada.

O primeiro passeio que fizemos foi à Medina (ou seja, parte antiga da cidade, normalmente dentro de muralhas) de Marraquexe. Quando saímos do autocarro, ao pé da praça principal (Jemaa el-Fna) o cheiro era qualquer coisa semelhante com o jardim zoológico, mas ainda mais intenso: um no-jo! E quanto mais nos aproximávamos do mercado (ou souk, como são chamados os mercados árabes), pior ficava. Esta foto tem como pano de fundo a Mesquita Koutoubia.

O mercado é gigantesco (tem mais de 4000 lojas), vende coisas super engraçadas mas para nós foi a grande desilusão de Marraquexe: para além do cheiro asqueroso, a parte da comida mete nojo (os doces então estavam cheios de abelhas e afins), o chão é muito sujo, não se pode parar 2 segundos numa loja que somos logo abordados por uma série de lojistas que são muito insistentes (ou a impingir produtos, ou a pedir dinheiro porque ousámos tirar uma foto ao estabelecimento), e em cima disto tudo ainda há um aspeto muiiito desagradável que é o facto de as ruas serem bastantes estreitas e estarem constantemente a passar motas, das quais temos que nos desviar a cada 5 segundos.

Paragem para o almoço no segundo dia (e Gelatina Maria a ser apanhada por senhor namorado enquanto também ela tirava fotos).


Almoçámos com esta vista (a das três fotos anteriores).

Comemos Tagine (que é o prática mais típico de Marrocos. Tagine é o nome do recipiente de barro onde é cozinhada esta comida, que pode ter todos os ingredientes e mais algum). Esta era de galinha com limão.

Experiências fotográficas num dos museus que visitámos em Marraquexe.

Pelas ruas de Marraquexe.

4 comentários:

  1. Mas que maravilha, um mundo à parte!

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  2. Eu acompanhei pelo instagram e há fotos lindíssimas, mas toda a gente que conheço que já lá foi voltou com comentários pouco agradáveis devido à pedinchice e ao cuidado que têm de ter para não serem enganados, não me parece que alguma vez me apeteça lá ir.

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  3. Fui acompanhando pelo Instagram e fiquei encantada... :) Deve ter sido uma vigem fabulosa! Beijinhos

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