terça-feira, 12 de julho de 2016

Do Porto e da adaptação à nova vida

No outro dia, em conversa com o senhor meu namorado, apercebemo-nos de que, apesar de ter sido por ele que fizemos esta mudança para norte, sou eu quem está mais ambientada à cidade neste momento. Não sei se é por esta já ser a terceira grande mudança de cidade que faço em pouco mais de 10 anos (sem contar com as duas que fiz a prazo em 2011) ou por o Porto ser uma cidade mesmo bonita e acolhedora, ou talvez um pouco das duas, mas a verdade é que eu só precisava mesmo das minhas pessoas lá de baixo (e do edifício onde trabalhava) aqui no Porto e ficava tudo quase perfeito.
O ginásio antigo pouca falta me faz (só tenho mesmo saudades do professor e das aulas de Sh Bam, que não tenho aqui) porque adoro o meu ginásio novo. Do apartamento antigo poucas ou nenhumas saudades tenho (e se tivesse que voltar para lá garanto que já não conseguia enfiar todas as minhas tralhas de volta naqueles 60 m2). Sinto alguma falta do à-vontade com que percorria Lisboa para fazer o que quer que fosse por conhecer praticamente todos os "cantos à casa" mas a sensação de descobrir cantos novos a toda a hora por aqui também é muito boa. Adoro a localização da nossa casa, adoro estar perto do rio e do mar e adoro ter tanto o ginásio como um centro comercial perto de casa (o jeitão que dá).


O que não está a correr tão bem é o facto de termos ido para um apartamento todo remodelado e bonitinho que, afinal, tem alguns problemas e, pior, de cada vez que eles surgem é uma dor de cabeça para conseguirmos falar com o senhorio e tratar de arranjá-los. 
Já estivemos um mês sem usar uma das sanitas porque o tanque não enchia sozinho. Já estivemos a lavar louça durante umas semanas na pia da roupa porque o vizinho de baixo estava com uma infiltração. E neste momento só podemos tomar banho numa das casas de banho (a mais pequena), porque de cada vez que o fazemos na outra "chove" na casa de banho do vizinho de baixo. 
E é por estas e outras que, apesar de gostar muito do apartamento "novo", começa a bater uma vontade, cada vez maior, de arranjar uma coisa mesmo nossa em que pelo menos se surgirem problemas, a responsabilidade de resolvê-los é nossa e não temos que estar indefinidamente à espera que o senhorio se resolva a fazer alguma coisa. Mas isso é uma coisa que requer tempo e uma trabalheira desgraçada, e de cada vez que penso que ainda nem tenho este apartamento do jeito que queremos que fique e já falamos em mudanças, fico à beira de um ataque de nervos.

4 comentários:

  1. Eu gosto de mudanças (= não ao acto em si, de empacotar e desempacotar, mas adoro a sensação de ir para uma casa ou para um sítio novo (= e se realmente tens tantos problemas aí, porque não pensarem nisso?

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  2. Algumas vezes penso em mudar de apartamento, mas depois lembro-me que tenho um apartamento excelente, em óptimas condições, numa zona super acolhedora, com vizinhos porreiros, com um senhorio sempre prestável... e esqueço a ideia!!

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  3. Realmente é sempre um risco, mas nada como isso mesmo, arriscar.
    Nem me fales em mudanças, estou a imaginar quando fizer as minhas =S

    Beijocas

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  4. Aii a sério? :( Que situação caramba! Que se resolvam da melhor forma... mas ainda passou tão pouco tempo e já com tantos precalços... eu acho que me mudava! :(

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