segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Maré de incompetência (ou um desabafo em modo testamento)

Este ano, para não variar, marquei a passagem para ir a casa no Natal/passagem de ano com 11 meses de antecedência. Marquei o regresso para dia 1 de janeiro às 20h, na TAP. Ora, a TAP de há uns tempos para cá acha piada em fazer uma brincadeira aos clientes, que consiste em mudar o horário do voo conforme lhes apetece. Em Agosto recebi mail a dizer que tinha sido alterado para as 21h. Tudo bem, engoli. Afinal de contas era só uma hora. Pois que há dois dias recebi outro mail a dizer que o meu voo afinal ia ser...às 10h15 da manhã. Ora, se eu quando escolhi o voo tinha a opção de viajar às 10h da manhã, se eu marquei às 20h se calhar queria dizer que...queria viajar às 20h (pessoa complicada, eu, hein?)! Já tratei de fazer reclamação, e já me conseguiram arranjar voo para as 17h (como se me tivessem feito um favor), na falta de melhor. Mas o stress que me puseram em cima já ninguém mo tira.



Na semana passada deixei um macacão na costureira. A senhora mandou-me ir buscá-lo 5a feira. 5a feira lá estava eu e nada da costureira aparecer no balcão. Vi o meu macacão em cima da mesa de trabalho, por arranjar (!), e nada da mulher aparecer, pelo que tive que ir embora. Voltei lá hoje, voltei a esperar pela senhora, para ela me dizer que o meu macacão não estava arranjado porque estragou-se uma peça da máquina. Ora, por acaso eu até moro perto da costureira - acaso que a senhora desconhece, já agora - mas tenho mais que faça do que passar lá a vida. Pelo que amanhã toca a ir lá pela terceira vez...

E esta onde de incompetência é coisa para me tirar do sério. Aliás, tudo o que se traduza em falta de respeito e consideração pelos outros é coisa para me tirar do sério. Porque eu não sou assim, nunca fui assim, e recuso-me a aceitar que sejam assim comigo. De que é que isso me vale, perguntam vocês? De nada, é um facto. Ou melhor, vale-me os anos de vida que eu perco com estas porras.
Agora vou ali ao Pingo Doce e, se o ditado que diz que não há duas sem três estiver certo, temo seriamente o que é que vou trazer para casa. Uma intoxicação alimentar, quem sabe? Era tudo o que eu estava a precisar a três dias de ir viajar com as minhas amigas...

4 comentários:

  1. Tem calma, há alturas em que parece que tudo acontece... mas amanhã é outro dia. Deixei-te um email.
    Beijinho

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  2. Percebo-te perfeitamente, também detesto incompetência e falta de respeito. Mas digo-te que também acontece do outro lado. A minha mãe é costureira, e quantas vezes as pessoas vêm cheias de pressa para arranjar roupas, a minha mãe marca um dia para virem buscar as peças e as pessoas aparecem passado 1 ou 2 semanas.
    A pior de todas foi no ano passado, uma cliente queria o vestido pronto para a festa aqui da terrinha, que é no 2º fim-de-semana de Setembro. A minha mãe fez tudo por tudo e conseguiu fazê-lo e disse-lhe que o viesse buscar. Sabes quando é que a senhora se dignou a aparecer? A um domingo às 19h30, em pleno mês de Novembro! E tinha tanta pressa no vestido!

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  3. Podemos ficar irritadas mas a verdade é que não nos faz nenhum bem, o melhor é respirar fundo e pensar que amanha é outro dia.

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  4. Ainda hoje dei por mim a pensar nisso. As pessoas são pouco sérias, encaram o trabalho com ânimo leve. Tive uma reunião esta semana e o cliente tinha-se esquecido e chegou 30 mins atrasado. Uma amiga minha teve uma entrevista de emprego foi lá e esqueceram-se que era o dia e a hora da entrevista! E o desperdício de tempo? E os custos? Parece que anda tudo a brincar. Também não percebo.

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