terça-feira, 6 de setembro de 2011

"Cola humana"

Em conversa com os meus avós enquanto fechávamos uns envelopes, eles disseram-me que antigamente aquilo fazia-se mesmo com saliva, não havia cá finuras de usar cola (julgo que não é novidade para ninguém).
E isso fez-me lembrar da primeira (e última!!) vez que fui ao correio em França (em 2011, não propriamente no antigamente) para enviar uma carta, e pedi um selo à senhora. Como queria enviá-la logo naquela altura perguntei se ela tinha cola. Ao que ela me respondeu para eu lamber o selo e colá-lo (com um ar de quem está a pensar "mas o que é que tu estavas à espera? não jogas com o baralho todo pois não?").

Eu fiquei em estado de choque mas, cumprindo a deixa do Em Roma sê romano (posso fazer uma brincadeirinha e dizer "ou de em França sê porco"? posso? ok, não vou dizer para não ferir susceptibilidades. até porque eu adoro a França, acho que já dei a entender isso aqui muitas vezes) lá meti a língua naquilo, já a imaginar como o que é que seria da minha vida sem língua por causa da infecção que ia apanhar graças àquela brincadeirinha (sim, sou um bocadinho exagerada às vezes. so what?). Claro que mal me vi dali para fora arrependi-me de tê-lo feito e cuspi quase até ficar sem saliva.

E cada dia que vivi naquele país, mais tomava consciência de como os portugueses (ou a maioria, vá) são asseados.

1 comentário:

  1. Hum...vou lá pela primeira vez para o mês que vem...

    Já sei o que me espera, então... :p

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