quarta-feira, 22 de março de 2017

Mais do mesmo


Estou constantemente a dizer a mim própria que não me posso queixar. Que tanto eu como as pessoas que amo temos saúde, que tenho um trabalho que apesar de não me dar grande prazer permite-me fazer, fora dele, as coisas que mais gosto, que tenho amigos e estou rodeada de pessoas que gostam de mim.
Mas a verdade é que nos últimos tempos ando a carregar um peso tão grande nos meus ombros (sendo que o que eu partilho dele aqui é para aí 10% desse peso) que há dias em que acho que vou explodir. 
Já me deixei de guardar para mim o que me atormenta e partilhei com quem "de direito", até já procurei ajuda de uma psicóloga, mas continuo sem saber o que é que realmente quero, e a (erradamente, muito erradamente) dar por mim a deixar isso nas mãos de outras pessoas. 
A minha vida continua a parecer tão longe de se resolver, e eu cada vez com menos forças para resistir até que isso aconteça. E não gosto de fazer papel de coitadinha, mas sinto mesmo não mereço estar a passar por isto. Ou então mereço, sei lá eu...

13 comentários:

  1. Na minha opinião, enquanto não resolver a sua vida amorosa, não se vai sentir bem, mesmo que tenha problemas em outras áreas da vida. Força! :)
    E não está sozinha, todos temos dias, fases, em que nada parece correr bem e em que o mundo todo está "contra" nós...

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  2. Muita força, minha querida Gelatina! Espero que as coisas se resolvem rapidamente para conseguires ficar mais aliviada e deixares de te sentir assim, tão sufocada. Não sei o que se passa entre vocês mas como se costuma dizer: "ou sim ou sopas." A vida é para ser vivida!
    Um beijinho

    Conterrânea M.

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    1. Querida M., obrigada pelas palavras sempre tão carinhosas! Beijo grande!

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  3. Estás a passar por uma fase difícil, muito turbulenta, e não és, de todo, coitadinha. As coisas vão resolver-se, mais tarde ou mais cedo. Não sejas tão exigente contigo mesmo e aceita que é normal que sintas assim. Dá-te esse desconto. Força!

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    1. É saturação...já estou nisto há um tempo valente :(! Mas vai passar, claro que vai! Beijinho e Obrigada!

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  4. É complicado falar sem se saber... Podemos dar uns conselhos ou outros, mas claro que a última decisão é sempre tua.
    Não deixes nada nas mãos dos outros, pois ainda tomam uma decisão que não vais gostar.
    Sei +/- o que sentes, porque eu sinto o mesmo.
    Essa incógnita mata-nos...

    Beijocas

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    1. És uma querida, Cláudia, obrigada por estares sempre aí! Se alguma vez me quiseres mandar um e-mail, teria muito gosto em falar mais contigo :)! Beijinho

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  5. Olá Gelatina!
    É a primeira vez que comento o teu blog sendo que já te sigo há séculos. Tenho lido com muita atenção os teus últimos posts e realmente não deixo de pensar que há coincidências estranhas... Passei por algo muito parecido ao que contas, em que muitas vezes questionei a minha sanidade mental e a capacidade de dar a volta à situação...crise dos 30 dizia eu! O certo é que essa trinteza e angústia me foram consumindo até que finalmente tive que por um ponto final, seguir aquilo que realmente sentia. Agora que a tempestade passou só te posso dizer que tens mais força que aquela que alguma vez possas ter imaginado, segue o te coração e não tenhas medos! Boa sorte Gelatina! As tua/as seguidoras vão estar sempre aqui para te apoiar :)

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    1. Se vocês soubessem como este tipo de comentários aquece o coração! Muito, muito obrigada pelas palavras, sabe tão tão bem ler estas coisas em momentos menos bons.
      Obrigada do fundo do coração por estares aí, mesmo que caladinha na maior parte do tempo, obrigada. E a maior das felicidades para ti!
      Beijinho

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  6. É sempre nos momentos de indecisão, de sufoco, que questionamos tudo. Seja como for, e apesar da certeza que a vida é boa porque há saúde, há trabalho, há uma série de condições boas para sermos felizes, também temos direito a sofrer e a achar que a vida é uma merda. Porque é, muitíssimas vezes! São fases difíceis em que é ainda mais difícil ver a luz ao fundo do túnel e tudo o que queremos é que a vida volte ao normal. Mas devo dizer que já deste um grande passo para te sentires melhor: procuraste ajuda! Às vezes achamos que somos rochas, que aguentamos com tudo e não é bem assim. Partilhar as nossas dores com alguém ajuda sempre a relativizar e a que o peso nos ombros comece a ser mais leve. Além de que continuas a fazes coisas que gostas para te distraíres: viajar, ir ao ginásio... tudo isso é importantíssimo para dar uma maior ideia de rotina, de controlo.

    Seja como for que a vida se resolva, tu és mais forte do que imaginas e não tenho dúvidas que conseguirás ultrapassar tudo isto. Muita força!

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  7. Procura uma Ted Talk sobre força mental. É uma psicoterapeuta a falar dos hábitos maus. A mim ajudou-me bastante a ver alguma luz lá no fundo do túnel.

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