quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Reflexão pré aniversário

Faço anos daqui a pouco mais de uma semana. 33 (God!). E, se cada vez ligo menos ao dia de aniversário (apesar de gostar de usá-lo como pretexto para laurear a pevide), este ano quase que me esqueço que o dia está mesmo aí a chegar. Só não passará em branco porque aproveitei o pretexto para (finalmente) marcar uma noite para nós 3 num alojamento simpático perto de Santarém, e entretanto os meus pais decidiram marcar uma visita para esse mesmo fim de semana, pelo que vão juntar-se a nós.
Desde setembro - altura em que o meu filho nasceu - sinto-me a viver numa bolha em que praticamente tudo o que não se relacione com ele me passa ao lado. Sei pouco do que se passa no mundo, nem me apercebi da chegada do natal e ano novo e, apesar de ter estado com a minha família na Madeira e de ter sido ótimo, mesmo aí mantive a minha "bolha" e só saí dela para o mínimo indispensável.

Imagem daqui.

A maternidade está a ser uma experiência tão desafiante e plena que sobra, efetivamente, pouco espaço para viver fora dela nestes primeiros tempos. 
Pela primeira vez desde que me lembro, não há sequer nada que me tenha ocorrido que gostaria de receber como prenda de aniversário (normalmente os meus pais e o senhor namorado dão-me as prendas escolhidas por mim). Roupas e afins? Para além de eu já há mais de um ano estar muito mais consciente e seletiva nas compras que faço, a amamentação (e o facto de passar imensos dias ou em casa com o meu filho, ou a dar apenas uma voltinha a pé pelas redondezas) ainda menos vontade me dá de ter roupa nova nesta fase. Experiências gastronómicas ou passar uma noite fora? Como eu adoro as duas - e até vamos fazê-lo - mas agora a logística é bem diferente - o que acaba por nos demover em fases de maior cansaço. Não há nada que eu precise, na verdade. Bem, o que eu precisava mesmo não dá para comprar: queria uma noite completa de sono e um dia inteiro sem fazer nenhum, mas ainda não tenho coragem de deixar o meu filhote (para além do que ele ainda mama no mínimo duas vezes por noite, e não me apetece muito recorrer às alternativas). Para além do que praticamente não temos família por perto, pelo que também as oportunidades para tal não são propriamente muitas. Mas está tudo bem. Os 32 deram-me a maior bênção de sempre - o meu filho - e vou entrar nos 33 com as pessoas mais importantes da minha vida. Que mais posso eu querer?

2 comentários:

  1. A última frase diz tudo e é isso mesmo.

    Beijocas

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  2. às vezes é mais importante estarmos com as pessoas que amamos do que o resto. Dizem sempre que depois se tem saudades quando eles eram bebés e que se deve aproveitar bem agora.

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